Estilos musicais e personalidade

Citação :

Foi feito um estudo que revela que os sobredotados ouvem... METAL!

A música "heavy metal" é a preferida pelas crianças superdotadas do Reino Unido, que encontram neste som visceral uma forma de catarse, segundo uma enquete feita entre estudantes da Academia Nacional para Jovens de Talento.

Grupos de rock pesado como Slayer e Slipknot estão entre os favoritos entre os maiores intelectos do país, que parecem gostar também das letras com mensagens políticas e de forte carga emocional.

Uma pesquisa feita entre estudantes da academia, à qual têm acesso apenas 5% dos jovens com mentes mais brilhantes do país, revela a predileção destes pela "brutalidade visceral" do "heavy metal".

Mais de um terço dos entrevistados incluiu o "heavy metal" entre seus estilos favoritos.
Os responsáveis pela pesquisa reconheceram sua surpresa ao ver que os estilos menos populares entre os superdotados eram os que tradicionalmente são associados às mentes mais privilegiadas, como jazz e música clássica.

O responsável pela pesquisa, Stuart Cadwallader, da universidade de Warwick, disse que os resultados obtidos mostram que estes jovens encontram no "heavy metal" uma espécie de "catarse", de forma particular os que, apesar da inteligência superior, têm baixa auto-estima.

Esse tipo de música agressiva serve também para que canalizem suas frustrações e insatisfação, disse Cadwallader, em conferência realizada na British Psychological Society, na cidade inglesa de York.

De acordo com Cadwallader, "as pressões associadas à condição de superdotado talvez possam ser esquecidas, temporariamente, com a ajuda desta música".

Fonte: Goiasnet.com

Já tinha lido essa notícia há uns dois ou três anos. É bom saber que estou entre os sobredotados (era bom...)
Acho que o título do tópico não é o mais adequado, visto ser uma notícia sobre um estudo de um estilo específico. Lembro-me de um estudo que saiu na revista de domingo do Correio da Manhão há cerca de um ano que associava características de personalidade a cada um dos estilos musicais. Curiosamente, os ouvintes de Heavy Metal tinham como características gerais a auto-estima elevada e inteligência (não sei até que ponto este estudo é viável).
O tópico podia ser usado para debater exacetamente o que o título diz: expormos traços da nossa personalidade e estilo(s) musical(ais) que mais ouvimos, fazendo uma apreciação e um pseudo-estudo científico .

Não dou grande relevância a esses "estudos", são meras estatísticas e valem o que valem. Não há nada mais subjectivo que o gosto. E os gostos podem variar de pessoa para pessoa e de moda para moda.
Se fosse realmente verdade que os gostos musicais têm algo de relevante para indicar a essência/competência/inteligência da pessoa, então eu, que oiço um pouco de tudo, serei o quê?

Acho que tentar avaliar a pessoa pelos seus gostos musicais é como tentar avaliar a sua personalidade a partir da sua fisionomia facial (morfopsicologia) ou ler as linhas da palma da mão para adivinhar o seu futuro...
Todas essas metodologias não têm nada que possa ser considerado realmente relevante do ponto de vista racional. São pseudociências.

Isto aqui deve ser só sobredotados Mas eu também gosto muito de jazz e clássica, não sei se isso anula o efeito do metal haha.

"Brutalidade Visceral", que bela expressão!
Embora também não seja grande fã deste tipo de estudos acho que o que cada pessoa ouve diz bastante sobre a sua personalidade ou pelo menos permite evidenciar certas caracteristicas e o tipo de fase que está a atravessar (uma vez que os gostos musicais também podem variar com o tempo).
Provas? A altura em que mais apreciava Doom e Darkwave coincidiu com a altura em que andava mais deprimido. E dá-me mais vontade de ouvir Korpiklaani/folk animado quando ando mais alegre. Coincidencia?
E da maioria das pessoas que houvem metal que conheço consigo apontar caracteristicas em comum..


Agora quanto a questão dos estudos sobre sobredotados é que acho uma grande treta ou pelo menos algo muito relativo quando era puto os meus pais levaram-me a fazer um teste desses e deu positivo .

Citação :

Lembro-me de um estudo que saiu na revista de domingo do Correio da Manhão há cerca de um ano que associava características de personalidade a cada um dos estilos musicais. Curiosamente, os ouvintes de Heavy Metal tinham como características gerais a auto-estima elevada e inteligência (não sei até que ponto este estudo é viável).

