N. de Mensagens : 240 Idade : 31 Local : Leiria. Raça : Hobbit Elemento : Terra/Rocha Deus : Deméter (Terra/Natureza/Estações) Cor : Azul Escuro
Assunto: Castelos e Fortalezas de Portugal Dom Dez 21, 2008 4:23 pm
O Castelo de Almourol, no Ribatejo, localiza-se na Freguesia de Praia do Ribatejo, Concelho de Vila Nova da Barquinha, Distrito de Santarém, em Portugal.
História: Situado numa pequena ilha escarpada, no curso médio do rio Tejo, o Castelo de Almourol é dos monumentos militares medievais mais emblemáticos e cenográficos da Reconquista, sendo, simultaneamente, um dos que melhor evoca a memória dos Templários no nosso país.
As origens da ocupação deste local são bastante antigas e enigmáticas, mas o certo é que em 1129, data da conquista deste ponto pelas tropas portuguesas, o castelo já existia e denominava-se Almorolan.
Entregue aos Templários, principais responsáveis pela defesa da capital, Coimbra, o castelo foi reedificado e assumiu as características arquitectónicas e artísticas essenciais, que ainda hoje se podem observar. Através de uma epígrafe sobre a porta principal, sabemos que a conclusão das obras foi em 1171, dois anos após a grandiosa obra do Castelo de Tomar. São várias as características que unem ambos, numa mesma linha de arquitectura militar templária. Em termos planimétricos, a opção foi por uma disposição quadrangular dos espaços. Em altura, as altas muralhas, protegidas por nove torres circulares adossadas, e a torre de menagem, verdadeiro centro nevrálgico de toda a estrutura.
Estas últimas características constituem dois dos elementos inovadores com que os Templários pautaram a sua arquitectura militar no nosso país. Com efeito, como deixou claro Mário Barroca, a torre de menagem é estranha aos castelos Pré-românicos, aparecendo apenas no século XII e em Tomar, o principal reduto defensivo templário em Portugal1. A torre de menagem do castelo de Almourol tinha três pisos e foi bastante modificada ao longo dos tempos, mas mantém ainda importantes vestígios originais, como a sapata, que nos dá a dimensão geral da estrutura. Por outro lado, também as muralhas com torreões adossados, normalmente providas de alambor, foram trazidas para o ocidente peninsular por esta Ordem, e vemo-las também aplicadas em Almourol.
Extinta a Ordem, e afastada a conjuntura reconquistadora que justificou a sua importância nos tempos medievais, o castelo de Almourol foi votado a um progressivo esquecimento, que o Romantismo veio alterar radicalmente. No século XIX, inserido no processo mental de busca e de revalorização da Idade Média, o castelo foi reinventado, à luz de um ideal romântico de medievalidade. Muitas das estruturas primitivas foram sacrificadas, em benefício de uma ideologia que pretendia fazer dos monumentos medievais mais emblemáticos verdadeiras obras-primas, sem paralelos na herança patrimonial. Data desta altura o coroamento uniforme de merlões e ameias, bem como numerosos outros elementos de índole essencialmente decorativa e muito pouco prática.
No século XX, o conjunto foi adaptado a Residência Oficial da República Portuguesa, aqui tendo lugar alguns importantes eventos do Estado Novo. O processo reinventivo, iniciado um século antes, foi definitivamente consumado por esta intervenção dos anos 40 e 50, consumando-se assim o fascínio que a cenografia de Almourol causou no longo Romantismo cultural e político português.
Fonte - http://www.castelodealmourol.com (Convem, avisar que o site está extremamente interessante, tem algumas lendas e tudo! ^^)
Fundador (ex-Váli) Deus(a) do Sol (administração)
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Assunto: Re: Castelos e Fortalezas de Portugal Qua Jan 07, 2009 1:09 am
Adorei as lendas do Castelo! Fiquei com vontade de procurar mais e depois abro um tópico sobre lendas portuguesas.
Almourol
Podíamos ir pondo umas fotos
Kraft durch Freude Herói/Heroína mitológic@
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Assunto: Re: Castelos e Fortalezas de Portugal Sex Jan 23, 2009 3:50 am
O castelo e a zona envolvente são fantásticos! Estive acampado na base militar em Tancos há alguns anos, numa zona com vista para o castelo.
Infelizmente não tenho fotos, mas sempre que penso naquela zona, lembro-me de uma imagem que me ficou gravada na cabeça: logo ao amanhecer, ao olhar para a outra margem, com algum nevoeiro abaixo da zona onde estávamos... Mais parecia uma imagem do Shire, tirada de um filme do Senhor dos Anéis... Com a diferença de que foi mesmo real!
