]Interesse chinês por dívida portuguesa reforça confiança da China em Portugal

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Interesse chinês por dívida portuguesa reforça confiança da China em Portugal - Ministério das Finanças




De Isabel Matos Alves (LUSA) – Há 5 horas

Lisboa, 28 out (Lusa) -- A eventual compra pela China de dívida portuguesa demonstra que a estratégia de alargamento dos investidores na dívida soberana de Portugal está a resultar e reforça a confiança da China na economia portuguesa, disse hoje o ministério das Finanças.

O governo chinês disse hoje estar a ponderar a compra de dívida pública portuguesa, com a vice-ministra dos Negócios Estrangeiros chinesa, Fu Ying, a afirmar ainda que Pequim quer apoiar os países europeus a sair da crise.

Fonte oficial do ministério das Finanças português afirmou hoje à agência Lusa que a diversificação da base de investidores em dívida pública "tem sido um elemento central da estratégia do Governo" e que "a confirmar-se, por isso, o interesse de instituições chinesas relativamente à nossa dívida, constata-se que a estratégia do Governo está a ser bem sucedida".

© 2010 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

http://www.google.com/hostednews/epa/article/ALeqM5hU07OeSoOi56lQNphxf4NtM2UeUw?docId=11697820

Olaf Azmun-Biköh escreveu:

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Artemis escreveu:

Olaf Azmun-Biköh escreveu:

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Portanto, a ver se eu percebi:

- A China compra-nos certificados de aforro ou do tesouro ou lá como se chama aquilo agora...
- Os senhores que se dizem "governantes" cá do burgo ficam todos contentes e podem dizer que as suas medidas de combate à dívida externa foram extremamente eficaz. A "democracia" funcionou outra vez e estão prontos a ser re-eleitos porque mais uma vez fizeram um belo serviço.
- Passam-se umas décadas, ou talvez nem tanto -- a China lembra-se de nos cobrar o investimento que fez, esperando que lhes paguemos o que eles nos deram + os juros fabulosos que aquilo acumulou ao longo dos anos;
- Portugal não pode pagar porque não produziu tal riqueza ao longo dos anos e ainda tem uma dívida maior nessa altura;
- A "amiga" China volta a ajudar-nos e deixa-nos pagar, por exemplo, com exclusividades em negócios-chave, digamos, com os nossos amigos PALOPs, acesso à nossa zona económica, entre outras regalias de "amigo";
- Portugal torna-se a "ponte" entre a China, a Europa, e quem mais for preciso, nas mãos dos ditos mercados e de quem simplesmente tiver mais dinheiro para por cá chafurdar;
- General takeover ensues.


Alguém me diga que eu não percebi bem, por favor.

Kraft durch Freude escreveu:

Portanto, a ver se eu percebi:

- A China compra-nos certificados de aforro ou do tesouro ou lá como se chama aquilo agora...
- Os senhores que se dizem "governantes" cá do burgo ficam todos contentes e podem dizer que as suas medidas de combate à dívida externa foram extremamente eficaz. A "democracia" funcionou outra vez e estão prontos a ser re-eleitos porque mais uma vez fizeram um belo serviço.

É o único argumento que o nosso (des)governo consegue arranjar, depois de ver as coisas nesta situação lamentável (e contribuir largamente para isso)...
É tão lastimável que situações destas, de compra de dívidas por parte de outra nação, chegam mesmo ao ponto de serem descritas como mais valias... Agora somos como viciados em heroína, sem fundos para continuar a arranjar mais umas doses e endividados até ao pescoço, para quem a metadona é melhor que nada.
A extrema ironia é ter agora os países de Terceiro Mundo a "oferecer-nos" ajuda para superar as adversidades económicas das nossas sociedades.

Kraft durch Freude escreveu:

- Passam-se umas décadas, ou talvez nem tanto -- a China lembra-se de nos cobrar o investimento que fez, esperando que lhes paguemos o que eles nos deram + os juros fabulosos que aquilo acumulou ao longo dos anos;
- Portugal não pode pagar porque não produziu tal riqueza ao longo dos anos e ainda tem uma dívida maior nessa altura;
- A "amiga" China volta a ajudar-nos e deixa-nos pagar, por exemplo, com exclusividades em negócios-chave, digamos, com os nossos amigos PALOPs, acesso à nossa zona económica, entre outras regalias de "amigo";
- Portugal torna-se a "ponte" entre a China, a Europa, e quem mais for preciso, nas mãos dos ditos mercados e de quem simplesmente tiver mais dinheiro para por cá chafurdar;
- General takeover ensues.


Alguém me diga que eu não percebi bem, por favor.

De forma directa talvez não. Agora em troca da massificação das relações comerciais entre Portugal e China? É o mais provável.
A China está a crescer a uma velocidade estonteante, enquanto que as grandes potências ocidentais meteram tanta água que já estão a sentir os primeiros efeitos secundários de um afogamento... Agora tudo depende de quem aguenta mais em apneia.
A China tem o caminho cada vez mais aberto para fazer connosco o que fizemos com ela há 500 anos atrás.
Um exemplo ilustrativo do que aconteceu no passado é o facto das laranjas serem conhecidas em diversas regiões da Europa pelo nome de "portokal", sinais dos tempos em que trouxemos o fruto da China para a Europa. Historicamente falando, a China vê agora caminho livre para poder dizer "estamos quites".

A meu ver a culpa no meio disto tudo é das fragilidades do modelo económico actual. Existe demasiada artificialidade e especulação a minar a transparência das coisas. Mas não nos podemos esquecer que ninguém vive do ar e da irrealidade.

Acho que a China, a continuar neste ritmo, tornar-se-á na maior potência mundial, um pouco como têm sido os EUA nas últimas décadas.
Os romanos, os antigos gregos, os egípcios e os mongóis aprenderam da pior forma que nenhum império dura para sempre, por mais poderoso que seja. Qual será o próximo a aprender a lição?