Isso varia, dos fãs de Power Metal aos de Doom/Depressive Black Metal ainda vai um saltinho em termos de estado de espírito
Mas se eu fosse a ti não levava muito a sério o que os cromos do "Correio da Manhão" publicam.

Signatus escreveu:

(...)
Provas? A altura em que mais apreciava Doom e Darkwave coincidiu com a altura em que andava mais deprimido. E dá-me mais vontade de ouvir Korpiklaani/folk animado quando ando mais alegre. Coincidencia?
E da maioria das pessoas que houvem metal que conheço consigo apontar caracteristicas em comum..

Quando conheci Korpiklanni decidi logo que ia querer ir ao concerto deles no Porto e lá fui eu. Grande concertão, diga-se de passagem.

Facto: o que mais me apetecia nessa altura era atirar-me de um penhasco. Foi a minha parte racional que me "obrigou" a ir -- ainda hoje lhe estou grato.




Por outro lado, sou a pessoa mais sobredotada que conheço. Não percebo qual é o vosso problema com esse estudo!

Kraft durch Freude escreveu:

Signatus escreveu:

(...)
Provas? A altura em que mais apreciava Doom e Darkwave coincidiu com a altura em que andava mais deprimido. E dá-me mais vontade de ouvir Korpiklaani/folk animado quando ando mais alegre. Coincidencia?
E da maioria das pessoas que houvem metal que conheço consigo apontar caracteristicas em comum..

Quando conheci Korpiklanni decidi logo que ia querer ir ao concerto deles no Porto e lá fui eu. Grande concertão, diga-se de passagem.

Facto: o que mais me apetecia nessa altura era atirar-me de um penhasco. Foi a minha parte racional que me "obrigou" a ir -- ainda hoje lhe estou grato.

Agora quem se quer atirar de um penhasco sou eu: tu foste e eu não

Sempre vi o Metal, em todas as suas vertentes, como um género intelectual. No metal abordam-se todos os temas - política, religião, livros, filmes, pokemon (não estou a brincar, o Kraft sabe!) - dos mais diversos pontos de vista. E isso leva, normalmente, à procura de uma maior iluminação. Ouvimos os Deathspell Omega a recitar cânticos religiosos sobre o satanismo teístico, e pesquisamos sobre isso, lemos e procuramos. Ouvimos os Ensiferum relatarem uma qualquer história nórdica, e vamos ler, pesquisar e falar disso. Ouvimos os Wolves in the Throne Room falar acerca da natureza, e procuramos formas de a preservar e proteger.

Mas claro, isto não só no metal. Todos os estilos mencionados neste fórum são, a meu ver, uma fonte de conhecimento enorme. O último álbum dos Der Blaue Reiter, que relata acerca de Chernobyl, um grande álbum de industrial. Os álbuns de puro folk, que relatam histórias antigas, a música ambiente, que relata um filme/história ou apenas servem para potenciar um qualquer sentimento. Mas, convenhamos, nenhum estilo é tão multifacetado como o metal! Heavy Metal, Black Metal, Death Metal, Folk Metal, Doom Metal, Gothic Metal, Power Metal, Industrial Metal, e todas as suas vertentes.

Além do mais, quem encontra harmonia no caos e destruição, encontra harmonia em tudo o que exista...

Citação :

Diz-me o que ouves... dir-te-ei quem és

Indies preguiçosos, rappers exibicionistas. Estudo prova ligação entre gostos musicais e características psicológicas.

Os fãs de bandas ditas indie têm pouco cuidado com a aparência, sempre de cabelo esgadelhado e aspecto miserável, e os aficionados do rap são, regra geral, exibicionistas e cheios de auto-estima.

Estes são alguns dos perfis traçados por um estudo do Departamento de Psicologia da Universidade Heriot Watt, no Reino Unido.

Analisados 36 mil amantes da música, os investigadores confirmam que aquilo que uma pessoa é está ligado ao que ouve, ou seja, que os gostos musicais reflectem, de forma sistemática, determinados traços da personalidade.

Em declarações ao Independent , Adrian North, um dos responsáveis pelo estudo explicou que algumas pessoas defendem os seus artistas preferidos com unhas e dentes porque, ao fazê-lo, sentem que estão a proteger a sua própria identidade.

O professor adiantou que, no toca a heavy-metal e música clássica, os fãs parecem ter em comum uma "paixão pelo grandioso", o que faz com que um fã de Metallica se sinta mais tentado a ouvir um grande compositor do que uma nova banda indie ou algo ligado ao reggae, adiantou.