Qaa Qenymin Artista
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Assunto: Re: Castelos e Fortalezas de Portugal Dom Nov 21, 2010 10:30 am
O Castelo de São Jorge
Declarado Monumento Nacional desde 1910, reflecte valores de memória e antiguidade que atestam a sua singular relevância histórica, arqueológica e arquitectónica, no contexto do património cultural nacional. Calcula-se que o primeiro edifício defensivo aqui edificado dataria do ano 48 AC.
O primeiro nome do castelo actual foi Castelo de Lisboa antes de São Jorge após a conquista por D. Afonso Henriques, com o auxílio de Cruzados a caminho da Terra Santa, em 1147.
Castelo visto do miradouro de S. Pedro de Alcântara O Castelo de São Jorge domina toda a paisagem da zona antiga de Lisboa. Os vestígios mais antigos de ocupação do local remontam ao séc. VI IDC, à Idade do Ferro, época em que provavelmente aí se situava um povoado fortificado. Desde então, foi adquirindo formas e vivências diversas, apagadas pelo tempo, mas testemunhadas pelos vestígios múltiplos que os trabalhos arqueológicos a decorrer desde 1996, têm vindo a pôr a descoberto.
A existência de um castelo propriamente dito data do séc. X – XI, altura em que Lisboa era uma importante cidade portuária muçulmana. Em meados do séc. XI, na sequência de várias obras de reorganização urbana do topo da colina, define-se a área que hoje ocupa, datando, também, dessa época o bairro islâmico situado a nascente.
Em 1147, D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal, conquista o Castelo e a cidade aos mouros. De meados do séc. XIII até ao início do séc. XVI, o Castelo conhece o seu período áureo. Transforma-se em Paço Real, ampliam-se os espaços antigos, constroem-se outros novos, instala-se o rei, a corte, os serviços do tombo, recebem-se personagens ilustres, nacionais e estrangeiras, assiste-se à primeira peça de Gil Vicente.
Com a transferência da residência real e da corte para a baixa da cidade, os terramotos de 1531 e 1755, e o retomar da função militar e de outras novas, vai-se acentuando a descaracterização do Castelo e do Paço Real pelas sucessivas construções que o vão escondendo dos olhares.
É no decorrer do século XX que se redescobre o Castelo, os vestígios do antigo Paço Real, a Alcáçova islâmica e as vivências de outrora. As intervenções de 1938-40, conferiram-lhe a imponência actual. As outras que se seguiram, em particular as que se iniciaram na última década do século XX, contribuíram de forma singular para avivar a memória e lembrar a antiguidade da ocupação no topo da colina, restituindo à História páginas que estavam em branco.
Kraft durch Freude Herói/Heroína mitológic@
N. de Mensagens : 2054 Raça : Ent/Povo das Árvores Deus : Ares (Guerra/Heroísmo/Conquista)
Assunto: Re: Castelos e Fortalezas de Portugal Dom Nov 21, 2010 12:44 pm
Qaa Qenymin escreveu:
O Castelo de São Jorge
Isto merecia um tópico novo dedicado, ó amigo!
Signatus Deus(a) da Lua (moderação)
N. de Mensagens : 2724 Idade : 36 Local : Ofiussa Raça : Lobitroll Elemento : Terra/Rocha Deus : Deméter (Terra/Natureza/Estações) Cor : Verde
Assunto: Re: Castelos e Fortalezas de Portugal Dom Nov 21, 2010 4:03 pm
E ser mudado o nome para "Castelos de Portugal"?
RedHead Deus(a) da Lua (moderação)
N. de Mensagens : 2916 Idade : 35 Local : Olissipo/Liberalitas Julia Raça : Elfo Elemento : Terra/Rocha Deus : Urano (Céu/Elevação/Perfeição) Cor : Preto
Assunto: Re: Castelos e Fortalezas de Portugal Seg Nov 22, 2010 4:31 am
Signatus escreveu:
E ser mudado o nome para "Castelos de Portugal"?
Óptimo! Era um tópico que já tinha pensado criar, mas uma vez que já está semi-feito, aceito a sugestão.
Averróis Deus(a) da Lua (moderação)
N. de Mensagens : 3508 Idade : 825 Local : Córdoba
Assunto: Re: Castelos e Fortalezas de Portugal Seg Nov 22, 2010 4:41 am
É só trocar o título deste.
RedHead Deus(a) da Lua (moderação)
N. de Mensagens : 2916 Idade : 35 Local : Olissipo/Liberalitas Julia Raça : Elfo Elemento : Terra/Rocha Deus : Urano (Céu/Elevação/Perfeição) Cor : Preto
Assunto: Re: Castelos e Fortalezas de Portugal Seg Nov 22, 2010 4:44 am
Averróis escreveu:
É só trocar o título deste.
Exacto. Ia jurar que o tinha feito quando respondi. Mas pronto, agora acho que ficou mesmo.
