Folk Lusitânia
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MensagemAssunto: Books Reviews   Books Reviews Icon_minitimeDom maio 20, 2012 10:23 am

Lembrei-me de criar um tópico com resumos de livros que tenhamos lido.

Neste tópico, poderemos alongar-nos um pouco mais do que no "O que andas a ler?".

Aqui fica o resumo de um livro que li.


Há vida dentro da morte


“Muitas vidas, muitos mestres” é o título do livro que vou apresentar.

Escrito pelo autor e psiquiatra Brian Weiss, este livro aborda o tema da regressão a vidas passadas. O autor relata todas as sessões efetuadas com a paciente Catherine, aquela que abalou o seu ceticismo e fez com que a sua mente se abrisse para o mundo imaterial.

Catherine recorreu a Brian Weiss com o objetivo de pôr fim à ansiedade, aos ataques de pânico e à angústia constantes. Estes sintomas existiam desde a sua infância, mas, num passado recente, tornaram-se mais graves. O terror e a depressão deixavam-na paralisada e incapaz de agir.

Weiss foi-lhe recomendado por um pediatra amigo, Edward Pole. Este, por uma razão inexplicável, considerava que só Weiss a poderia ajudar.

A terapia iniciou-se de forma convencional. Durante dezoito meses Catherine, desabafou e tomou antidepressivos. Nada surtiu efeito, até que o psiquiatra resolveu aplicar a hipnose, de forma a retroceder à sua infância e encontrar aí a chave que iria desbloquear os seus sintomas. Para espanto de ambos, a origem dos seus sintomas não estava na infância e Weiss sentia-se confuso, pois não percebia o que estava a fazer de errado. Não obstante a estagnação psicológica de Catherine, ele insistiu numa nova sessão de hipnoterapia.

Agora sim, começam a surgir os primeiros sinais de melhoras. Weiss pediu-lhe para regredir ao tempo onde têm origem os seus sintomas.

Entre os medos de Catherine, estavam o de se afogar e o de sufocar. Na segunda sessão, ela percorreu uma vida passada, na qual morreu afogada tentando salvar a sua bebé. Os seus estados de transe eram perturbadoramente reais, Weiss observou as convulsões inerentes a um afogamento. Deitada no divã, parecia que se afogava em seco.

Na sessão seguinte, Catherine confidenciou que os seus medos, de se afogar e sufocar, tinham desaparecido. Embora, o conceito reencarnação ainda lhe fosse estranho e contrariasse as suas crenças, ela viveu uma experiência esmagadora que reconheceu importante para o seu processo de cura.

Ao longo das sessões de hipnose, Catherine descobriu que até ao momento já vivera oitenta e seis vidas na terra. Fora homem e mulher e viveu em vários lugares no planeta. Durante as regressões, encontrou pessoas que estavam presentes na sua vida atual. Uma delas era Weiss, ele já fora seu professor, tio e pai. A presença dele nas suas vidas anteriores era a de alguém muito sábio, em quem ela sempre confiou plenamente.

Quando Catherine, durante os relatos das suas vidas passadas, alternava de uma vida para outra, existia um hiato em que ela se sentia a flutuar e, nesses momentos, os espíritos mestres falavam através dela. Estes são entidades espirituais altamente evoluídas que revelaram alguns segredos sobre a vida e a morte. Deram muitos conselhos a Weiss e falaram-lhe de acontecimentos passados na sua vida que só ele sabia. Eram assuntos pessoais que ele jamais iria transmitir a uma paciente.

Na minha opinião, este livro não procura catequizar, impor crenças ou doutrinas. Apenas descreve, de modo claro e fluído, acontecimentos verídicos.
Mesmo para as pessoas que não acreditam em reencarnação, este livro suscita imensas questões que a ciência não pode responder. Não existem provas palpáveis sobre a existência de vidas passadas, tal como, não existem provas palpáveis da sua inexistência. A nós, leitores, cabe-nos decidir se queremos ou não acreditar.