Ligações avançadas pelo estudo, citadas pelo Independent
Indie: Fãs são preguiçosos, pouco generosos, têm uma auto-estima fraca mas costumam ser criativos.

Rock: Fãs têm muita auto-estima e criatividade, são empenhados e descomplexados mas não costumam ser muito bondosos.

Música Clássica: Fãs têm uma auto-estima elevada, são criativos mas são pouco sociáveis.

Heavy-metal: Fãs muito criativos e seguros, mas pouco sociáveis e trabalhadores.

Reggae: Fãs generosos e simpáticos mas muito preguiçosos.

Rap: Fãs exibicionistas e sociáveis.

Odal escreveu:

Sempre vi o Metal, em todas as suas vertentes, como um género intelectual. No metal abordam-se todos os temas - política, religião, livros, filmes, pokemon (não estou a brincar, o Kraft sabe!) - dos mais diversos pontos de vista.

Execution?

Váli escreveu:

Heavy-metal: Fãs muito criativos e seguros, mas pouco sociáveis e trabalhadores.

Pouco trabalhador é comigo

Tulcakelumë escreveu:

Odal escreveu:

Sempre vi o Metal, em todas as suas vertentes, como um género intelectual. No metal abordam-se todos os temas - política, religião, livros, filmes, pokemon (não estou a brincar, o Kraft sabe!) - dos mais diversos pontos de vista.

Execution?

Váli escreveu:

Heavy-metal: Fãs muito criativos e seguros, mas pouco sociáveis e trabalhadores.

Pouco trabalhador é comigo

Exactamente

Atenção: o primeiro texto diz que os muitos superdotados ingleses ouvem metal não que quem ouve metal e inteligente (ha com cada um que nem o Bob Marley pedrado consegue chegar perto).

Signatus escreveu:

Agora quem se quer atirar de um penhasco sou eu: tu foste e eu não

orly? Eu ajudo: https://www.youtube.com/watch?v=XOKbhQbvpPA

Odal escreveu:

Ouvimos os Deathspell Omega a recitar cânticos religiosos sobre o satanismo teístico, e pesquisamos sobre isso, lemos e procuramos. Ouvimos os Ensiferum relatarem uma qualquer história nórdica, e vamos ler, pesquisar e falar disso. Ouvimos os Wolves in the Throne Room falar acerca da natureza, e procuramos formas de a preservar e proteger.

Pessoalmente, conheço muito pouca gente que faça isto. As que conheço que penso que o faziam ouviam precisamente reggae ou cenas indie. Conheço alguns metaleiros que o fazem, mas muitos só querem saber da música e pouco ou nada das mensagens que as músicas pretendem passar.

Provavelmente distinguem-se mais dessa forma as pessoas que ouvem mais e procuram sobre um estilo específico de quem se limita a ouvir o que passa na rádio ou aquilo que lhes põem à frente... Ainda assim, há muita gente muito dotada que não liga pevide a música... Era preciso um estudo para tirar a limpo as relações entre isto e os perfis psicológicos!

Tulcakelumë escreveu:

Execution?

Yep.

Váli escreveu:

Atenção: o primeiro texto diz que os muitos superdotados ingleses ouvem metal não que quem ouve metal e inteligente (ha com cada um que nem o Bob Marley pedrado consegue chegar perto).

Pelo que vou vendo em concertos de metal, cada vez tenho uma impressão pior da maior parte dos fãs deste género. Mas custa-me um bocado aceitar estes estudos, principalmente quando vão contra a minha percepção da realidade (se bem que a minha percepção não é nem nunca há de ser lei).
Exemplo: fãs de rap generalizados como pessoas "cheias de auto-estima"...


Dos exemplos de sobredotados (ou pelo menos muito próximos disso) que conheço: uma nem sei se ligava a música, mas parecia-me que não. O outro ouvia metal sinfónico (Epica e coisas do género) e ultimamente tem-se estado a virar para a música country americana .

Váli escreveu:

Citação :

Indie: Fãs são preguiçosos, pouco generosos, têm uma auto-estima fraca mas costumam ser criativos.

Rock: Fãs têm muita auto-estima e criatividade, são empenhados e descomplexados mas não costumam ser muito bondosos.

Música Clássica: Fãs têm uma auto-estima elevada, são criativos mas são pouco sociáveis.