Última edição por RedHead em Seg Nov 22, 2010 4:46 am, editado 1 vez(es)
Averróis Deus(a) da Lua (moderação)
N. de Mensagens : 3508 Idade : 825 Local : Córdoba
Assunto: Re: Castelos e Fortalezas de Portugal Seg Nov 22, 2010 4:45 am
Agora sim!
Qaa Qenymin Artista
N. de Mensagens : 412 Idade : 124 Local : Karnak, ali para os lados do guadiana Raça : Hobbit Elemento : Terra/Rocha Deus : Urano (Céu/Elevação/Perfeição) Cor : Cinzento
Assunto: Re: Castelos e Fortalezas de Portugal Seg Nov 22, 2010 11:29 am
Deixem-me meter o bedelho no titulo
Castelos e Fortalezas de Portugal
RedHead Deus(a) da Lua (moderação)
N. de Mensagens : 2916 Idade : 35 Local : Olissipo/Liberalitas Julia Raça : Elfo Elemento : Terra/Rocha Deus : Urano (Céu/Elevação/Perfeição) Cor : Preto
Assunto: Re: Castelos e Fortalezas de Portugal Seg Nov 22, 2010 2:25 pm
Qaa Qenymin escreveu:
Deixem-me meter o bedelho no titulo
Castelos e Fortalezas de Portugal
Done!
Qaa Qenymin Artista
N. de Mensagens : 412 Idade : 124 Local : Karnak, ali para os lados do guadiana Raça : Hobbit Elemento : Terra/Rocha Deus : Urano (Céu/Elevação/Perfeição) Cor : Cinzento
Assunto: Re: Castelos e Fortalezas de Portugal Ter Nov 23, 2010 1:22 pm
Castelo de Palmela
O Castelo de Palmela integra-se na componente urbana do concelho. Palmela é concelho e pertence ao distrito de Setúbal.
História e caracterização do Castelo
O Castelo de Palmela ergue-se imponente no contraforte nascente da Serra da Arrábida, a 238m de altitude, teve uma importante função militar no século XII.
Entre os Estuários do Tejo e do Sado, os Romanos fortificaram a povoação cerca do ano 106, devido a este factor é-lhes atribuída a traça primitiva do Castelo, sendo mais tarde reconstruído e acrescentado pelos árabes. Em 1166 D. Afonso Henriques reforçou a fortificação árabe, sendo posteriormente doado e confiado á Ordem Militar de Sant'Iago. Em 1191 perante a investida de Califo Almoada a Ordem foi forçada a retirar, ficando o Castelo bastante destruído. No entanto, em 1205 D. Sancho I procedeu à sua recuperação e doou-o novamente à Ordem que se instala em 1210. Já no ano de 1423 o Rei D. João I vai proceder a obras de restauro no Castelo assim como manda construir o Convento para a mesma Ordem que se instala definitivamente naquele local em 1443.
Com o Terramoto de 1755 o Castelo ficou danificado, apesar de ser ocupado pelos Freires até 1834. Actualmente e após novas obras de restauro em 1945, o Antigo Convento foi transformado em Pousada de Portugal.
As muralhas aproveitam uma elevação com 230 metros de altitude, de onde se supõe ter sido possível comunicar por sinais luminosos com castelos vizinhos, incluindo o de Lisboa, ou por toques de búzios, um dos quais está patente ao público no piso superior da Praça de Armas.
Foi descoberta uma necrópole neolítica dentro de uma das quatro cisternas do castelo e da presença islâmica (que se estendeu por quatro séculos) restam também inúmeras marcas, pisos de argamassa e argila, pátios, corredores, portas, canais de escoamento de águas e fossas, silos e fragmentos de utensílios em cerâmica.
A poente do castelo fica o antigo convento, mandado construir em 1423 por D. João I e doado aos monges-guerreiros da Ordem de Santiago. Parte do edifício alberga hoje uma das mais belas pousadas de Portugal.
Estado de Conservação O castelo de Palmela encontra-se em bom estado de conservação, devido ao facto de este fazer parte das muitas pousadas da ENATUR e como tal, bem cuidado proporcionando o conforto necessário.
Caracterização Geral: Palmela situa-se a 7km Norte de Setúbal, tendo o Concelho uma área de 482,88km2 . Terra de excelentes vinhos e conhecida pela gastronomia, Palmela possui a Rota de quem pretende conhecer a zona da Costa Azul e o magnífico Parque Natural da Arrábida.
Entrada livre todos os dias
Kraft durch Freude Herói/Heroína mitológic@
N. de Mensagens : 2054 Raça : Ent/Povo das Árvores Deus : Ares (Guerra/Heroísmo/Conquista)
Assunto: Re: Castelos e Fortalezas de Portugal Ter Nov 23, 2010 2:05 pm
Quanto apostam que o próximo castelo é o de Almeida?
