Folk Lusitânia
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 Filiação política/social da música que ouvimos.

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MensagemAssunto: Filiação política/social da música que ouvimos.   Filiação política/social da música que ouvimos. Icon_minitimeQua Set 14, 2011 8:35 pm

Aproveitando, já que estamos com a mão na massa, este tópico serve para abordar um assunto por vezes problemática onde as opiniões prometem ser bastante dispares e que já tenho pensado em abrir.
Aqui vão algumas perguntas para lançar a discussão:

1) A ideologia política/social promovida activamente por uma banda deve ser sempre consentida? Será que a arte fala mais alto que tudo o resto?

2) Será legítimo deixar de apoiar e divulgar (boicotar) o trabalho de uma banda quando se acha que esta promove ideologias políticas ou sociais que consideramos nefastas para a sociedade? (por exemplo o fascismo/neonazismo). Se sim, qual o critério?


Darei a minha opinião mais lá para a frente.
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MensagemAssunto: Re: Filiação política/social da música que ouvimos.   Filiação política/social da música que ouvimos. Icon_minitimeQua Set 14, 2011 9:46 pm

Bolas @averróis tu só fazes perguntas dificeis! xD

Penso que as bandas podem defender o que quiserem, e por serem consideradas Arte podem até exagerar um bocadinho. xD
Cabe aos ouvintes ter o bom senso de saber discernir a Arte do que é a realidade.
Trata-se do mesmo que para quem vai ver um filme de terror, quando o filme termina, não irá replicar aquilo que viu no filme. Laughing

Logicamente que as pessoas são livres de apreciar ou não o trabalho da banda, e apoiar ou não o seu projecto, recorrendo aos critérios que entenderem.
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MensagemAssunto: Re: Filiação política/social da música que ouvimos.   Filiação política/social da música que ouvimos. Icon_minitimeQua Set 14, 2011 10:10 pm

Oua Averrois conheces bandas com posição politica tens de me mostrar essas preciosidades .

Mas é inegável que no mundo actual ganha quem for mais popular e as bandas mais alternativas ou estão muito bem organizadas com uma minoria muito solida ou então simplesmente passam despercebidas. Eu pessoalmente gosto de bandas que ligue a religião ás temáticas líricas seja qual for a religião e de preferência que defendam os valores tradicionais e conservadores (um dos motivos pelo qual gosto de folk o que não tem nada haver com os restantes participantes).

Mas gostava de ter influencia suficiente para organizar um movimento ideologicamente meu Razz uma banda tipo dazkarieh ligeiramente com mais distorção e com tematicas tradicionais e religiosas, só nºao teria muitos seguidores
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MensagemAssunto: Re: Filiação política/social da música que ouvimos.   Filiação política/social da música que ouvimos. Icon_minitimeQua Set 14, 2011 10:37 pm

Sinceramente cago um bocado para ideologias políticas, a arte fala mais alto. Se estou a apoiar artistas com atitudes duvidosas? Sim, porque aprecio a sua arte e acredito que toda a gente tem direito a mandar bitaite. A censura de tais pessoas só nos torna como eles. E eu apoio tanta merda, duvido que me consigam meter um rótulo político por causa disso.


Vou criar uma banda de metal politico do CEPO.
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MensagemAssunto: Re: Filiação política/social da música que ouvimos.   Filiação política/social da música que ouvimos. Icon_minitimeQui Set 15, 2011 12:51 am

Váli escreveu:
Eu pessoalmente gosto de bandas que ligue a religião ás temáticas líricas seja qual for a religião e de preferência que defendam os valores tradicionais e conservadores (um dos motivos pelo qual gosto de folk o que não tem nada haver com os restantes participantes).
Porque achas que a música folk transmite valores conservadores?
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MensagemAssunto: Re: Filiação política/social da música que ouvimos.   Filiação política/social da música que ouvimos. Icon_minitimeQui Set 15, 2011 3:57 am

Urânia escreveu:
Bolas @averróis tu só fazes perguntas dificeis! xD

Penso que as bandas podem defender o que quiserem, e por serem consideradas Arte podem até exagerar um bocadinho. xD
Cabe aos ouvintes ter o bom senso de saber discernir a Arte do que é a realidade.
Trata-se do mesmo que para quem vai ver um filme de terror, quando o filme termina, não irá replicar aquilo que viu no filme. Laughing

Logicamente que as pessoas são livres de apreciar ou não o trabalho da banda, e apoiar ou não o seu projecto, recorrendo aos critérios que entenderem.