Heavy-metal: Fãs muito criativos e seguros, mas pouco sociáveis e trabalhadores.

Reggae: Fãs generosos e simpáticos mas muito preguiçosos.

Rap: Fãs exibicionistas e sociáveis.

Então e o que interessa: folk?

Eu gosto tanto de clássica como de indie, ou seja, tenho auto-estima fraca e elevada ao mesmo tempo. Isto tudo é um disparate pegado, ou não fosse pseudo-psicologia.

Signatus escreveu:

"Brutalidade Visceral", que bela expressão!
Embora também não seja grande fã deste tipo de estudos acho que o que cada pessoa ouve diz bastante sobre a sua personalidade ou pelo menos permite evidenciar certas caracteristicas e o tipo de fase que está a atravessar (uma vez que os gostos musicais também podem variar com o tempo).
Provas? A altura em que mais apreciava Doom e Darkwave coincidiu com a altura em que andava mais deprimido. E dá-me mais vontade de ouvir Korpiklaani/folk animado quando ando mais alegre. Coincidencia?
E da maioria das pessoas que houvem metal que conheço consigo apontar caracteristicas em comum..


Agora quanto a questão dos estudos sobre sobredotados é que acho uma grande treta ou pelo menos algo muito relativo quando era puto os meus pais levaram-me a fazer um teste desses e deu positivo .

Citação :

Lembro-me de um estudo que saiu na revista de domingo do Correio da Manhão há cerca de um ano que associava características de personalidade a cada um dos estilos musicais. Curiosamente, os ouvintes de Heavy Metal tinham como características gerais a auto-estima elevada e inteligência (não sei até que ponto este estudo é viável).

Isso varia, dos fãs de Power Metal aos de Doom/Depressive Black Metal ainda vai um saltinho em termos de estado de espírito
Mas se eu fosse a ti não levava muito a sério o que os cromos do "Correio da Manhão" publicam.

Sim, acho que aquilo que se houve poderá indiciar, no máximo, o actual estado de espírito da pessoa, ou o tipo de ambientes em que se sente à vontade. Mas a meu ver isso nunca é algo tão linear ao ponto de se transformar numa verdade científica extensível para toda a gente. Há quem simplesmente não acompanhe os estilos musicais em função do seu estado de espírito.
Falo, claro está, do meu exemplo. Quando alguém está no processo de me conhecer nunca consegue adivinhar que os meus gostos vão desde o mais "soft" até ao mais "inaudível" (subjectivo). Não é algo que eu transpareça nas primeiras impressões.

Odal escreveu:

Sempre vi o Metal, em todas as suas vertentes, como um género intelectual. No metal abordam-se todos os temas - política, religião, livros, filmes, pokemon (não estou a brincar, o Kraft sabe!) - dos mais diversos pontos de vista. E isso leva, normalmente, à procura de uma maior iluminação. Ouvimos os Deathspell Omega a recitar cânticos religiosos sobre o satanismo teístico, e pesquisamos sobre isso, lemos e procuramos. Ouvimos os Ensiferum relatarem uma qualquer história nórdica, e vamos ler, pesquisar e falar disso. Ouvimos os Wolves in the Throne Room falar acerca da natureza, e procuramos formas de a preservar e proteger.

Mas claro, isto não só no metal. Todos os estilos mencionados neste fórum são, a meu ver, uma fonte de conhecimento enorme. O último álbum dos Der Blaue Reiter, que relata acerca de Chernobyl, um grande álbum de industrial. Os álbuns de puro folk, que relatam histórias antigas, a música ambiente, que relata um filme/história ou apenas servem para potenciar um qualquer sentimento. Mas, convenhamos, nenhum estilo é tão multifacetado como o metal! Heavy Metal, Black Metal, Death Metal, Folk Metal, Doom Metal, Gothic Metal, Power Metal, Industrial Metal, e todas as suas vertentes.

Além do mais, quem encontra harmonia no caos e destruição, encontra harmonia em tudo o que exista...

