Kila (Irish Folk/World Fusion)

Do melhor que sai da Irlanda neste momento.
Há muita coisa boa a sair de lá, clássicos ou coisas mais recentes, mas estes senhores trazem algo um pouco diferente, inovador, sem contudo abdicar das raizes.

Gostei, gaita de foles sempre presente.

Epá, não me mostrem muito disto senão ainda me junto ao IRA
O primeiro clip tá brutal e a musica é bastante interessante!



PS: Ah, é verdade, antes disso ainda tenho que ir libertar o Irão, depois daqueles videos no topico dos Al Andaluz. Só me dão é trabalho, pah!

Signatus escreveu:

Epá, não me mostrem muito disto senão ainda me junto ao IRA
O primeiro clip tá brutal e a musica é bastante interessante!



PS: Ah, é verdade, antes disso ainda tenho que ir libertar o Irão, depois daqueles videos no topico dos Al Andaluz. Só me dão é trabalho, pah!

Estás muito interventivo

Signatus escreveu:

Epá, não me mostrem muito disto senão ainda me junto ao IRA
O primeiro clip tá brutal e a musica é bastante interessante!



PS: Ah, é verdade, antes disso ainda tenho que ir libertar o Irão, depois daqueles videos no topico dos Al Andaluz. Só me dão é trabalho, pah!

E já agora libertar a região de Granada, no Sul de Espanha.
Alhambra fica para mim.

O meu maior projecto de vida é ir conquistar a Galiza para o Mocho Galego passar a ser português

Signatus escreveu:

O meu maior projecto de vida é ir conquistar a Galiza para o Mocho Galego passar a ser português

Nós nascemos praticamente a partir da cultura de Galiza, do Reino de Leão. Falávamos Galaico, depois Galaico-Português. E agora falamos Português, passadas não sei quantas reformas (sociais, culturais e linguísticas).
Para todos os efeitos, e especialmente no norte do país, somos galaicos mascarados.

Citação :

Nós nascemos praticamente a partir da cultura de Galiza, do Reino de Leão. Falávamos Galaico, depois Galaico-Português. E agora falamos Português, passadas não sei quantas reformas (sociais, culturais e linguísticas).
Para todos os efeitos, e especialmente no norte do país, somos galaicos mascarados.

Há tempos li "A vida num sopro" do José Rodrigues do Santos. Ofereceram-me o livro e resisti durante algum tempo, porque nunca simpatizei muito com o personagem em questão, mas acabei por gostar.
A dada altura da história, durante a guerra civil espanhola, há um grupo de galegos que passa a fronteira para Valença. Num dos diálogos o galego saiu-se com esta.
"Sabes o que é um Galego? Um Português que se rendeu. E sabes o que é um Português? Um Galego que nunca se rendeu"
Achei aquilo uma das formas mais sintéticas e prácticas de pôr a relação que temos com a Galiza. Uma relação de proximidade que é partilhada quer por galegos, quer por portugueses, sobretudo a malta do norte, como disseste.

Por curiosidade, qual a tua relação com Cordoba?

Cernunnos escreveu:

Citação :

Nós nascemos praticamente a partir da cultura de Galiza, do Reino de Leão. Falávamos Galaico, depois Galaico-Português. E agora falamos Português, passadas não sei quantas reformas (sociais, culturais e linguísticas).
Para todos os efeitos, e especialmente no norte do país, somos galaicos mascarados.

Há tempos li "A vida num sopro" do José Rodrigues do Santos. Ofereceram-me o livro e resisti durante algum tempo, porque nunca simpatizei muito com o personagem em questão, mas acabei por gostar.
A dada altura da história, durante a guerra civil espanhola, há um grupo de galegos que passa a fronteira para Valença. Num dos diálogos o galego saiu-se com esta.
"Sabes o que é um Galego? Um Português que se rendeu. E sabes o que é um Português? Um Galego que nunca se rendeu"
Achei aquilo uma das formas mais sintéticas e prácticas de pôr a relação que temos com a Galiza. Uma relação de proximidade que é partilhada quer por galegos, quer por portugueses, sobretudo a malta do norte, como disseste.

Por curiosidade, qual a tua relação com Cordoba?

Essa é sem dúvida uma bela forma de descrever a história dessas regiões.