Claro que faço perguntas difíceis. Sei que são mas também é uma questão interessante de debater, pode dar uma boa discussão.
Esta questão para algumas pessoas é uma fonte de uma grande dissonância cognitiva: Por um lado não querem deixar de ouvir, por outro não querem apoiar socialmente, noutros domínios, nada do que é advogado por tais bandas. Isso cria um dilema que só tem duas soluções: Ou se boicota, ou então fecha-se os olhos/ignora-se ao que está a ser promovido.
A própria pessoa pode ser perfeitamente imune à propaganda mas, directa ou indirectamente, está a dar o seu apoio e a ajudar à promoção de uma banda que pode vir a afectar outras pessoas. E como tal a contribuir para a promoção dessas ideologias.

Eu também penso que as bandas podem defender o que quiserem. Esta pergunta que fiz é referente à posição pessoal de suporte ou boicote ao material que advogue ideologias com as quais a pessoa não concorda nem deseja promover na sociedade.
Pessoalmente acho que é totalmente legítimo boicotar uma banda por não se querer apoiar/suportar a ideologia que ela está activamente a tentar promover na sociedade.

Referiste filmes de terror, mas repara que há uma diferença fundamental entre filmes de terror/bandas do estilo brutal death metal/goregrind e bandas que advogam ideologias políticas... É que os filmes de terror e as bandas de goregrind que lidam com tópicos de terror/gore/etc não estão a apelar às pessoas que vão à casa do vizinho e desmembrem quem lá estiver. Já as bandas com posições políticas activas estão realmente a promover algo que querem ver propagar-se e sair para além do palco artístico para ser difundido socialmente como posição política activa. E isso é bem mais do que uma questão puramente artística, é um incentivo ao quotidiano de cada um e não uma situação hipotética, uma ficção de carácter artístico.
Propaganda política é muito diferente de um contexto puramente artístico, de ficção.

Váli escreveu:
Oua Averrois conheces bandas com posição politica tens de me mostrar essas preciosidades .

Exemplos de bandas de esquerda/liberais: Dying Fetus, Cephalic Carnage, Napalm Death, Sepultura, Misery Index
Exemplos de bandas de (extrema) direita: M8L8TH, Burzum, Graveland, Ad Hominem, Satanic Warmaster

(Referi maioritariamente bandas de National Socialist Black Metal, com auxílio do Last.fm... Já agora: Black Metal Nacional Socialista é um grande paradoxo a meu ver.)


Floresta, Ex-Odal escreveu:
Sinceramente cago um bocado para ideologias políticas, a arte fala mais alto. Se estou a apoiar artistas com atitudes duvidosas? Sim, porque aprecio a sua arte e acredito que toda a gente tem direito a mandar bitaite. A censura de tais pessoas só nos torna como eles. E eu apoio tanta merda, duvido que me consigam meter um rótulo político por causa disso.

Não percebo essa lógica do "tornarmo-nos como eles". Será que eu por escolher boicotar a Zara (temporariamente ou permanentemente, não interessa) na sequência do que foi descoberto recentemente estou a ser como eles?
O acto de boicote diz respeito apenas ao indivíduo e limita-se a uma simples rejeição de consumir/apoiar/promover/divulgar uma determinada empresa, banda, movimento social, iniciativa, etc... Em causa não está exigir que esse agente seja destruído, impedido de se pronunciar, ou destituído dos seus direitos! Em causa está somente a cessação do apoio da pessoa perante esse agente.
Não é roubar o direito à liberdade de expressão, é dar uso ao acto de boicote para não apoiar aquilo com que não se concorda. E neste aspecto, pessoalmente acho que a arte não pode ser desculpa pois a ideologia política promovida por estas bandas não se fica pelo palco, como já disse, é algo que é transposto para a sociedade. A desculpa da arte é uma falsa questão a meu ver. Não se trata minimamente de ficção artística mas sim de uma apologia efectiva a uma ideologia política com a qual a pessoa não concorda nem deseja promover normalmente.


Além do mais acho que ao não nos importarmos com isso estaremos a dar espaço para que determinadas ideologias tomem gradualmente conta de um género ou de um subgénero de música. Da mesma forma que o neonazismo acabou por tomar conta e privar o movimento skinhead das suas verdadeiras origens e filosofias de vida e tomar conta dele. Essa é apenas mais uma das grandes razões pelas quais me levam a boicotar, não para censurar, mas para me desmarcar: eu não apoio isso e sou fiel aos meus valores tanto quanto possível, principalmente quando estou ciente do que se trata.

Para mim boicotar bandas é tão legítimo como boicotar empresas ou o que quer que seja pelas devidas razões. Acho que se toda a gente fosse mais proactiva neste aspecto e boicotasse quando efectivamente não concorda, se calhar evitava-se muitas merdas que acontecem por ninguém está a fim de se importar com isso. Martin Niemöller deu-nos um excelente alerta sobre os perigos da inactividade e ausência de reacção perante algo como isto.