Eu sou um apreciador de diversos estilos musicais. Há quem diga que sou *demasiado* ecléctico, ao ponto da anormalidade obtusa e inesperada. Um dos géneros que mais gosto é exactamente o Metal e dos seus subgéneros.
Concordo com o que disseste, Odal, o Metal, ao contrário do estereótipo, tem diversas variantes que abordam os mais variados temas que vão desde a intervenção social até à ficção mitológica, passando pela violência gratuita em algum Death Metal (e principalmente no Goregrind)
Mas penso que só nos apercebemos bem da profundidade de um género musical quando nos introduzimos a fundo nele. Nessa questão eu posso dizer que o Metal está - tal como disseste - longe de ser o único género musical com tamanha abrangência.
Há um outro género musical também muito estereotipado e adulterado pela cultura de massas que eu também aprecio muito: O Rap.
Quem olha para mim não consegue sequer imaginar que eu gosto de Rap. Da mesma forma também não é capaz de imaginar - nas primeiras impressões - que eu sou um apreciador de Metal. A minha indumentária é geralmente muito simples e descontraída, não me permite identificar como um membro de uma qualquer tribo urbana em específico. Passo despercebido e é assim que quero que seja. Não gosto muito de ser o centro das atenções, ou não fosse eu um INFJ.
O problema está exactamente nisso: no estereótipo. Na imagem de marca que temos das coisas e que é fornecida pelos meios de comunicação, propagandeada pelas novelas e filmes da moda e reproduzida até à exaustão pelas grandes editoras, como se todos estes organismos com objectivos comerciais tivessem em posição para definir os arquétipos da música... Enfim, mainstream é o nome dado a essa composição de organismos que muitas vezes nos impõem as suas definições descontextualizadas e adulteradas. As primeiras impressões são largamente influenciadas por essa cultura de massas.
Quando digo que gosto de rap a reacção habitual costuma ser sempre a mesma: "Mas que mau gosto!"; "isso nem música é!", e por aí fora... A imagem que vem automaticamente à cabeça das pessoas é a imagem estereotipada de um 50cent, um Eminem ou [inserir aqui o nome de um rapper que preste vassalagem ao materialismo, misoginia, mediocridade e quejandos].
Quando digo que gosto de metal a reacção habitual costuma ser também muito semelhante: "Mas que mau gosto!"; "isso não é música!"... A imagem que vem automaticamente à cabeça das pessoas é o estereótipo de um Satânico aos berros (geralmente nem sequer sabem o que é um gutural), vestido de cabedal preto, com cabelos compridos e pronto para arrancar olhos, e por aí fora...
Não é curioso? É.
São estilos diferentes, mas ao mesmo tempo, em termos de diversidade, penso que sejam equiparáveis. Vejamos: Tal como no metal, no rap abordam-se os mais diversos assuntos: política, religião/esoterismo, os assuntos sociais (a crítica social costumava ser uma das características mais apreciadas), a filosofia, a História, a ficção (storytelling é um dos seus sub-géneros), o racismo, e por aí fora. Quem duvidar disso pode pedir-me, que eu darei alguns exemplos adicionais a estes:
Ora um Immortal Technique é geralmente apontado como um dos rappers políticos mais proeminentes dos últimos anos e em termos de crítica social. Mas também gosto de Dead Prez, Jedi Mind Tricks, Remedy, Keny Arkana, Foreign Beggars, Disposable Heroes of Hiphoprisy, Elemental Zazen ou Nephilim Modulation Sessions.
Em termos de religião, mitologia, esoterismo e história costumo ouvir Jedi Mind Tricks, os The Lost Children of Babylon, Atom Tha Immortal ou ATMA. Fábulas: Holocaust.
Exemplos de storytelling: Jean Grae - "Taco Day" e Vakill - Fallen.
Exemplos de wordplay onde se brinca com a construção frásica: Blackalicious - Alphabetic Aerobics.
Exemplo de rap introspectivo/sentimental: Sadistik
E claro, também existe violência extrema gratuita com letras que mais fazem lembrar Goregrind, por exemplo Sutter Kain ou Flatlinerz
E num estilo de música constantemente acusado de ser homofóbico, machista e derivados, ainda existe espaço para defender os direitos dos homossexuais como faz a Mélange Lavonne.

São só alguns exemplos. Existem muitos géneros que são super diversificados nas suas temáticas, já para nem falar nas fusões de géneros, como é o caso do Rap + Jazz (Gang Starr ou US3)

Claro que esta variedade toda não costuma passar muito pelas TV's e rádios generalistas. Só passa o que é mais medíocre... Porque é o que vende.

Ceinwyn escreveu:

Váli escreveu:

Citação :

Indie: Fãs são preguiçosos, pouco generosos, têm uma auto-estima fraca mas costumam ser criativos.

Rock: Fãs têm muita auto-estima e criatividade, são empenhados e descomplexados mas não costumam ser muito bondosos.

