Recentemente, os políticos, hipocrita e cinicamente, mostraram-se muito indignados com as prescrições dos processos que, escandalosamente, vão salvaguardar os bolsos dos banqueiros corruptos e mafiosos, no sentido de evitar que paguem as multas que seriam devidas, ao Estado.
A Associação Sindical dos Juízes, e bem, veio lembrar que são, precisamente, os políticos que fazem as leis. Leis essas que permitem, através de recurso, atrás de recurso, que se arraste o processo, e eventualmente, se alcance a prescrição pretendida.
Estes mafiosos, artilhados com contas bancárias que lhes permitem contratar equipas de advogados, e suportar os custos dos processos intermináveis, são beneficiários da chamada "Justiça Amiga." - Que oferece, de bandeja, a esta gente, um salvo-conduto.
Não são os Juízes, e Magistrados do Ministério Público que fazem as leis. É preciso insistir nisto, porque muitas pessoas julgam que vivemos num sistema género medieval, em que o poder do Estado é unificado. Não. Existe separação de poderes. E neste momento, a máfia política que pretende desmantelar a Nação, depois de ter tomado conta do Regime, e do Estado, - há quase 40 anos, que alguns, pateticamente, se atrevem a comemorar - tem como objectivo minar a confiança dos cidadãos nos Tribunais, e denegrir a autoridade e independência dos mesmos.
O Estado de Direito há muito que o deixou de ser. A Lei é um objecto do legislador, que serve interesses contrários àqueles que seria suposto defender. - Os do Estado. E, por conseguinte, da Nação, e do Bem Comum.
A escumalha que constitui o grosso dos deputados do regime - PS, PSD E CDS - têm profissões, e interesses junto do mundo privado, da Economia e da Finança.
Apresentando um exemplo jocoso, mas igualmente uma analogia de fácil percepção, o PSD no governo da coisa pública Portuguesa, equivale à eleição de Pinto da Costa como presidente do Benfica. É, literalmente, a mesma lógica. Absurdo. Conflitos de interesses.
Está pois o Estado a saque. E o alvo a abater é a independência judiciária. Uma vez que, como já se verificou, os Portugueses, na generalidade, optam, ou pela apatia, ou pelo apoio constante, à máfia que destrói a Nação.