Não tenho qualquer relação formal com Córdova. Apenas curiosidade e interesse Histórico. Coloquei no meu perfil porque essa é a cidade onde nasceu Averróis, o polímata andaluz de há 800 anos atrás.. O meu nick e perfil correspondem aos dados dele
Uma espécie de homenagem que lhe faço e que, espero eu, acaba por divulgar a alguns a importância esquecida que ele teve não só na Península Ibérica como também em toda a Europa.

aaahhh bem, pensava que moravas em cordoba ou qualquer coisa assim
mas assim pelo menos aguçou a curiosidade que nem conheço o sr. averrois, nem sequer sei o que é um polímata.

vou inbestigar

mas identificas-te com a cena dele é? de que forma?

Cernunnos escreveu:

aaahhh bem, pensava que moravas em cordoba ou qualquer coisa assim
mas assim pelo menos aguçou a curiosidade que nem conheço o sr. averrois, nem sequer sei o que é um polímata.

vou inbestigar

mas identificas-te com a cena dele é? de que forma?

Um polímata é um intelectual que se dedica a muitas áreas do conhecimento ao longo da sua vida ao invés de se focar numa só. Normalmente essas áreas são as ciências mas também podem, entre outras coisas, incluir a teologia, epistemologia, ética e diversos outros ramos da filosofia.
Admiro o contributo dele para a humanidade. Tal como admiro Asoka o Grande da Índia, Mahatma Gandhi, Norman Bourlaug, Nelson Mandela, Aristides de Sousa Mendes, Aristóteles, Platão, Confúcio, Giordano Bruno, Tomás de Aquino, Nicolau Copérnico, Galileu Galilei, Avicena, Hipátia, entre tantos outros.

Homens dos 7 oficios portanto bicho raro nos dias que correm, que vivemos nos tempos da especialização.
acho mais piada a essa coisa de ser polímata, ter vários interesses, deixar o conhecimento correr livre, sem estar metido em caixas.
já li um pouco sobre Averroi. Talvez mereça um pouco mais de protagonismo, como todos esses nomes mais conhecidos que escreveste, ou então já o tem e eu é que não sabia...mas não me parece que seja o caso.

Cernunnos escreveu:

Homens dos 7 oficios portanto bicho raro nos dias que correm, que vivemos nos tempos da especialização.
acho mais piada a essa coisa de ser polímata, ter vários interesses, deixar o conhecimento correr livre, sem estar metido em caixas.
já li um pouco sobre Averroi. Talvez mereça um pouco mais de protagonismo, como todos esses nomes mais conhecidos que escreveste, ou então já o tem e eu é que não sabia...mas não me parece que seja o caso.

Pelo que tenho reparado não se dá tanta importância a ele quanto se dá a outros, pelo menos no nosso ensino (ou aquele que tive).
No ensino dei por alto a mitologia, grandes personagens e algumas correntes filosóficas da antiga Grécia. Mas parece que se esqueceram de me contar quem é que reintroduziu o pensamento filosófico dos Gregos na Europa, especialmente o de Aristóteles, Sócrates e Platão, depois de tantos anos de domínio do Império Romano e do Cristianismo forçado, que fizeram com que durante séculos ignorássemos a filosofia e conhecimentos dos Gregos e de outros povos como os Árabes.

A Idade Média, ou Idade das Trevas como alguns lhe chamam, esteve estagnada durante séculos muito por causa desse controlo social, religioso e obsessivo por parte dos Estados Papais sobre o resto da Europa. As pessoas eram impedidas de adoptar um espírito crítico, não tinham direito à educação, apenas o clero é que tinha acesso ao conhecimento e à compreensão aprofundada da natureza daquilo que nos rodeia. Não é de admirar que tenha sido a partir da Escolástica que se começou a gerar o movimento de ruptura... Foi uma ruptura a partir do interior do próprio sistema dogmático. Alguns personagens do clero começaram a ter contacto literário e colóquios - de forma praticamente clandestina - com intelectuais que estavam à margem da grande paralisia intelectual europeia da altura.. E foi aí que se reintroduziu a filosofia dos Gregos que tinha sido preservada pelos árabes, começámos a reparar nas vantagens dos algarismos indo-árabes (por parte de Leonardo Fibonacci) e da aritmética dos árabes, começámos a colocar o ábaco romano de parte e a esquecer a ineficiente numeração romana. Sem isso não conseguiríamos atingir as potências que somos hoje.