Música Clássica: Fãs têm uma auto-estima elevada, são criativos mas são pouco sociáveis.

Heavy-metal: Fãs muito criativos e seguros, mas pouco sociáveis e trabalhadores.

Reggae: Fãs generosos e simpáticos mas muito preguiçosos.

Rap: Fãs exibicionistas e sociáveis.

Então e o que interessa: folk?

Eu gosto tanto de clássica como de indie, ou seja, tenho auto-estima fraca e elevada ao mesmo tempo. Isto tudo é um disparate pegado, ou não fosse pseudo-psicologia.

E eu devo ser a contradição em pessoa.

Não é hábito concordar com a Ceinwyn, mas desta vez faço disso uma bandeira.

Isto é uma grande patetice. Até porque o Metal, mais que nunca, engloba tudo. Desde os clássicos a fusões com música electrónica, folk, música clássica, etc, etc.

Não sei em que se baseiam os estudiosos para considerar alguém sobre-dotado, e qual é o limite que é preciso ultrapassar para entrar nesse panteão.

Agora, se estamos a falar de miúdos desenraizados socialmente, frustrados e raivosos com o mundo, é natural que ouçam Slipknot, Slayer, Holocausto Canibal. Não tem a ver com a qualidade da música, mas com a agressividade que transmite. Eu gosto de Slayer, mas não é propriamente uma riqueza de conteúdos musicais.

Se lhes forem perguntar os gostos televisivos e literários provavelmente só aparecerão filmes de terror, biografias de serial killers, e coisas do género. Há génios anti-sociais, com ódio ao mundo, como há génios perfeitamente integrados, felizes e que já tiveram namoradas...

O Metal é como todos os estilos de música. Pode, deve e agrada a toda a gente. E as bandas mencionadas, Slayer e Slipknot, em países como os Estados Unidos são quase mainstream. Aliás os Slipknot são mesmo mainstream. E não consta que a generalidade dos cidadãos americanos sejam particularmente inteligentes ou cultos. Bem longe disso!

Os estilos musicais mais difíceis de compor e de interpretar são o jazz e a música clássica. E por conseguinte, mais difíceis de ouvir. Quanto às preferências dos génios... grande parte dos assassinos em série têm pancas bem maradas, (escuso-me de tirar o apetite aos leitores), e grande parte deles são igualmente sobredotados. Not related. At all!

EDIT:

"e os aficionados do rap são, regra geral, exibicionistas e cheios de auto-estima." - Não sabia que Manowar era rap... ahahah.

Aelle escreveu:

Há génios anti-sociais, com ódio ao mundo

Theodore Kaczynski e Grigori Perelman por exemplo.

Aelle escreveu:

Não é hábito concordar com a Ceinwyn, mas desta vez faço disso uma bandeira.

Aleluia

Averróis escreveu:

Aelle escreveu:

Há génios anti-sociais, com ódio ao mundo

Theodore Kaczynski e Grigori Perelman por exemplo.

Não sei se o Perelman tem ódio ao mundo. Não deve é querer que o chateiem com medalhas e dinheiro haha.

Ceinwyn escreveu:

Então e o que interessa: folk?

Ninguém ouve essa tanga!

Kraft durch Freude escreveu:

Ceinwyn escreveu:

Então e o que interessa: folk?

Ninguém ouve essa tanga!

Sempre achei que era coisa de gente ranhosa, mas não queria dizer nada aqui no fórum, não fosse alguém ouvir disso e ofender-se

Ceinwyn escreveu:

Kraft durch Freude escreveu:

Ceinwyn escreveu:

Então e o que interessa: folk?

Ninguém ouve essa tanga!

Sempre achei que era coisa de gente ranhosa, mas não queria dizer nada aqui no fórum, não fosse alguém ouvir disso e ofender-se

Não percebeste...
Não é coisa de gente ranhosa: ninguém ouve isso!

Ah, já foi mesmo eliminado dos gostos musicais. Acho muito bem.

Averróis escreveu:

E claro, também existe violência extrema gratuita com letras que mais fazem lembrar Goregrind, por exemplo Sutter Kain (...)

Olha, o Slaughtered Vomit Dolls!























...don't ask!

Kraft durch Freude escreveu:

...don't ask!

I won't...

Eu acho que as pessoas que fazem esse tipo de estudos têm demasiado tempo livre nas mãos.

Era bom era, metal ser sinónimo de sobre-dotado,
Eram só inteligentes por aí e este seria um país de sonho!