Averróis Deus(a) da Lua (moderação)
N. de Mensagens : 3508 Idade : 825 Local : Córdoba
Assunto: Re: Castelos e Fortalezas de Portugal Ter Nov 23, 2010 2:13 pm
Kraft durch Freude escreveu:
Quanto apostam que o próximo castelo é o de Almeida?
Professional partypooper! Só te falta começar a usar o tineye para fazer reverse tracing da origem dos artigos através das imagens.
Ceinwyn Deus(a) da Lua (moderação)
N. de Mensagens : 3936 Idade : 38 Raça : Gárgula Elemento : Terra/Rocha Deus : Ares (Guerra/Heroísmo/Conquista) Cor : Vermelho
Assunto: Castelo de Óbidos Ter Nov 23, 2010 2:56 pm
Espero que tenha havido dinheiro nessa aposta...
Castelo de Óbidos
(foto roubada daqui)
Este é um dos meus preferidos e é o que melhor conheço.
(foto roubada daqui)
Citação :
Atribui-se ao Castelo de Óbidos origem romana, provavelmente assente num castro. Foi posteriormente fortificação sob o domínio árabe. Depois de conquistado pelos cristãos (1148) foi várias vezes reparado e ampliado. No reinado de D. Manuel I, o seu alcaide manda construir um paço e alterar algumas partes do castelo. No Paço dos Alcaides salientam-se as janelas de belo recorte manuelino abertas para o interior do pátio. São ainda do seu tempo a chaminé existente na sala principal e o portal encimado pelas armas reais e da família Noronha, ladeado por duas esferas armilares. O Paço sofreu fortes danos com o terramoto de 1755. No século XX estava em total ruína tendo sido recuperado para instalar a Pousada (a primeira pousada do Estado em edifício histórico).
http://www.obidos.pt/
(foto minha)
Citação :
Há uma relação de afectividade neo-romântica para quem visita a vila de Óbidos. Serão poucos os casos no país onde a busca deliberada de um ideal cenográfico de Idade Média foi tão efectivo, razão da aparente atemporalidade das ruas do conjunto intra-muralhas, que, na sua sinuosidade, nas suas fachadas brancas e no vislumbre das inventadas ameias, nos transportam para um tempo mítico de um Portugal em formação.
Acho que não vale a pena copiar para aqui, mas a wiki tem boa info.
Vampiria Rei/Rainha
N. de Mensagens : 1234 Local : Ilha dos Sonhos Raça : Druida/Feiticeiro Elemento : Terra/Rocha Deus : Deméter (Terra/Natureza/Estações) Cor : Roxo
Assunto: Re: Castelos e Fortalezas de Portugal Qua Nov 24, 2010 11:45 am
Eu adoro castelos!
Vou colocar o Castelo de Ourém (que é, na minha opinião, a única beleza da cidade).
Um pouco de história:
Citação :
O Castelo de Ourém ergue-se na parte alta da cidade, obrigando à subida de uma encosta íngreme e escarpada que atravessa a zona histórica de Ourém. Outrora, a vila de Ourém chamava-se Abdegas. Segundo a lenda, o actual nome do concelho está ligado a uma moura, chamada Fátima, que se apaixonou loucamente por um cavaleiro, acabando por se converter ao cristianismo e adoptando o nome de Oureana (ler abaixo).
D. Afonso Henriques conquistou o castelo primitivo aos Mouros em 1136. Mas o castelo actual, em forma triangular, foi construído em 1178.
Podem ver mais aqui.
Qaa Qenymin Artista
N. de Mensagens : 412 Idade : 124 Local : Karnak, ali para os lados do guadiana Raça : Hobbit Elemento : Terra/Rocha Deus : Urano (Céu/Elevação/Perfeição) Cor : Cinzento
Assunto: Re: Castelos e Fortalezas de Portugal Qui Nov 25, 2010 10:52 am
Castelo de Montemor - o - Velho - Coimbra
Construção - Afonso VI de Leão e Castela (1088) Tem-se atribuído ao Islão peninsular o essencial da primeira forma do castelo de Montemor-o-Velho. Tal conjectura, todavia, merece algumas reticências importantes, que podem associar a primitiva fortaleza a uma intermédia ordem cristã. Por um lado, não se pode tomar o período islâmico como um todo histórico contínuo, pois é certo que, entre as épocas emiral (séculos VIII-IX) e de al-Mansur (finais do século X), o território de Coimbra esteve largos anos nas mãos dos cristãos, mais até do que se supunha. Por outro, o recente estudo de um conjunto de lápides cristãs medievais, aparecidas no interior do castelo, entre as quais uma datada de 982, permite sugerir que, por essa altura, o local foi ocupado por cristãos, no processo de ocupação da linha do Mondego, iniciada (ou continuada) a partir do reinado de Afonso III das Astúrias.