Aproveito para fazer umas ressalvas e observações:

Spoiler:
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MensagemAssunto: Re: Filiação política/social da música que ouvimos.   Filiação política/social da música que ouvimos. Icon_minitimeQui Set 15, 2011 8:37 am

Averróis, aprende um pouco comigo: boicotar é diferente de censurar. Boicotar é tu não ouvires, não comprares e fazeres, possivelmente, propaganda negativa à banda/marca/wtvr. Censurar é tomares acções para impedir a dita banda/marca/wtvr de fazer o que quer que seja. Os casos mais óbvios são os das bandas de folk metal de leste que estão fartas de levar com antifas nos seus concertos que querem que elas não toquem e usam meios violentos para esse fim. Isto não é boicote, é censura, e a meu ver, um acto desprezível.
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MensagemAssunto: Re: Filiação política/social da música que ouvimos.   Filiação política/social da música que ouvimos. Icon_minitimeQui Set 15, 2011 10:49 am

A unica vez que decidi que ia deixar de ouvir um determinadas músicas por causa de razões semelhantes foi este FDP.

Filiação política/social da música que ouvimos. Oliver%252BShanti

Pedófilo merdoso, quem o mandou fazer música tão boa Mad Mad

Agora em relação a questões politicas faço minhas as palavras do Floresta
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MensagemAssunto: Re: Filiação política/social da música que ouvimos.   Filiação política/social da música que ouvimos. Icon_minitimeQui Set 15, 2011 12:54 pm

Se a promoção de ideias das quais discordo estiver presente na música, não ouço. Nem é por boicote consciente, mas porque isso é um major turn-off artisticamente.
Já músicos com posições das quais discordo mas que não as incluem na sua arte não tenho problemas em ouvir (Burzum é o exemplo óbvio, não me lembro de referências a extrema direita ou seja o que for na sua música).
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MensagemAssunto: Re: Filiação política/social da música que ouvimos.   Filiação política/social da música que ouvimos. Icon_minitimeQui Set 15, 2011 1:40 pm

Ceinwyn escreveu:
Se a promoção de ideias das quais discordo estiver presente na música, não ouço. Nem é por boicote consciente, mas porque isso é um major turn-off artisticamente.
Já músicos com posições das quais discordo mas que não as incluem na sua arte não tenho problemas em ouvir (Burzum é o exemplo óbvio, não me lembro de referências a extrema direita ou seja o que for na sua música).

É a minha posição, também.

Se uma banda for New Age (o exemplo do nazismo está muito batido Razz ) e os membros da banda andarem por aí a defender coisas como as vacinas serem a principal causa de morte entre as crianças e que os ET's vêm buscar os escolhidos em 2012, por mim tudo bem, desde que essas ideias não estejam expressas nas suas músicas.

Mas uma coisa é certa, mesmo que esses ideias não estejam implícitos ou explíticos nas letras das suas músicas, se calhar vou ficar um bocadinho de pé atrás com a banda. Mas depende, claro, da "gravidade" dos ideais que defendem e da frequência ou insistência com que o fazem.
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MensagemAssunto: Re: Filiação política/social da música que ouvimos.   Filiação política/social da música que ouvimos. Icon_minitimeQui Set 15, 2011 1:42 pm

Signatus escreveu:
A unica vez que decidi que ia deixar de ouvir um determinadas músicas por causa de razões semelhantes foi este FDP.

Filiação política/social da música que ouvimos. Oliver%252BShanti

Pedófilo merdoso, quem o mandou fazer música tão boa Mad Mad

Signatus, o Oliver Shanti é pedófilo??? Neutral Ora aí está algo que eu não sabia.
Eu às vezes ainda oiço uma música ou outra, mas é cada vez mais raro. Fartei-me.
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MensagemAssunto: Re: Filiação política/social da música que ouvimos.   Filiação política/social da música que ouvimos. Icon_minitimeQui Set 15, 2011 1:43 pm

Nuno escreveu:
Ceinwyn escreveu:
Se a promoção de ideias das quais discordo estiver presente na música, não ouço. Nem é por boicote consciente, mas porque isso é um major turn-off artisticamente.
Já músicos com posições das quais discordo mas que não as incluem na sua arte não tenho problemas em ouvir (Burzum é o exemplo óbvio, não me lembro de referências a extrema direita ou seja o que for na sua música).

É a minha posição, também.
(...)
Mas depende, claro, da "gravidade" dos ideais que defendem e da frequência ou insistência com que o fazem.

Exacto. Concordo com a @ceinwyn e com o @nuno. Smile
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MensagemAssunto: Re: Filiação política/social da música que ouvimos.   Filiação política/social da música que ouvimos. Icon_minitimeQui Set 15, 2011 1:46 pm

Citação :


Músico alemão, actualmente com 59 anos, cujos nomes artísticos mais conhecidos são Oliver Serano-Alve e Oliver Shanti, Ulrich Schulz viveu durante duas décadas numa quinta em Vila Nova de Cerveira, sendo o seu paradeiro desconhecido desde 2002, relata a Lusa.

