Varg Vikernes, (Burzum) solto.

A propósito:

Aniversariante do dia, Varg Vikernes

11 de Fevereiro.

Gratulerer med dagen, Varg Vikernes!

Nova entrevista no site: http://www.burzum.org/eng/library/interview05.shtml


Gostei de umas respostas nesta, nomeadamente:

Citação :

Ah, my Belorussian friend, you should not ask an artist about the meaning of his or her art. It is for you to interpret, if you care to, or for you to enjoy if you don't care what it means. I will not force some "true" meaning down your throat.

Now, that's the Varg I know.

E eis que estou oficialmente viciado no Belus.
ATENÇÃO: Se ainda não ouviram o álbum provavelmente vão querer ouvi-lo antes de ler este post. Eu avisei.

Não consigo ter uma opinião concreta sobre o trabalho de uma forma global. De cada vez que o oiço ainda tenho mixed feelings sobre todas as faixas. Ainda estou a descobrir detalhes - como aliás acontece sempre que oiço músicas que me agarram e de que gosto.

Sem dúvida que é uma grande obra, principalmente na sua primeira "metade". Encontro paralelismos com o Filosofem, o que me agrada imenso, dado que sempre foi o meu álbum favorito de Burzum.

Da primeira vez que o ouvi fiquei com a sensação de que "soa a Burzum, notam-se algumas influências de outras bandas, mas não vejo grandes novidades relativamente a músicas mais recentes que tenho ouvido".
Neste momento já não sei se concordo. Está aqui muita coisa boa que não pode passar sem ser ouvida até à exaustão.



A Belus' Doed, uma cover da Dauði Baldrs do álbum homónimo tem, na minha opinião, um toque da Jesus' Tod. Faz todo o sentido e encaixa perfeitamente. E não falo exclusivamente ao nível musical.

Glemselens Elv, "a" faixa do álbum. Ouve-se, repete-se e volta-se a ouvir. Repete-se a audição do álbum para chegar de novo a esta música.

A Kaimadalthas Nedstigning começa meio frouxa, mas depois vai ao sítio. A partir dos 3 minutos é impossível não me estar já a prostrar perante Vikernes e a magnificência desta faixa. Mais alguém apanhou um cheiro às guitarras de Peste Noire nesta música? Provavelmente é uma técnica qualquer que mais bandas usam. Leigo como sou na matéria, limito-me a reparar naquilo que me fez lembrar.


A Sverddans cheira um bocado à data em que foi composta. Concordo com o que li algures no fórum Metal Underground: "é a War do Belus".

Depois da Sverddans ainda não consegui ficar tão agarrado ao álbum como nas primeiras faixas. - estou a ouvir o álbum neste momento e acabei de me aperceber que ainda não consigo mesmo fazer uma review consistente ao álbum.

A Keliohesten recupera a força das faixas anteriores, como um último fôlego antes de entrarmos nas duas últimas faixas, as mais depressivas do álbum. Depois de terminar, fica sempre um apetite de "quero mais", a que é difícil de resistir e não carregar de novo no "Play".


8 valores em 10. Para já. Como fasquia note-se que o Filosofem tem 10 em 10 há vários anos.



Li no Metal Underground esta crítica:

Sethlad escreveu:

Tem muito do ambiente e sentimento hipnotico de um Filosofem, mas com uma atitude mais in-your-face quase Aske/Burzum e é realmente um prazer de ouvir.

Tal e qual.


Entretanto, dados interessante que revelam o que o álbum já denunciava:

http://www.burzum.org escreveu:

Title	Production year (location)
Leukes Renkespill (Introduksjon)	2010 (Bergen)
Belus' Død	1993-1994 (Bergen)
Glemselens Elv	2008 (Tromsø)
Kaimadalthas' Nedstigning	2009 (Bø i Telemark)
Sverddans	1988-1989 (Bergen)
Keliohesten	2008 (Tromsø)
Morgenrøde	2009 (Bø i Telemark)
Belus' Tilbakekomst (Konklusjon)	2009 (Bø i Telemark)

Por falar em meter nojo...