Infelizmente, desse primitivo período asturiano-leonês, nenhum outro testemunho chegou até nós que possa assegurar a existência de um castelo e, efectivamente, o que podemos hoje identificar como mais antigo no sistema militar da localidade, data do islâmico século XI, quando as fronteiras entre os dois blocos civilizacionais que protagonizaram a Reconquista se tornaram bem mais próximas.
A cidade foi conquistada por al-Mansur em 991 e, a partir de então, ter-se-á dado corpo a uma fortaleza de carácter islâmico. Dessa época, contudo, é muito pouco o que se pode identificar, radicalmente transformado o conjunto nos séculos posteriores. Os torreões semi-circulares podem corresponder a esta fase, mas aguarda-se, ainda, que a fortaleza seja objecto de um estudo mais rigoroso, que permita concluir acerca das fases construtivas aqui representadas.
Do período islâmico resta ainda um capitel coríntio e dois fragmentos de decoração em gesso, que deverão ter pertencido à mesquita. O capitel é uma obra de carácter áulico, provavelmente já da primeira metade do século XI, “que segue o modelo mais característico do período califal”, mas que “apresenta” também “já uma estilização tal que as formas esculpidas do cesto mal lembram as folhas de acanto”.
Na posse dos cristãos a partir de 1064, data da conquista de Coimbra, Montemor-o-Velho transformou-se na principal fortaleza do baixo-Mondego. Com D. Afonso Henriques e D. Sancho I foi novamente intervencionada. A torre de menagem quadrangular pode datar desta época, mas possui algumas características estranhas ao Românico. Implanta-se num dos ângulos do castelejo, o que contraria a normal posição de torre isolada a meio de um pátio. Por outro lado, integra, nas suas fiadas inferiores, material romano reaproveitado, característica nada comum aos anos do Românico, mas bastante frequente na Alta Idade Média.
Nos séculos seguintes, mantendo Montemor a sua importância estratégica no quadro interno, a fortaleza foi dotada de alambor, grandes torreões quadrangulares, uma barbacã e um prolongamento da cerca para Noroeste. No interior, o paço construído no século XI por D. Urraca, irmã de D. Teresa, e profundamente remodelado por pelas infantas filhas de D. Sancho I, transformou-se num típico paço senhorial baixo-medieval, actualizado em relação aos principais conjuntos palacianos da época, e casa-sede do regente D. Pedro, em pleno século XV.
Ainda dentro das suas muralhas, importa referir a igreja de Santa Maria da Alcáçova, fundada em finais do século XI, durante o consulado pró-hispânico de D. Sesnando. Dela se conserva um fragmento de lápide, provavelmente posterior a 1095 (ano em que o alvazil de Coimbra doou o castelo ao presbítero Vermudo, com a condição deste o restaurar e povoar). Implantada sobre a antiga mesquita islâmica, foi objecto de reformas posteriores e, uma inscrição de 1128 alude à cerimónia de Dedicação do templo. O se actual aspecto corresponde a uma campanha manuelina, de inícios do século XVI, atribuída ao arquitecto Francisco Pires.
Qaa Qenymin Artista
N. de Mensagens : 412 Idade : 124 Local : Karnak, ali para os lados do guadiana Raça : Hobbit Elemento : Terra/Rocha Deus : Urano (Céu/Elevação/Perfeição) Cor : Cinzento
Assunto: Re: Castelos e Fortalezas de Portugal Sex Dez 03, 2010 8:29 am
Castelo de Almeida
A ocupação humana de seu sítio remonta a um castro pré-histórico, sucedido sucessivamente pelos romanos, pelos Suevos, pelos Visigodos e pelos Muçulmanos, estes últimos responsáveis pelo primitivo castelo. A povoação então existente denominava-se Talmeyda (mesa em árabe), exprimindo a topografia da sua implantação, em constaste com a serra da Marofa, ao fundo, que na mesma língua significava "guia".
O castelo medieval
À época da Reconquista cristã da península Ibérica, a povoação e seu castelo foram conquistadas pelas forças do reino de Leão, reconquistadas pelos muçulmanos e, finalmente, pelas forças de Portugal.
Integrante do território de Ribacôa, disputado a Leão por D. Dinis (1279-1325), a sua posse definitiva para Portugal foi assegurada pelo Tratado de Alcanices (1297). Deste modo, iniciaram-se os trabalhos de reconstrução do primitivo castelo e de uma cerca para a vila, obras que se renovaram durante o reinado de D. Fernando (1367-83), que desta vila pretendeu assaltar Castela.
