Recomenda um livro

Como me parece que existem por aqui vários fãs de fantasia resolvi aconselhar este livro de Susanna Clarke.

Não esperem uma história de fantasia à la Senhor dos Aneis ou Guerra dos Tronos. É bastante diferente. Não é livro para agarrar o leitor desde a primeira página, é preciso paciência para o ler pois também não tem muita ação ou suspense daquele que nos obriga a perder horas de sono até acabar.
O grande trunfo é o ambiente que cria; a complexidade das personagens nas quais tanto se encontram características positivas como negativas; os pormenores com que a escritora enriquece (ou satura, consoante o ponto de vista) o texto e todo um mundo de magia existente na Inglaterra do séc. XIX onde nos embrenhamos cada vez mais.
Existe também um cenário histórico pois a ação passa-se durante a guerra que opôs a Inglaterra à França de Napoleão (existe, lá mais para a frente, uma parte da história passada em Portugal aquando das invasões francesas).

É daqueles livros que dividem opiniões. Muitos adoraram, outros tantos detestaram. Eu estou no primeiro grupo.

Gotham escreveu:

Como me parece que existem por aqui vários fãs de fantasia resolvi aconselhar este livro de Susanna Clarke.

Custou-me tanto ler este livro...  

Não é o pior livro que já li e a escrita da senhora (bem como a história) tem mérito, mas foi muito difícil chegar ao fim...

Suponho então que as notas de rodapé com várias páginas devem ter sido bem dolorosas!

Gotham escreveu:

Suponho então que as notas de rodapé com várias páginas devem ter sido bem dolorosas!

Se foram... E o pior é que não conseguia ignorá-las!!!  

Apesar de ter gostado imenso do livro, achei as notas de rodapé dispensáveis. A história em si é densa o suficiente.

Este livro é bem diferente da minha anterior recomendação.

É um policial bastante interessante, com duas histórias paralelas; uma centra a ação nos anos 40, durante a 2ª Guerra Mundial, quando Portugal estava no centro do negócio do volfrâmio; a outra ocorre nos anos 90 e acompanha a investigação à morte de uma adolescente.
A primeira segue o percurso de Klaus Felsen, um alemão enviado para Portugal de forma a garantir o volfrâmio essencial para alimentar a máquina de guerra alemã. Irá passar pela Beira e lidar com as suas gentes e também pelo Estoril, onde toda uma série de jogos de espionagem têm lugar.
Na segunda história, o protagonista é o inspetor Zé Coelho que terá de levantar a poeira do passado para resolver o crime que investiga.

Um policial muito bem escrito onde o leitor não se perde entre as duas histórias que no final terão a sua inevitável ligação.

Voltando agora à literatura de fantasia, aconselho a leitura de "O Nome do Vento", primeiro livro da trilogia Crónica do Regicida, a qual já viu lançada em Portugal "O Medo do Homem Sábio", a continuação da proposta que vos trago hoje.

O Nome do Vento relata a história de Kvothe, contada pelo próprio, desde a sua infância como membro de uma trupe até se tornar uma lenda viva cujas façanhas são cantadas pelos Quatro Cantos da Civilização, o mundo imaginário onde ocorre a ação.

Kvothe, após a morte dos seus pais e restantes companheiros de trupe às mãos dos misteriosos Chandrian, percorre o mundo, passando por diversas privações, na esperança de descobrir quem são e como derrotar os assassinos dos seus pais.
Isso leva-o a passar fome e a dormir ao relento ainda criança e a lutar para entrar na Universidade onde espera poder descobrir mais sobre os Chandrian. É aí que se centra a maior parte da história contada neste primeiro volume e onde Kvothe vai conhecer alguns dos seus melhores amigos (e também alguns inimigos) e começa a descobrir um mundo de magia e poderes que o tornarão mais tarde o famoso Kvothe, o Sem-Sangue; Kvothe, o Arcanista ou ainda Kvothe, o Regicida.

A música (e já que estamos num fórum bastante dedicado a ela) é um elemento bastante importante neste romance; as passagens onde são descritas as competições nas tabernas em luta pelas flautas de prata são extraordinárias. O autor consegue transmitir muito bem os sentimentos que trespassam tanto o músico como a plateia que o ouve.

Para além da música, a magia (com alguns pormenores quase científicos), a amizade e as dificuldades de um mundo cruel e implacável para um jovem órfão, são elementos sempre presentes neste cativante livro.

Acompanhem Kvothe através do seu relato que não se irão arrepender!

Dizem muitíssimo bem desse livro, e já o tenho aqui para o ler.  Num futuro próximo vai acontecer.

Fazes bem; o livro é muito bom e a continuação, O Medo do Homem Sábio, não lhe fica atrás.

Ansiosa pelo próximo de George Martin e o fim da saga... até me dá nervos...

Glam escreveu:

Gotham escreveu:

Como me parece que existem por aqui vários fãs de fantasia resolvi aconselhar este livro de Susanna Clarke.

Custou-me tanto ler este livro...  

Não é o pior livro que já li e a escrita da senhora (bem como a história) tem mérito, mas foi muito difícil chegar ao fim...

Eh pá a mim também....

O livro que eu não recomendo, mas que por agora tem que ser : "Código da Estrada"

É um livro com muitas regras, algumas excepções e de uma narrativa um tanto monótona... Enfim, dizem que é a biblia da estrada, e temos que seguir todos os seus mandamentos a fim de previnir desastres. O Deus da estrada às vezes funciona mesmo e dá multas, o que é um tanto aborrecido.

Urânia escreveu:

O livro que eu não recomendo, mas que por agora tem que ser :  "Código da Estrada"

É um livro com muitas regras, algumas excepções e de uma narrativa um tanto monótona... Enfim, dizem que é a biblia da estrada, e temos que seguir todos os seus mandamentos a fim de previnir desastres. O Deus da estrada às vezes funciona mesmo e dá multas, o que é um tanto aborrecido.

 

Força Urânia!

Infelizmente é um livro que muitos dos que circulam nas nossas estradas nem devem ter cheirado.

Penso que vale bem a pena lê-lo de uma ponta à outra. É muito mais fácil fazer os exames tendo percorrido a matéria toda, do que se apenas te limitares a assistir às aulas. E, mesmo depois de ter a carta, dá jeito poder ir re-confirmar coisas que se vão esquecendo.

O problema são as re-actualizações ao código que só ficas a conhecer ou pelos meios de comunicação social, ou então tens que ir procurá-las. No próximo ano, há novas regras que vão entrar (que eu desconheço de momento porque o o meu exame não incide nessa altura e não vale a pena confundir-me agora)

Urânia escreveu:

O problema são as re-actualizações ao código que só ficas a conhecer ou pelos meios de comunicação social, ou então tens que ir procurá-las. No próximo ano, há novas regras que vão entrar (que eu desconheço de momento porque o o meu exame não incide nessa altura e não vale a pena confundir-me agora)

Isso acontece com todas as leis. E como temos uma comunicação social tão fantabulástica, praticamente em qualquer meio ou andas a snifar Diários da República, ou tens algum advogado que faça isso por ti, ou lixas-te da próxima em que constatares que te tiraram o tapete de baixo dos pés.

E sobre o código da estrada até nem é assim tão mau: às vezes até mencionam as alterações na comunicação social...