Desde 2003 tinha pendente um mandado de detenção europeu, emitido pelas autoridades alemãs, por suspeita da prática, no seu país de origem, de, pelo menos, 116 crimes de pedofilia.

As autoridades alemãs destacam a sua "elevada perigosidade", já que cinco dos seus alegados abusos sexuais de menores terão envolvido um elevado grau de violência.

Os alegados crimes terão ocorrido no âmbito da seita que o próprio fundou na década de 80, na Baviera, e que poderá ter dado cobertura a mais mil abusos sexuais de menores.

http://quiosque.aeiou.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ae.stories/10496

Foi um choque para mim quando descobri, de new age era o que eu mais ouvia....
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MensagemAssunto: Re: Filiação política/social da música que ouvimos.   Filiação política/social da música que ouvimos. Icon_minitimeQui Set 15, 2011 1:52 pm

Signatus escreveu:
Citação :


Músico alemão, actualmente com 59 anos, cujos nomes artísticos mais conhecidos são Oliver Serano-Alve e Oliver Shanti, Ulrich Schulz viveu durante duas décadas numa quinta em Vila Nova de Cerveira, sendo o seu paradeiro desconhecido desde 2002, relata a Lusa.

Desde 2003 tinha pendente um mandado de detenção europeu, emitido pelas autoridades alemãs, por suspeita da prática, no seu país de origem, de, pelo menos, 116 crimes de pedofilia.

As autoridades alemãs destacam a sua "elevada perigosidade", já que cinco dos seus alegados abusos sexuais de menores terão envolvido um elevado grau de violência.

Os alegados crimes terão ocorrido no âmbito da seita que o próprio fundou na década de 80, na Baviera, e que poderá ter dado cobertura a mais mil abusos sexuais de menores.

http://quiosque.aeiou.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ae.stories/10496

Foi um choque para mim quando descobri, de new age era o que eu mais ouvia....

affraid affraid Yah, eu também. Era uma das coisas que mais ouvia. Neutral Mas não sabia dessa história. pale
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MensagemAssunto: Re: Filiação política/social da música que ouvimos.   Filiação política/social da música que ouvimos. Icon_minitimeQui Set 15, 2011 4:14 pm

Eu costumo dar mais importância à música, deixando a letra para segundo plano (em parte devido à diversidade de línguas das bandas/artistas que ouço), mas não deixo de ouvir banda x ou artista y por este expressar nas suas letras ideais político-sociais que até posso nem estar de acordo. O mais importante para mim (e sempre foi no meu percurso musical) é a experiência sonora, seja através das notas dos instrumentos ou da entoação da voz, remetendo as letras para segundo plano. Dou o exemplo de uma banda do chamado "National Socialist Black Metal" (seja lá isso o que for), Temnozor. Aprecio bastante a parte musical dessa banda, mesmo cantando eles em russo sei quais os ideais que prezam e que transmitem na sua música. Não os vou deixar de ouvir por essa razão, e no aspecto lírico há também que ter senso daquilo que transmitem e se te deixas influenciar por isso ou se concrodas e segues esses ideais.
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MensagemAssunto: Re: Filiação política/social da música que ouvimos.   Filiação política/social da música que ouvimos. Icon_minitimeQui Set 15, 2011 6:39 pm

Floresta, Ex-Odal escreveu:
Averróis, aprende um pouco comigo: boicotar é diferente de censurar. Boicotar é tu não ouvires, não comprares e fazeres, possivelmente, propaganda negativa à banda/marca/wtvr. Censurar é tomares acções para impedir a dita banda/marca/wtvr de fazer o que quer que seja. Os casos mais óbvios são os das bandas de folk metal de leste que estão fartas de levar com antifas nos seus concertos que querem que elas não toquem e usam meios violentos para esse fim. Isto não é boicote, é censura, e a meu ver, um acto desprezível.

Onde é que eu disse que apoiava essas iniciativas de impedir bandas de tocar?
Eu referi-me explicitamente em relação ao acto da pessoa escolher não apoiar uma banda que se engaje activamente na promoção de um ideal com a qual ela não concorda.

Onde é que será difícil boicotar sem tentar impedir de tocar? Não disse em lado nenhum que me referia à necessidade de impedir bandas de tocar. Ora tenta lá responder directamente às perguntas que fiz inicialmente em vez de dar uma resposta generalista e assumir presupostos como a necessidade de censura, que eu não advoguei em lado nenhum: Não se falou aqui neste tópico de impedir bandas de tocar.