Considerada a praça com mais forte originalidade no quadro da arquitectura seiscentista portuguesa, a fortaleza de Almeida foi mandada construir no período pós-Restauração por D. Álvaro de Abranches, general da província da Beira. A edificação das muralhas iniciava-se em 1641, sendo o desenho do projecto atribuído a Pierre Gilles de Saint-Paul, inspirando-se na topologia da tratadística de Deville. As obras ficaram a cargo do arquitecto David Álvares. A fortaleza, edificada em volta do perímetro urbano de Almeida, apresenta uma planta em forma de hexágono cuja estrutura é composta por seis baluartes, cada um com denominação própria - São Francisco, São Pedro, Santo António, Nossa Senhora das Botas, Santa Bárbara e São João de Deus - que se ligam entre si pelas cortinas. Os revelins, colocados pontualmente na disposição dos panos da muralha, possuem também designações - Santo António, Paiol, Amores, Brecha, Cruz, Hospital de Sangue e Doble. Uma vez que a praça forma uma cintura muralhada completa em torno da vila, a comunicação com o exterior é feita através dos portais de São Francisco e de Santo António, edificados cerca de 1645, que apresentam modelos de grande erudição, com o toque de fantasia maneirista dado pela colocação das guaritas sobre o eixo e o uso depurado das ordens e de um rusticado simples derivado das mais puras formas do classicismo francês.
Devido às suas dimensões, a construção da Praça de Almeida prolongou-se até aos finais do século XVII, culminando em 1680. Em 1762, durante a Guerra dos Sete Anos, a vila foi cercada pelos exércitos espanhóis, pelo que foram executadas obras de revalorização da estrutura da fortaleza. No entanto, a partir de 1776, a fortificação foi sendo progressivamente votada ao abandono, até que nos anos de 1807 e 1808 as tropas napoleónicas invadiram a praça. Em 1810, uma explosão no paiol levou à destruição de parte da fortaleza, e em 1812 iniciaram-se obras de renovação da sua estrutura. Tendo ainda funcionado como prisão política durante as lutas liberais, a Praça de Almeida deixava de exercer funções militares em definitivo no ano de 1927.
Qaa Qenymin Artista
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Assunto: Re: Castelos e Fortalezas de Portugal Qua Dez 08, 2010 10:19 am
[Castelo de Pirescoxe
O castelo de Pirescoxe tem as suas origens no século XV, mais precisamente no ano de 1442, altura em que Nuno Vasques de Castelo Branco e sua mulher, D. Joana Zuzarte, titulares do viscondado de Castelo Branco, instituíram um morgadio neste local, então uma quinta da família. Terá sido a partir dessa data que se edificou o actual conjunto monumental, que chegou até aos nossos dias sem grandes alterações na fisionomia exterior. Ele é, assim, um típico paço senhorial da nobreza portuguesa dos finais da Idade Média e tal estatuto está bem expresso na dualidade estética e funcional entre a imagem de força e de poder que os seus promotores pretendiam que o monumento transmitisse, e a comodidade de uma residência adaptada a uma cada vez mais exigente nobreza.
Apesar de desconhecermos, em grande parte, a estrutura interna do conjunto, possuímos ainda suficientes elementos do plano original que ajudam a caracterizá-lo no contexto das casas nobres senhoriais quatrocentistas. Planimetricamente, existiu uma deliberada busca pela simetria e racionalidade, visível na planta quadrangular da sua estrutura geral, apenas interrompida por um anacrónico prolongamento da torre e muralha que delimitam o conjunto pelo lado esquerdo. A imagem militar (veiculadora da tal sensação de poder tão característica da arquitectura civil nobre de finais da Idade Média) é a primeira característica fundamental a retirar do imóvel. Três torres quadrangulares, de apenas dois andares, reforçam a muralha que corre a toda a volta do conjunto, uniformemente rematada por ameias, sendo as torres flanqueadas por matacães sobre modilhões.
Interiormente, porém, a imagem de castelo ameniza-se e a organização dos espaços obedecia a critérios mais funcionais. Assim, o centro do conjunto funcionava como pátio, a partir do qual se acedia às várias áreas. Para o lado da fachada principal localizava-se o corpo residencial, onde ainda existe a grande chaminé do salão nobre, ligado lateralmente a dois outros corpos onde existiam quartos, áreas de apoio e a capela (de que ainda restavam importantes vestígios em 1939, como o espaço e a abóbada originais). Para as traseiras estavam reservadas as dependências domésticas e destinadas à criadagem, como cozinhas, arrecadações e demais espaços de armazenagem e funcionamento do paço.
Parcialmente adulterado ao que tudo indica no século XVII, altura em que se terão reformulado parcelas importantes do interior, com vista a uma actualização funcional do espaço, o século seguinte trouxe a ausência de vida ao monumento, uma vez que D. Pedro Castelo Branco, capitão da Guarda do Príncipe D. Teodósio, um dos filhos de D. João V, foi o último da linhagem dos Castelo Branco e derradeiro proprietário do paço.