Curiosamente aqueles com quem tínhamos Cruzadas são aqueles que nos deram os instrumentos para nos libertarmos da nossa tacanha mentalidade da altura e agora não sabemos atribuir os louros a eles, talvez para não ferirmos o nosso orgulho?
Tal como temos dificuldade em homenagear Abraão Zacuto e al-Zarqali pelo seu contributo para as navegações sob a forma da compreensão astronómica e importação e desenvolvimento de instrumentos e técnicas como é o caso do astrolábio, que era um conhecimento indispensável para as navegações de longo curso da altura... Até a esfera armilar que temos na nossa bandeira actual é uma criação Chinesa. E por aí fora. Não quero estar a prolongar-me mais.

Tudo isto para dizer: nós estamos sempre a tentar colher os louros. Não sabemos homenagear aqueles que contribuíram para aquilo que somos hoje. Não sabemos reconhecer que se tivémos os poderosos canhões foi graças aos Chineses (bem como as técnicas de metalurgia avançada e a indispensável pólvora) e depois aos persas por nos trazerem essas tecnologias para a Europa através das trocas comerciais... etc, etc etc...

Falei nos canhões porque esse foi um argumento usado por um indivíduo com quem discuti há uns tempos. Para ele os canhões na Europa e os garfos eram sinal de que os Europeus eram mais inteligentes que as restantes raças. Prontamente lhe fiz lembrar que a metalurgia para construir o canhão não foi desenvolvida por nós, não fomos nós que inventámos a pólvora para disparar o projéctil do canhão e não fomos nós que desenhamos os primeiros canhões. Também lhe recordei que ainda os nossos reis comiam com as mãos já os Chineses usavam os pauzinhos chineses (chopsticks) e mesmo garfos para levar a comida à boca, milénios antes...

Bela lição de história, obrigado

São estes detalhes que fazem pensar até que ponto as lutas civilizacionais fazem sentido. Anda tudo a querer ver quem tem a pila maior, mas no fundo o conhecimento, hábitos, fenomenos culturais e religiosos, vão-se cruzando e integrando, e se houvesse um esforço para estabelecer pontes com base no que nos une, em vez de estar sempre tão preocupados com o que nos separa, talvez houvesse menos chatice no mundo...

Cernunnos escreveu:

Bela lição de história, obrigado

São estes detalhes que fazem pensar até que ponto as lutas civilizacionais fazem sentido. Anda tudo a querer ver quem tem a pila maior, mas no fundo o conhecimento, hábitos, fenomenos culturais e religiosos, vão-se cruzando e integrando, e se houvesse um esforço para estabelecer pontes com base no que nos une, em vez de estar sempre tão preocupados com o que nos separa, talvez houvesse menos chatice no mundo...

É isso mesmo que eu penso! Não faz sentido considerar a nossa nação/raça/etnia/etc como algo à parte. A Humanidade é como uma manta composta por milhões e milhões de retalhos vindos de todos os pontos do planeta. Somos todos interdependentes uns dos outros. Não existe país nenhum que consiga sobreviver isolado do resto, muito menos com as exigências actuais. E é essa a grande vantagem da nossa espécie: a entreajuda, a coexistência entre pessoas de culturas diferentes, as trocas comerciais e de conhecimentos, etc. Sem isso a Humanidade seria muito pobre e teria uma enorme dificuldade no seu desenvolvimento em todos os aspectos.

Istémuitabom, pá!

Averróis escreveu:

Signatus escreveu:

O meu maior projecto de vida é ir conquistar a Galiza para o Mocho Galego passar a ser português

Nós nascemos praticamente a partir da cultura de Galiza, do Reino de Leão. Falávamos Galaico, depois Galaico-Português. E agora falamos Português, passadas não sei quantas reformas (sociais, culturais e linguísticas).

E agora vamos a caminho de falar brasileiro

Signatus escreveu:

Averróis escreveu:

Signatus escreveu:

O meu maior projecto de vida é ir conquistar a Galiza para o Mocho Galego passar a ser português

Nós nascemos praticamente a partir da cultura de Galiza, do Reino de Leão. Falávamos Galaico, depois Galaico-Português. E agora falamos Português, passadas não sei quantas reformas (sociais, culturais e linguísticas).

E agora vamos a caminho de falar brasileiro

Andas a ver muitas telenovelas, é?