A Renascença avança em primeira mão a programação do Festival ao Largo. À porta do Teatro Nacional de São Carlos haverá concertos, espectáculos de dança e até um baile vienense.
Ao ar livre, com entrada gratuita e sempre às dez da noite. Será assim que, de 30 de Junho até 31 de Julho, se fará a terceira edição do Festival ao Largo. Esperando as noites quentes de Lisboa o palco montado fora de portas, mesmo em frente ao Teatro Nacional de São Carlos vai oferecer 19 espectáculos, na sua maioria de música.
No programa desta edição, as três orquestras de Lisboa - a Sinfónica, a Metropolitana e a Gulbenkian vão pisar o mesmo palco. Logo a abrir o Festival, a 30 de Junho a Orquestra Gulbenkian sob a direcção musical do maestro Martin André e com a soprano Susana Gaspar irá interpretar excertos de obras de Verdi, Bizet, Dvorák, mozart e Rimski-Korsakov num espectáculo intitulado “1001 noites”.
A mesma Orquestra Gulbenkian, mas sob a direcção do jovem maestro Pedro Neves irá tocar a 2 de Julho obras de Stravinski e Falla.
Dois dias depois, a 4 e 5 de Julho Lisboa vai poder assistir a um espectáculo que o maestro César Viana, da OPART que organiza o Festival diz ser “de um grupo extraordinário, da chamada rota da seda. São de uma república que se chama Tuva e tocam música tradicional que é um tipo de canto multifónico, cada voz faz vários sons e ao mesmo tempo tocam uns instrumentos exóticos”.
Além deste ensemble, o Festival terá a 7 e 8 de Julho a Orquestra residente do São Carlos, a Sinfónica sob a direcção de Julia Jones a dar o espectáculo “Estrelas e Planetas”. Um concerto onde vai poder ouvir o tema da saga “A Guerra das Estrelas”.
A terceira orquestra, a Metropolitana entra em cena a 9 e 10 de Julho com “Noite italiana”. Presentes no Festival pela segunda vez, os músicos dirigidos pelo maestro Cesário Costa irão tocar Rossini, Mendelssohn, entre outros.
A grande incógnita e talvez uma das maiores surpresas do Festival está reservada para as noites de 13 e 14 de Julho. Os pianistas Bernardo Sassetti e Mário Laginha juntam-se à percussão de Pedro Carneiro e Elizabeth Davis num diálogo artístico. No espectáculo participarão também os pianistas Artur Pizarro e Vita Panomariovaite. Prometida está a estreia de uma obra de Laginha e Sassetti.
Largo vira pista de dança
A 16 e 17 de Julho ninguém ficará sentado na plateia. As cadeiras serão retiradas e o largo do São Carlos será transformado numa imensa pista de dança. O “Baile vienense” com a Orquestra Sinfónica Portuguesa propõe ao público um pezinho de dança. As famosas valsas e polcas da família Strauss fazem parte do programa das duas noites.
Se preferir ritmos mais calmos, reserve-se para a noite de 19 de Julho. O Coro do Teatro Nacional de São Carlos sob a direcção musical de Giovanni Andreoli tocará excertos de Verdi, Donizetti, Bellini e Puccini. O programa segue com a Sinfónica a tocar excertos de óperas bem conhecidas e termina com bailado.
A 27 e 28 de Julho a Companhia Nacional de Bailado vai dançar “Uma coisa em forma de assim”, um espectáculo criado por 9 dos principais coreógrafos nacionais com música de Bernardo Sassetti. Será uma oportunidade para rever um espectáculo que esteve recentemente em cena, assim como acontecerá com o espectáculo final do Festival a 30 e 31 de Julho em que será reposta “Noite de ronda”, a ultima coreografia criada por Olga Roriz.
A terceira edição do Festival ao Largo organizado pela OPART - o organismo que gere o Teatro Nacional de São Carlos e a Companhia Nacional de Bailado - vai também contar com uma parceria com o Museu do Chiado que promete animar os finais da tarde no centro da capital, antes dos concertos no largo.