Citação :

Probably my most valuable shirt...
Same kinda shirt as Varg was wearing in 1995 on the prison-photo's.
Misanthropy Records, printed by Modern Invasion Merchandising

Year: 1995

Daqui: http://tshirtslayer.com/item/burzum-hvis-lyset-tar-oss-grey-shirt

Bem gostava de saber o que uma preciosidade dessas tá a fazer no MEIO DO CHÃO

Odal escreveu:

Bem gostava de saber o que uma preciosidade dessas tá a fazer no MEIO DO CHÃO

Obviamente aquilo é a pedra de um altar.

Agora chamamos-lhe isso? "Pedra de altar"?

Muito fofa, a sweat. Mas não é caso para se babarem tanto! A propósito, o site oficial de Burzum já tem a tradução para Português das letras do Belus

Não é tanto babar, é mais ficar chocado por uma maravilha dessas estar no meio do chão

Mas parece ser um chão muito limpinho! Há muitos fans de Burzum que são nazis. Se for o caso, certamente que aspira a casa 3 ou 4 vezes ao dia. Tenho a certeza que aquele chão passou no teste do algodão!

Aelle escreveu:

Mas parece ser um chão muito limpinho! Há muitos fans de Burzum que são nazis. Se for o caso, certamente que aspira a casa 3 ou 4 vezes ao dia. Tenho a certeza que aquele chão passou no teste do algodão!

O que tem o facto de serem nazis a ver com o chão passar o teste?

Odal escreveu:

O que tem o facto de serem nazis a ver com o chão passar o teste?

Eu explico.

Por exemplo: O Aelle é aquilo a que se chama um grammar nazi. Não pode ver erros gramaticais à frente sem os corrigir.
Um verdadeiro nazi deve ser, portanto, preciosista em todos os aspectos da sua vida. Limpezas incluídas.



Ah, e a tradução do Belus para português no burzum.org está uma bela tanga. :/


[EDIT]
Ahah, a propósito:
[/EDIT]

Até que enfim! Parece que vamos começar a ter notícias musicais dele. Pode ser que apareçam mais igrejas a arder

O gajo precisa definitivamente de ir ao Esquadrão-G dos metaleiros.

WHAT THE FUCK?? Calças à militar e t-shirt branca é a última moda dos tasqueiros das roulottes das bifanas aqui no Norte ahahah.

Aelle escreveu:

O gajo precisa definitivamente de ir ao Esquadrão-G dos metaleiros.

WHAT THE FUCK?? Calças à militar e t-shirt branca é a última moda dos tasqueiros das roulottes das bifanas aqui no Norte ahahah.

LOL. E quer-me parecer que está de meias, ou então com um calçado muito feio.

Está de meias, sim. Mas pronto, é um costume escandinavo. Em todo o caso, as meias também parecem saídas de uma banca de ciganos na Feira da Ladra :X

Está material novo no site. Nomeadamente uma nova entrevista, um artigo sobre a sociedade europeia actual e ainda um artigo dirigido aos eleitores franceses (tradução automática).

Vota FN. Os outros mentem-te. As escolas mentem. As estatísticas mentem. Tudo mente, excepto Varg Vikernes.

Nuno escreveu:

Vota FN. Os outros mentem-te. As escolas mentem. As estatísticas mentem. Tudo mente, excepto Varg Vikernes.

Nem comento a ironia do apelo, mas, quanto ao Varg mentir, ele acaba sempre por dizer a verdade: se não for agora, será naquela outra metade do tempo em que está a dizer o oposto do que disse antes.

Foi irónico? Eu não conheço o Varg, só li o apelo porque achei interessante saber o que ele tinha a dizer sobre as eleições francesas, e achei piada ao tipo de discurso utilizado.

Se ele foi irónico, nesse caso está bem feito.