D. João V
Praticamente em ruínas até aos finais do século XX, coube à Câmara Municipal de Loures definir um ambicioso projecto de revitalização do conjunto. A adaptação a espaço cultural, com auditório, galeria municipal e cafetaria, entre outros espaços e valências, foi precedida por uma intervenção arqueológica, que logrou identificar uma série de alterações ao edifício original, a maior parte das quais destruída pela posterior obra de reconversão, mas não revelou estratos de povoamento anterior ao século XV.
Localização Rua D. Pedro V Santa Iria de Azoia 2695 SANTA IRIA DE AZOIA Distrito: Lisboa Concelho: Loures Freguesia: Santa Iria de Azoia
Qaa Qenymin Artista
N. de Mensagens : 412 Idade : 124 Local : Karnak, ali para os lados do guadiana Raça : Hobbit Elemento : Terra/Rocha Deus : Urano (Céu/Elevação/Perfeição) Cor : Cinzento
Assunto: Re: Castelos e Fortalezas de Portugal Ter Jan 11, 2011 1:26 pm
Castelo de Guimarães
O Castelo de Guimarães localiza-se na cidade de mesmo nome, Distrito de Braga, em Portugal.
Em posição dominante, sobranceiro ao Campo de São Mamede, este monumento encontra-se ligado à fundação do Condado Portucalense e às lutas da independência de Portugal, sendo designado popularmente como berço da nacionalidade.
A sua construção inicial remonta ao tempo de Mumadona Dias, que o mandou edificar no século X, com o objectivo de defender dos ataques muçulmanos e normandos o mosteiro que tinha fundado para se recolher quando enviuvou. Mais de um século depois, o Conde D. Henrique (a quem tinha sido doado o condado portucalense) escolhe Guimarães para estabelecer a sua corte. Talvez tenha pesado na sua decisão a segurança que o Castelo de S. Mamede (assim lhe tinha chamado a sua fundadora) oferecia. O forte, com mais de cem anos de vida, necessitava de reformas urgentes e o nobre optou por demolir o que restava da construção de Mumadona, ampliando com novos e mais potentes muros a área ocupada pela fortaleza do século X. Abriu ainda duas portas: a principal, a oeste, que vigiava o burgo, e a de leste, chamada da Traição.
No reinado de D. Dinis foi necessária uma nova reedificação, devido às lutas que travou com o seu filho, futuro rei D. Afonso IV. A última obra realizou-se ao tempo de D. João I que mandou construir as torres que flanqueiam as duas portas.
A partir do século XV, o Castelo de Guimarães deixa de intervir na defesa da população da vila. Para trás ficaram episódios bélicos, como foi o cerco de Guimarães, pelo ano de 1127, quando Afonso VII, rei de Leão, tentou exigir de D. Afonso Henriques vassalagem. Egas Moniz, aio deste último, vendo a vila em situação de desespero, garantiu ao rei a vassalagem do seu amo.
O cerco foi levantado, mas o príncipe português não cumpriu o prometido pelo seu aio e este foi com a sua família até ao reino de Leão, de corda ao pescoço, oferecendo as suas vidas em resgate da palavra dada. Outros acontecimentos envolveram este Castelo desde o que se deu no histórico dia 24 de Junho de 1128, nas proximidades da fortaleza se defrontaram D. Afonso Henriques e sua mãe D. Teresa na Batalha de S. Mamede, tendo a vitória de D. Afonso Henriques dado início à Fundação de Portugal, até 1385 quando D. João I cercou e conquistou Guimarães com a colaboração dos seus moradores.
Conforme se pode ver na imagem anterior, a planta do Castelo de Guimarães tem o formato de um escudo.
As suas muralhas, reforçadas por quatro torres, são rasgadas por portas. Um adarve, (passeio estreito), percorre a parte superior das muralhas, coroadas por ameias pentagonais, de recorte pontiagudo.
Na face oeste, uma ponte de madeira estabelece a ligação entre o adarve das muralhas e a porta da torre de menagem.
O portão principal, a oeste, é defendido por dois torrões, estando outros dois a defender a porta da traição, a leste.
A Torre de Menagem, no centro da praça de armas, apresenta planta quadrangular, com poucas aberturas, ligados internamente por escada de madeira e de pedra. Um adarve largo e contínuo permite a circulação e a observação no topo da torre, coroada por ameias pentagonais pontiagudas.
A partir do século XVI, foi instalada a cadeia no seu interior, e no século XVII funcionou como palheiro de Sua Majestade. O estado de ruína do Castelo aumentava cada dia. Em 1836, um dos membros da Sociedade Patriótica Vimaranense (associação criada para promover os interesses locais) defendeu a demolição do Castelo e a utilização da sua pedra para ladrilhar as ruas de Guimarães, já que a fortaleza tinha sido usada como prisão política no tempo de D. Miguel.