Aliás, se leres o que eu disse, eu fiz inclusivamente ressalva a isso:

Averróis escreveu:
Essa é apenas mais uma das grandes razões pelas quais me levam a boicotar, não para censurar, mas para me desmarcar: eu não apoio isso e sou fiel aos meus valores tanto quanto possível, principalmente quando estou ciente do que se trata.
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MensagemAssunto: Re: Filiação política/social da música que ouvimos.   Filiação política/social da música que ouvimos. Icon_minitimeQui Set 15, 2011 7:20 pm

Averróis escreveu:
1) A ideologia política/social promovida activamente por uma banda deve ser sempre consentida? Será que a arte fala mais alto que tudo o resto?
Sim. Se tenho de apanhar todos os dias com a ideologia política/social promovida pela maioria das pessoas com quem me cruzo e tenho de a "tolerar" e suportar, porque raio é que não haveria de consentir a ideologia de um artista? Porque é que o facto de se ser artista havia de fazer com que se seja menos pessoa e se perca o direito a promover uma ideologia da caca?

Acho especial piada à forma imparcial como esta questão foi colocada:
Averróis escreveu:
2) Será legítimo deixar de apoiar e divulgar (boicotar) o trabalho de uma banda quando se acha que esta promove ideologias políticas ou sociais que consideramos nefastas para a sociedade? (por exemplo o fascismo/neonazismo). Se sim, qual o critério?
É engraçado como consideras o fascismo e o neonazismo como exemplos intrinsecamente nefastos para a sociedade. Laughing
Curiosamente, acho legítimo deixar de apoiar as bandas só por não concordar com as suas ideologias. Tal como disseste, é como quando se boicotam empresas por não se concordar com os seus procedimentos. Se o artista deve ter liberdade para expressar a sua opinião, também me parece óbvio que o ouvinte pode ter os motivos que muito bem lhe apetecer para não ouvir o que quiser.

Posto isto, a música é arte. E só passa disso se o ouvinte quiser. Para mim é claro que a música cria todo um ambiente psicológico/mental, quando é apreciada a fundo, e para isso tudo o que envolve a banda tem influência. Se há factores envolventes que fazem com que se deixe de apreciar a dita arte, que não seja então apreciada. Parece-me um bocado limitador estar a tentar racionalizar algo que está tão dependente à subjectividade e à forma de sentir de cada pessoa.

E já agora, tal como disse a Cein, Burzum não é Nacional-Socialista e Vikernes já o afirmou imensas vezes. Ele pode ter alguns pontos de vista que eram partilhados por muitos dos membros do partido Nacional-Socialista alemão, sim. Mas se me conseguires dar um exemplo de uma pessoa que consiga não ter absolutamente nada em comum com nenhum Nacional-Socialista que viveu dou-te um prémio.
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MensagemAssunto: Re: Filiação política/social da música que ouvimos.   Filiação política/social da música que ouvimos. Icon_minitimeQui Set 15, 2011 8:30 pm

Kraft durch Freude escreveu:
Averróis escreveu:
1) A ideologia política/social promovida activamente por uma banda deve ser sempre consentida? Será que a arte fala mais alto que tudo o resto?
Sim. Se tenho de apanhar todos os dias com a ideologia política/social promovida pela maioria das pessoas com quem me cruzo e tenho de a "tolerar" e suportar, porque raio é que não haveria de consentir a ideologia de um artista? Porque é que o facto de se ser artista havia de fazer com que se seja menos pessoa e se perca o direito a promover uma ideologia da caca?

Bem, não sei em relação a ti, mas a mim parece-me que essa não é uma desculpa suficientemente forte e parece-me evasiva, até porque são situações muito diferentes num ponto muito importante: no espaço público, no quotidiano, uma pessoa não tem forma de controlar tanto aquilo a que está exposta. Já no caso de escolher música para colocar no leito de Mp3 a coisa muda TOTALMENTE de figura: a menos que partilhe o mp3 com alguém, a pessoa tem total controlo sobre aquilo que vai ouvir, comprar, apoiar, divulgar (intencionalmente ou não).

Só porque no dia a dia somos como expostos a determinadas situações, não significa que tenhamos de aceitá-las também nas áreas onde efectivamente temos controlo e dependem das nossa decisões, as nossas escolhas, a nossa iniciativa.

E estás a falhar quanto ao ponto primordial: Não disse em lado nenhum que em questão estava a perda de direito de promover uma ideologia da caca. Falei estritamente sobre o receptor/ouvinte e das suas decisões quanto ao acto de ouvir ou deixar de ouvir. Nada mais que isso. Torno a sublinhar: Na pergunta que fiz não está em causa a promoção de uma revogação/castração do direito do artista de expor as suas convicções políticas, sociais ou filosóficas, mas sim a posição do ouvinte perante tal facto.

E só porque aturo algo na rua, não significa que tenha de aceitar aturar também em casa, no mp3 e em tudo o que diga respeito às minhas escolhas pessoais.
Eu também oiço montes de artistas na rua, músicas que não foram escolhidos por mim e que se calhar também não considero apelativas. Mas no meu leitor de mp3 ou na minha colecção de CDs ou no meu disco rígido, posso e devo poder escolher aquilo em que vou ouvir. É totalmente diferente, não vou comprar ou ouvir 50cent em casa só porque na rua passam indivíduos em carros a ouvir tal coisa.