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Aelle
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MensagemAssunto: Re: Books Reviews   Books Reviews Icon_minitimeQua maio 23, 2012 11:16 pm

Boa ideia para criação de um tópico, Vampiria!

E excelente escolha de tema, pelo menos para mim.

Eu penso que o fenómeno da reencarnação não é abordado da forma mais correcta, e sim limitadora e obtusa. Tal como quase todos os temas que envolvem religião.

Ou seja, encara-se a reencarnação "apenas" como uma sucessão de vidas, que se vão acumulando, e "ocupando" outros corpos humanos.

Aconselho o livro "As Origens do Egipto", de Jean Louis Bérnard. Editora Bertrand. É um compêndio de sabedoria, sobre este e outros assuntos, cientifico-religiosos e históricos, que remontam à Antiguidade. Para mais, o autor é um historiador e investigador.

Quanto à "reencarnação"

Bom, estamos rodeados de energia e matéria. E somos compostos por elas. As energias, "os espíritos", se quiserem, que nos compõem, que nos "ocupam", e fazem do nosso corpo uma espécie de moradia coletiva de essências diferentes, que têm que coabitar entre si, têm origens distintas. Funciona um pouco a lógica da Astrologia, por exemplo, (não me batam, ateus militantes!) mas não só. É óbvio que cada corpo (não só humano) vai buscar energias aos astros. Isso parece-me bastante lógico. Mas o que diz a reencarnação é que temos vidas sucessivas. Isso é, em parte, verdade, mas não é assim tão linear. As nossas energias, partes a que podemos chamar de alma (mas não singular), são libertadas do nosso corpo aquando a morte física, e a partir daí, são, por assim dizer, novamente soltas. Não só no mundo, mas também no Cosmos. Faz todo o sentido que um pedaço de alma, que já tenha feito parte de algum corpo, de alguma existência nossa, percorra parte do Universo, e volte a inserir-se num planeta fora do nosso sistema solar, onde haja vida. Faz também sentido que algumas dessas energias/almas simplesmente se dissipem, e "morram." Temos a tendêndia de pensar de forma "pequena", e limitada à nossa pequena realidade. E sim, há reminiscências desses pedaços de alma passados, que nos trazem recordações, traumas, enfim, entram na nossa base de dados, da nossa vida daquele preciso momento.

Mais uma vez, apelo à lógica: se até o nosso simples corpo tem várias partes, porque terá a alma que ser uniforme? Certamente que não é. Nós temos energias diferentes, que compõem, lá está, os nossos "feitios", personalidades, valores, medos, preferências, inclinações, etc. E muitos desses farrapos de alma, podem ser energias perdidas, a que os antigos pagãos (e náo só) chamam almas penadas, etc, que muitas vezes influenciam negativamente a nossa existência. Os Egípcios tentavam prevenir tudo isso, e muito mais. Mas enfim, outras questões. Do Cosmos vêm os raios, as energias, que percorrem e compõem tudo o que por aqui se passa. Algumas já estão podres, e arrastam-se, defeituosas, pela Terra, em vácuo. Outras não. Pedaços de vida, e de alma, e de essências renovadas, tudo se conjuga, ou não, na assunção de um novo corpo. Humano, ou não.

Espero não ter sido demasiado confuso, nem ter fugido em demasia ao tópico.
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MensagemAssunto: Re: Books Reviews   Books Reviews Icon_minitimeDom maio 27, 2012 8:52 am

Não foste confuso Aelle, obrigada pelo feedback!

Eu ainda não tinha pensado neste tema dessa forma. Existirem pedaços de almas dentro de nós.

Eu pensava de forma mais romântica: a nossa alma, num todo, percorre vidas e corpos até se aperfeiçoar. Atingido o nirvana deixariamos de reencarnar.

Mas, sem dúvida, que a tua teoria também é curiosa e plausível.

Vou ler o livro que recomendaste! Este tema deixa-me realmente obcecada. .n.
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