Alguém esteve lá? Eu fui só ontem (Domingo). Apesar de nunca ter tido tanto pó em cima, valeu a pena.
A viagem foi a verdadeira odisseia, havia pouca gente de Braga para o Ermal e por isso não houve transportes especiais (8 horas em Braga à espera).
Cheguei ao recinto a meio de Switchtense, que, juntamente com Pitch Black, foram para mim os mais interessantes da tarde. Men Eater também estiveram muito bem, mas só vi de longe porque não gosto muito do género.
Das bandas da noite, Thunderbolt e Nightmare pareceram-me um bocado repetitivos (ambos heavy/power e Thunderbolt soam tal e qual Iron Maiden), mas esforçaram-se para animar o pouco pessoal que não estava abancado algures à sombra ou fora do pó (o mesmo vale para as bandas da tarde, que tocaram com um sol abrasador).
Ramp deram um espectáculo poderoso. Estive na frente já a preparar-me para o melhor da noite e gostei bastante, apesar de não conhecer bem a banda. Devo-lhes uma bela dor de pescoço.
Confesso que fiz as centenas de quilómetros até ao Ermal por Blind Guardian e que por isso posso estar a exagerar, mas foi lindo. Um simples sorriso do Hansi faz esquecer todos os males do mundo e com uma setlist bem poderosa, deram um concerto verdadeiramente épico. O público esteve à altura e acho que conseguimos impressionar a banda. Durante a preparação do palco já se cantava a Valhalla e a Bard's Song e pelo menos na zona da frente toda a gente sabia cada palavra e cada nota de todas as músicas. A Lord of the Rings foi só comer pó, com toda a gente a saltar. Senti falta de músicas mais recentes: não tocaram a nova Sacred, não houve nada do Night at the Opera e só se ouviu a Fly do último álbum. Grandiosos, de qualquer forma, e prometeram voltar em breve.
A última banda a actuar foi Angra. Durante a maior parte do concerto estive estendida na relva a tentar recuperar de BG, por isso praticamente só os ouvi. O vocalista é o verdadeiro azeiteiro e "Portugal, eu te amo" foi a frase mais bela que ouvi durante todo o dia (possível concorrente: "We have Cristiano Ronaldo", dita e repetida por uma banda espanhola). No bocadinho em que voltei para junto do palco, até dava para curtir, mas aquilo parece ser tudo em demasia. Sempre a sair e entrar no palco, teclados super-hiper-mega-exagerados... Deve ter sido um bom concerto para quem gosta, para mim serviu apenas para não congelar.
Depois foi o António Freitas a fazer de DJ. Fui embora nessa altura, mas ainda ouvi alguns clássicos (Pantera, Metallica, Slayer, Maiden, Motorhead) e outras coisas mais fora (Slipknot, System of a Down, Nirvana e até Blur) enquanto subia até ao autocarro.
No regresso, tive de pedir por todos os deuses ao motorista para se despachar a sair de Vieira do Minho porque estava a ver que perdia o expresso, mas o ambiente no autocarro estava divertido.
Agora é esperar pela edição de inverno (venha black metal
).