Kraft durch Freude escreveu:
Acho especial piada à forma imparcial como esta questão foi colocada:
Averróis escreveu:
2) Será legítimo deixar de apoiar e divulgar (boicotar) o trabalho de uma banda quando se acha que esta promove ideologias políticas ou sociais que consideramos nefastas para a sociedade? (por exemplo o fascismo/neonazismo). Se sim, qual o critério?
É engraçado como consideras o fascismo e o neonazismo como exemplos intrinsecamente nefastos para a sociedade. Laughing

Se tiveres algum exemplo onde alguma corrente fascista ou neonazi não tenha sido intrinsecamente nefasta para a sociedade em termos gerais, enquanto ideologia, I'm all ears. Aliás, não só foram intrinsecamente nefastos para a própria sociedade, como foram para a humanidade inteira. Vou tão longe quando dizer isso. E digo o mesmo em relação ao Comunismo e a monstros como Estaline ou Pol Pot. Ainda estou para ver uma forma de Comunismo ou Fascismo que não tenha sido realmente nefasta para a sociedade.
Além do mais foi um exemplo, conforme fiz questão de mencionar. Como tal podem substituir o fascismo e neonazismo por comunismo, liberalismo, whatever, o que bem desejarem. É evocado como uma variável, não uma imposição criteriosa.

Mais: Se leres eu fiz referencia a isso numa das notas que estão em spoiler.

Kraft durch Freude escreveu:
Curiosamente, acho legítimo deixar de apoiar as bandas só por não concordar com as suas ideologias. Tal como disseste, é como quando se boicotam empresas por não se concordar com os seus procedimentos. Se o artista deve ter liberdade para expressar a sua opinião, também me parece óbvio que o ouvinte pode ter os motivos que muito bem lhe apetecer para não ouvir o que quiser.

Então estamos de acordo nesse ponto.

Kraft durch Freude escreveu:
Posto isto, a música é arte. E só passa disso se o ouvinte quiser. Para mim é claro que a música cria todo um ambiente psicológico/mental, quando é apreciada a fundo, e para isso tudo o que envolve a banda tem influência. Se há factores envolventes que fazem com que se deixe de apreciar a dita arte, que não seja então apreciada. Parece-me um bocado limitador estar a tentar racionalizar algo que está tão dependente à subjectividade e à forma de sentir de cada pessoa.

Claro que é subjectivo, nem tudo o que uns acham digno de se boicotar é aceite por outros como razão suficientemente forte para um boicote. A maioria das pessoas não está interessada se a Zara está indiciada por escravatura numa das suas fábricas - ou não estão interessados em tantas outras coisas semelhantes. Mais ainda: às vezes é até difícil conseguir boicotar tudo o que é passível de critica e portanto tem de se fazer escolhas, isto é válido para quem está interessado em adoptar uma postura consciente e proactiva em relação a situações destas, claro, por oposição à passividade.

Kraft durch Freude escreveu:
E já agora, tal como disse a Cein, Burzum não é Nacional-Socialista e Vikernes já o afirmou imensas vezes. Ele pode ter alguns pontos de vista que eram partilhados por muitos dos membros do partido Nacional-Socialista alemão, sim. Mas se me conseguires dar um exemplo de uma pessoa que consiga não ter absolutamente nada em comum com nenhum Nacional-Socialista que viveu dou-te um prémio.

Directa ou indirectamente Burzum acaba por servir de mecanismo para promoção de ideais do Nacional Socialismo de Vikernes.
Pessoalmente, do que já li vindo dele, creio que não há qualquer dúvida que Vikernes tem uma posição que se coaduna largamente com o Nacional Socialismo. Não é apenas uma ligeira parecença que caiba dentro do que é habitual em qualquer pessoa. Não se fica por gostar de pintura ou animais tal como Hitler. Estamos a falar de posições políticas e sociais, filosofias. Não advoga Vikernes várias posições que podem muito bem ser essencialmente descritas como Nacional Socialismo? E não, não me refiro a pequenas coisas. No máximo o que se pode dizer é que talvez ele não deposite essas convicções frequentemente na sua música, de forma directa, apenas em artigos de opinião que coloca no seu site ou nas entrevistas que lhe fazem. Além do mais já tenho ouvi referirem-se a Burzum como uma rampa de lançamento para os primórdios do NSBM.