Tal proposta, felizmente, nunca foi aceite. 45 anos depois, a 19 de Março de 1881, o Diário do Governo classificou o Castelo de Guimarães como o único monumento histórico de primeira classe em todo o Minho.
Em 1910, foi declarado Monumento Nacional e em 1937 a Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais iniciou o grande restauro do Castelo, sendo concluído e inaugurado em 4 de Junho de 1940 por ocasião das Comemorações do VIII Centenário da Fundação da Nacionalidade. Até hoje o Castelo de Guimarães aparece nos grandes acontecimentos como um ex-libris de Portugal.
Horário Segunda a Domingo 09.30h – 17.30h, última entrada às 17.00h
Encerra nos feriados de 1 de Janeiro, Domingo de Páscoa, 1 de Maio e 25 de Dezembro. Ingresso Castelo: Gratuito
Torre de Menagem Preço normal: 1,50 €; Reformados e Jovens 15-25 anos: 0,75€; Cartão Jovem: 0,60 € Crianças até aos 14 anos: gratuito. Domingos e feriados até às 14.00h: gratuito Telefone +351 253 412 273 (do Paço dos Duques) Fax +351 253 517 201 (do Paço dos Duques)
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Assunto: Re: Castelos e Fortalezas de Portugal Ter Jan 11, 2011 1:28 pm
Estes tópicos dão uma vontade enorme de uma pessoa se meter à estrada e ir passear.
Spoiler:
Tenho saudades de um passeiozinho.
Qaa Qenymin Artista
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Assunto: Re: Castelos e Fortalezas de Portugal Ter Jan 11, 2011 1:58 pm
RedHead escreveu:
Estes tópicos dão uma vontade enorme de uma pessoa se meter à estrada e ir passear.
Spoiler:
Tenho saudades de um passeiozinho.
Queres companhia?
Qaa Qenymin Artista
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Assunto: Re: Castelos e Fortalezas de Portugal Dom Abr 03, 2011 3:01 pm
Castelo de Melgaço
Construído com enormes catarias parece desafiar o tempo e a eternidade do alto das suas muralhas e torres. A construção do castelo remonta a 1170, por determinação de D. Afonso Henriques (1112-1185). O primeiro documento, entretanto, a referir a povoação é a Carta de Foral que lhe foi passada pelo soberano em 1183 (e não 1181 como tem sido repetido em função de erro de transcrição), garantindo aos seus habitantes (por solicitação dos próprios) privilégios semelhantes aos que gozava o feudo galego de Ribadavia. A partir de então, a vila fronteiriça progrediu com rapidez, de tal forma que o primitivo castelo estaria concluído já no início do século XIII, dividindo-se os autores entre os anos de 1205 e de 1212, ano em que, juntamente com outras praças vizinhas, fez frente à invasão das forças do reino de Leão no contexto da disputa entre D. Afonso II (1211-1223) e suas irmãs. Contribuíram para esta campanha construtiva, além dos próprios habitantes e do apoio real, os recursos do Mosteiro de Longos Vales e do Mosteiro de Fiães.
Mosteiro de Longos Vales
Características O castelo apresenta planta no formato circular, pouco vulgar no país, dividido em três recintos. As muralhas, onde se rasgam duas portas, são encimadas por ameias prismáticas e reforçadas por três torres, sendo a principal a que se encontra voltada para o núcleo urbano, de secção pentagonal. O conjunto é dominado pela torre de menagem.
Lenda da Inês Negra Quando, no início de 1387, o castelo de Melgaço era governado por um alcaide castelhano, sofreu o assédio das forças portuguesas sob o comando de D. João I, a campanha caracterizou-se por uma série de assaltos e escaramuças, onde se defrontaram a nobreza, encastelada nos muros da vila, e as classes populares, baseadas fora de muros, no chamado arraial.
Um episódio, símbolo desse confronto, chamou a atenção do cronista que registou que certo dia, escaramuçaram duas mulheres bravas, uma da vila e outra do arraial, e andaram ambas aos cabelos e venceu a do arraial (Fernão Lopes, Crónica de D. João I).
Posteriormente, outro cronista coloriu esta história com detalhes literários na sua pena, afirmando que a mulher do arraial, que combateu por Portugal, era conhecida como a Inês Negra (Duarte Nunes de Lião).
Localização O Castelo de Melgaço localiza-se na freguesia de Vila, concelho de Melgaço, distrito de Viana do Castelo.
Ofídio Artista
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Assunto: Re: Castelos e Fortalezas de Portugal Dom Abr 03, 2011 7:15 pm
Pena-se no lance de escadas até chegar ao topo da torre de menagem.