Promiscuidade entre regimes fascistas e a Igreja Católica

Resumo breve de alguns tratados e concordatas que revelam a promiscuidade oportunista da Igreja Católica:

1929 - Tratado de Latrão com Benito Mussolini, do qual resultou a criação e reconhecimento do Vaticano bem como o catolicismo como religião oficial do estado, obrigatória nas escolas.

Mais info:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_de_Latr%C3%A3o

1933 - Reichskonkordat com a Alemanha Nazi de Hitler, que instituiu o Catolicismo em diversas áreas da sociedade, como a educação, onde o ensino de índole católica passou a ser obrigatório nas escolas públicas.

Mais info: http://en.wikipedia.org/wiki/Reichskonkordat
Texto da concordata: http://www.concordatwatch.eu/showkb.php?org_id=858&kb_header_id=752&kb_id=1211

1940 - Concordata com António de Oliveira Salazar, que resultou num reatar de relações diplomáticas com os Estados Pontífices (na altura já o Vaticano)... Relações essa que estava interrompidas desde a Instauração da República Portuguesa no início do século XX com a introdução do secularismo na sociedade. Mais uma vez o Catolicismo foi apontado como a religião oficial do estado e tornou a ser obrigatória nas escolas públicas.

Mais info: http://pt.wikipedia.org/wiki/Concordata_entre_a_Santa_S%C3%A9_e_Portugal_%281940%29
Texto da Concordata: http://www.ucp.pt/site/resources/documents/ISDC/Texto%20da%20Concordata%20-%201940.htm

1953 - Concordata com a Espanha fascista de Francisco Franco... Mesmo após a segunda Guerra Mundial, a Igreja tinha o arrojo de continuar a demonstrar-se promiscua com regimes fascistas/ditatoriais.

Mais info: http://en.wikipedia.org/wiki/Concordat_of_1953
Outro artigo: http://www.dw-world.de/dw/article/0,,320240,00.html



Para terminar aqui fica o nosso "amigo" Ratzinger:

Pareço notar um certo tom de reprovação da tua parte. Posso saber porquê?

Kraft durch Freude escreveu:

Pareço notar um certo tom de reprovação da tua parte. Posso saber porquê?

Porque tendo em conta o papel que a Igreja prega assumir na sociedade, este tipo de conduta compromete seriamente essa reputação, um pouco como a simonia/indulgências ou a inquisição na Idade Média. São coisas que estão em contradição directa com o que seria recomendável para uma entidade que se diz exemplar, dona da palavra máxima da moralidade.

Averróis escreveu:

Porque tendo em conta o papel que a Igreja prega assumir na sociedade, este tipo de conduta compromete seriamente essa reputação, um pouco como a simonia/indulgências ou a inquisição na Idade Média. São coisas que estão em contradição directa com o que seria recomendável para uma entidade que se diz exemplar, dona da palavra máxima da moralidade.

Que tipo de conduta? O assinar de tratados com outras nações e o alinhamento com correntes políticas existentes na altura? Não vejo onde está o comprometimento da reputação. E a igreja católica não se diz exemplar nem dona da palavra máxima da moralidade.

Kraft durch Freude escreveu:

Que tipo de conduta? O assinar de tratados com outras nações e o alinhamento com correntes políticas existentes na altura? Não vejo onde está o comprometimento da reputação.

Kraft durch Freude escreveu:

E a igreja católica não se diz exemplar nem dona da palavra máxima da moralidade.

A Igreja usa o recurso da bíblia para se fazer valer como representante dessa moralidade. A bíblia foi composta de vários livros seleccionados por parte da Igreja (dos quais não há autores confirmados), através de concílios ecuménicos e canonizações. E a Igreja afirma-se como a representante máxima da palavra e da vontade do Senhor. Isso não é afirmar-se como a dona da palavra máxima da moralidade? Ao colocar-se como a intermediária de Deus não está a assumir esse papel de representante terrena?

Na verdade a maioria das religiões afirmam-se como as verdadeiras representantes da vontade de Deus e defensoras dos princípios da moralidade divina. Tais declarações acarretam responsabilidades que precisam de estar à altura do que é dito...

Se ainda tens dúvidas, basta ouvir qualquer discurso do representante máximo da Igreja... Dão inclusivamente a noção de que se não houvesse Igreja, seria o caos.

Heya. Estou de volta à carga.
Aproveitei para tirar umas férias dos fóruns por uns tempos, uma espécie de hiatus.
Aproveito o meu regresso ao fórum para reanimar este tópico.

Como curiosidade, vejam este vídeo se quiserem saber qual a razão avançada pela Igreja Católica para excomungar Joseph Goebbels (ministro nazi, para quem não sabe), acontecimento que fez dele a única pessoa excomungada entre os membros católicos de destaque dentro do Partido Nazi.