Já agora uma pergunta: Será que o facto de um artista ser pedófilo justifica que se boicote o seu trabalho? Se sim, será que o facto do arista ser um assassino também justifica tal boicote?
Claro que mais uma vez é uma questão subjectiva e como tal peço a vossa opinião e não uma descrição de uma realidade ultra-objectiva e universal.
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MensagemAssunto: Re: Filiação política/social da música que ouvimos.   Filiação política/social da música que ouvimos. Icon_minitimeQui Set 15, 2011 10:42 pm

Acho que não percebeste. Vamos tentar de novo:
Depois de lidares com muita gente cujos pontos de vista e formas de ver o mundo são diametralmente opostos aos teus, é possível que acabes por "ganhar calo" e isso deixar de ser tão importante. Pelo que ouvir um artista cujos pontos de vista diferem dos teus pode acabar por deixar de ser assim tão pertinente.

Claro que não "tens de aturar" nada quando és tu que escolhes o que ouves. Mas não vejo porque é que as motivações ideológicas do artista haviam de ser impedimento para apreciar, interpretar e meditar sobre a sua arte.
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MensagemAssunto: Re: Filiação política/social da música que ouvimos.   Filiação política/social da música que ouvimos. Icon_minitimeQui Set 15, 2011 10:54 pm

Comigo aconteceu que desde sempre tentei procurar estilos cuja convergência me levasse a uma espécie de "grupo de identificação" com o qual eu quereria evoluir e aprender. Comecei com bandas de metal mais leves tipo system of a down para me acostumar ao peso e ouvir de tudo dentro do metal, ouve ate alturas em que meti na cabeça que quanto mais pesado melhor, até passar pelo folk e neoclassica. Hoje os estilos com que mais me identifico do ponto de vista politico social são os estilos que eu ouvia quando andava no 5º ano (nu metal e emocore). A importância que isto tem para mim é muita ao ponto de voltar a trocar os estilos que ouvia pelos anos mais antigos e decidir-me que era mesmo aquilo que queria ouvir, ou seja, foram as letras que ditaram o meu caminho musical e não propriamente a sonoridade.

já agora se tiverem ai tematicas ideologicas eu gostava de dar uma olhadela nas letras
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MensagemAssunto: Re: Filiação política/social da música que ouvimos.   Filiação política/social da música que ouvimos. Icon_minitimeSex Set 16, 2011 1:48 am

Kraft durch Freude escreveu:
Acho que não percebeste. Vamos tentar de novo:
Depois de lidares com muita gente cujos pontos de vista e formas de ver o mundo são diametralmente opostos aos teus, é possível que acabes por "ganhar calo" e isso deixar de ser tão importante. Pelo que ouvir um artista cujos pontos de vista diferem dos teus pode acabar por deixar de ser assim tão pertinente.

Para isso existem fóruns de discussão, eu não sou do tipo de indivíduo que se isola de pontos de vista contrários, pelo contrário: muitas vezes até vou em busca de dialogar. Faço-o com religiosos diversos, faço-o com "teóricos" da conspiração, faço-o com indivíduos que acreditam que há gente a ser raptada por extraterrestres, faço-o com indivíduos que são esotéricos, faço-o com indivíduos que têm convicções políticas bastante diferentes das minhas, e por aí fora. Só nestes exemplos que acabei de dar parece-me que a maioria da sociedade nem lhes liga, tampouco.
O problema é que ao ouvir música é diferente de ir a um fórum ou falar pessoalmente com um indivíduo ou ler um blog/site de alguém com opiniões diferentes das minhas.
Nos casos que acabei de referir não estou a apoiar, nem a ajudar a divulgar a ideologia com a qual não concordo e que, em alguns casos, acho perniciosa.
No caso da música é diferente, há toda uma estrutura de negócio e de exposição privilegiada que pode veicular a promoção dessa ideologia de forma directa ou indirecta. E essa estrutura eu prefiro não apoiar, principalmente quando estou ciente do que está em jogo. É uma recusa de apoio económico ou de divulgação, principalmente quando se usa plataformas como Last.FM.

Kraft durch Freude escreveu:
Claro que não "tens de aturar" nada quando és tu que escolhes o que ouves. Mas não vejo porque é que as motivações ideológicas do artista haviam de ser impedimento para apreciar, interpretar e meditar sobre a sua arte.

Pelas razões pelas quais disseste concordar comigo, que passo a citar:

Kraft durch Freude escreveu:
Curiosamente, acho legítimo deixar de apoiar as bandas só por não concordar com as suas ideologias. Tal como disseste, é como quando se boicotam empresas por não se concordar com os seus procedimentos. Se o artista deve ter liberdade para expressar a sua opinião, também me parece óbvio que o ouvinte pode ter os motivos que muito bem lhe apetecer para não ouvir o que quiser.


