Fernando Pessoa, o poeta nacionalista, e o seu opúsculo "O Interregno - Defesa e Justificação da Ditadura Militar em Portugal"

O internacionalíssimo poeta português, Fernando Pessoa, leccionado nas nossas escolas secundárias - ainda bem - tanto na sua versão ortónima, como através dos seus numerosos heterónimos, era um homem inteligente. E também nacionalista.

Se a sua "Mensagem" ainda oferece algumas dúvidas, pelo menos ao pior cego, que é aquele que não quer ver, o seu opúsculo, olvidado, aliás, apagado, qual lápis azul que os "democratas" tanto atacam, pelos vencedores (?) da história, cujo título figura no cabeçalho do tópico, este, parece ser bastante taxativo.

Em "O Interregno - Defesa e Justificação da Ditadura Militar em Portugal" (1928, Lisboa, Núcleo de Acção Nacional), Pessoa justifica a ditadura militar por três razões:

1- estado latente de guerra civil no país, resultado de este se encontrar divido entre monárquicos e republicanos em partes iguais;

2- inadequação do constitucionalismo liberal às condições portuguesas e necessidade de um estado de transição que permitisse encontrar um regime adequado às exigências do país:

3- fatalidade de substituir pela força a base do Governo que a opinião pública se revelara incapaz de proporcionar e que já não podia ser proporcionada por uma autoridade ancorada na tradição.


Por certo.

Para aqueles que ficaram curiosos, aqui fica o link para download d'O Interregno, cortesia do arquivo da Biblioteca Nacional de Portugal:

http://purl.pt/13962

Parafraseando outro Fernando: E esta hein?!