Nuno escreveu:

Foi irónico? Eu não conheço o Varg, só li o apelo porque achei interessante saber o que ele tinha a dizer sobre as eleições francesas, e achei piada ao tipo de discurso utilizado.

Se ele foi irónico, nesse caso está bem feito.

Ele não foi irónico, eu é que acho que um francês votar em nacionalistas por causa do apelo dum nacionalista estrangeiro tem a sua piada

Ou seja, não aprendeu nada na cadeia.

Nuno escreveu:

Foi irónico? Eu não conheço o Varg, só li o apelo porque achei interessante saber o que ele tinha a dizer sobre as eleições francesas, e achei piada ao tipo de discurso utilizado.

Se ele foi irónico, nesse caso está bem feito.

Poisssssss, se o conhecesses e a história dele saberias que não é irónico lol, mas por acaso pensava que ele tinha amansado um pouco neste aspecto, pelos vistos mantêm-se same old varg, only older

Estão mais algumas entrevistas no site.

Na entrevista à revista Ablaze:

Citação :

(...)Rock and roll promotes a primitive and destructive lifestyle. Metal can be seen as a subgenre of rock and roll, and thus metal is not much better.

(...)
With the strong emphasis on repetition/monotony, used for inducing a trance-like state of mind, "Belus" can be compared to ancient Shamanist music as well as to contemporary Techno/Trance-tunes. You have admitted to listen to the latter, even to frequently visiting a Techno club in Bergen back in the early 1990ties. Hence a similarity between "Belus" and Techno was intentional, or did this happen unconsciously? After all, this repetition is a hallmark of all of your work...

Well, I would say this repetition is a hallmark of all my post-"Det Som Engang Var" work. The début is not that repetitive (save "Ea, Lord of the Depths"), and nor is the "Det Som Engang Var" album. Nevertheless, you are right that this is indeed a hallmark, and also that I like a lot of underground house and techno music. The similarity between later (post-"DSEV") Burzum and shamanistic music is intentional, and has been since mid 1992. Although I don't like the term "shamanistic", and would use a term such as "Ancient European ritual music" or something like that instead. Maybe "Traditional" music. Shamanism is Siberian Paganism. Our European Paganism was called simply "the Tradition" or "the Custom" (Norse seiðr).

A entrevista ao blog Transylvanian Hungerrr foi das mais introspectivas que já li respondidas por Vikernes.

O autor do Transylvanian Hungerrr, na introdução à entrevista escreveu:

(...)
Face the fact that you don’t get it, and move on, whoever you are. What are we criticizing here, the music, or the person? Because Burzum is without a doubt some of the most sublimely introspective, sorrowful, epic music ever made by one individual - if you fail in seeing that, too bad.

(...)
I don't believe in the idea of responsibilities as a listener and a consumer. To whom? You know you love the music, so just follow your heart – it’s that simple. You don’t need to find reasons for the things you love, nor feel the need to explain yourself to anyone for loving something. Those who think they hate Burzum, those who reject it, never understood this sublimely organic brokenhearted music, and because of that were never able to see beyond the man. And that’s perfectly fine. Still doesn't change the fact that since the inception of this genre, from Venom to Celtic Frost to Bathory to Emperor, not one man has solely stirred so much unbridled passion and spiritual transfiguration in people as much as Varg Vikernes has.

A entrevista à Roadie Crew, uma revista brasileira, também está interessante. Destaco esta resposta:

Citação :

You have a visible preference for old equipments when recording. Have you thought at some moment to go deeper into this subject, searching for and using medieval-like instruments in future recordings?

Actually I just use whatever equipment is at hand. The reason I listed the instruments used for this recording in the press release was to make sure I wouldn't get hundreds of e-mails afterwards with questions about which instruments I had used, and so forth. I don't care at all about such things, and only find it annoying when asked about it. Medieval instruments would be fine, if I had access to any...

Malta! Quem se chega à frente para ajudar a contribuir para lhe fazermos chegar uns instrumentos?