As razões primordiais estão na recusa em apoiar, consumir, ou divulgar o trabalho desse indivíduo. Não interessa se o seu trabalho é um álbum, uma exposição num museu, um serviço prestado como dirigente numa empresa, ou o que quer que seja. Se acho que o indivíduo está a promover algo que não desejo ver promovido na sociedade, então boicoto. É muito simples de perceber e certamente que haverão projectos/iniciativas tão bons ou melhores que esse que acabámos de boicotar, que podem ser apreciados em alternativa. O que não falta são opções de escolha.
Adicionalmente acho, como convicção pessoal, que aceitar passivamente a infiltração de determinadas ideologias dentro de subculturas ou subgéneros de música pode levar à destruição dessa subcultura ou subgénero, como aconteceu com o movimento skinhead. Temos vários exemplos disso.
Acho que a passividade é perigosa para a manutenção dessa integridade, tão ou mais perigosa que as acções dos indivíduos com os quais não concordamos. Não acho que se deva impedir os artistas de poder expressar as suas opiniões (sou contra a censura), mas sim apelar à minha consciência para apoiar somente aquilo que acho benéfico ou neutro.

Por mais que adore música e os mais diferentes estilos, acho que aqui os valores falam mais alto.
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MensagemAssunto: Re: Filiação política/social da música que ouvimos.   Filiação política/social da música que ouvimos. Icon_minitimeSex Set 16, 2011 8:32 pm

Eu só não gosto é de tipos estúpidos. Toda a gente é livre de acreditar no que quiser mas não me obriguem a gramar com mensagens (mesmo que subliminares) de tipos armados em melhores que os outros só porque são amarelos e os outros são vermelhos. Também não tenho muita simpatia por apologias a regimes que só envergonham a humanidade.
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MensagemAssunto: Re: Filiação política/social da música que ouvimos.   Filiação política/social da música que ouvimos. Icon_minitimeSáb Set 17, 2011 1:30 pm

Para variar um bocadinho volto a achar que não percebeste, Averróis.
Na primeira pergunta, questionavas se a ideologia de um artista deve ser sempre consentida. A minha resposta foi sim, não acho motivos suficientemente fortes para que qualquer ideologia não possa ser divulgada, seja por que meios for (tema para outro tópico, provavelmente).
Na segunda, perguntavas se a ideologia não influencia a nossa apreciação dessa arte. A minha resposta foi que isso só depende de cada pessoa e que, pessoalmente, acho normal que a ideologia do artista influencie essa mesma apreciação.

Será que não consegues achar as duas respostas compatíveis entre si ou qual é a tua dúvida afinal? Rolling Eyes
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MensagemAssunto: Re: Filiação política/social da música que ouvimos.   Filiação política/social da música que ouvimos. Icon_minitimeSáb Set 17, 2011 2:12 pm

Kraft durch Freude escreveu:
Para variar um bocadinho volto a achar que não percebeste, Averróis.
Na primeira pergunta, questionavas se a ideologia de um artista deve ser sempre consentida. A minha resposta foi sim, não acho motivos suficientemente fortes para que qualquer ideologia não possa ser divulgada, seja por que meios for (tema para outro tópico, provavelmente).

Agora é a minha vez: acho que tu é que não percebeste desde o início.
Essa pergunta não tem nada a ver com o acto de impedir a divulgação de uma ideologia, não tem a ver com censura, nem tem a ver com acções que castrem o que quer que seja em relação aos outros. É colocada somente a título individual, concerne o ouvinte e a sua relação com o material: se ele consente sempre a música ou não, independentemente do conteúdo político/social, por achar que a arte é mais importante, ou se, pelo contrário, sente-se na necessidade de fazer uma triagem com base em determinados critérios cujo filtro inclua questões de ideologia ou valores.
Esta primeira pergunta tem o propósito de solicitar à pessoa que se pronuncie em relação ao grau de consentimento que tem para com a música, no que toca ao conteúdo ideológico daquilo que ouve.

Aqui "consentir" é o mesmo que "ouvir na mesma". Não consentir aqui não implica um acto de impedir que uma ideologia possa ser divulgada na sociedade mas somente uma recusa em permitir que tais conteúdos entrem na sua playlist.


Kraft durch Freude escreveu:
Na segunda, perguntavas se a ideologia não influencia a nossa apreciação dessa arte. A minha resposta foi que isso só depende de cada pessoa e que, pessoalmente, acho normal que a ideologia do artista influencie essa mesma apreciação.

Será que não consegues achar as duas respostas compatíveis entre si ou qual é a tua dúvida afinal? Rolling Eyes

Na segunda pergunta o objectivo é perceber o que é que a pessoa pensa em relação a quem escolhe boicotar e é uma pergunta especialmente relevante e interessante de propor àqueles que responderam "sim" à primeira pergunta.
É que o acto de boicote, ou seja, a recusa em consumir o material, é essencialmente uma mostra de um desconsentimento em relação aos conteúdos que estão presentes.
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MensagemAssunto: Re: Filiação política/social da música que ouvimos.   Filiação política/social da música que ouvimos. Icon_minitimeSáb Set 17, 2011 2:48 pm

Acho que não percebeste.










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MensagemAssunto: Re: Filiação política/social da música que ouvimos.   Filiação política/social da música que ouvimos. Icon_minitime

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