Filmes que viram recentemente...

Citação :

Vi umas coisas sobre esse filme quando saiu, mas pareceu-me demasiado alucinado para o meu gosto, por isso acabei por não o ver.

Muito alucinado, mas gostei até, é um filme diferente...

Ceinwyn escreveu:

Abbadon escreveu:

Vi ontem à noite o Hobbit!!! Devem estar a pensar, só agora? Pois, não cheguei a ir ver ao cinema... Mas surpreendeu-me pela positiva e valeu a pena a espera, bastante acção e peripécias, com um foco maior nos anões e na sua história, entre outras criaturas que foram aparecendo, o que me deixou satisfeito mas com apetite para mais... Só me deu vontade de ler os livros agora!

Também só o vi agora há uns dias. Infelizmente, surpreendeu-me pela negativa (não digo que seja um mau filme, mas tem ali uns clichés enervantes).

De resto não vi mais nada que seja muito folk para recomendar aqui, mas informo que o Mary and Max está na minha watchlist desta semana

E o Valhalla Rising não é aborrecido (mas também não é tão bom como diz o Siivet)

Abbadon, se não encontraste clichés não deves ter visto o mesmo filme que eu. O que me enerva acima de tudo são aquelas frases completamente desenquadradas como a célebre “That will do it” (quem viu o filme deve saber a que me refiro), ou as cenas ridículas como a dos trolls da floresta. Enfim, eu achei o filme bastante fraquinho…

Ceinwyn, depois partilha connosco a tua experiência cinematográfica.

Drone escreveu:

Abbadon, se não encontraste clichés não deves ter visto o mesmo filme que eu. O que me enerva acima de tudo são aquelas frases completamente desenquadradas como a célebre “That will do it” (quem viu o filme deve saber a que me refiro), ou as cenas ridículas como a dos trolls da floresta. Enfim, eu achei o filme bastante fraquinho…

O humor foi a segunda pior coisa do filme, a seguir aos clichés. Essa cena dos trolls existe no livro, mas já o li há muitos anos e não me lembro de como era.

Ceinwyn escreveu:

Drone escreveu:

Abbadon, se não encontraste clichés não deves ter visto o mesmo filme que eu. O que me enerva acima de tudo são aquelas frases completamente desenquadradas como a célebre “That will do it” (quem viu o filme deve saber a que me refiro), ou as cenas ridículas como a dos trolls da floresta. Enfim, eu achei o filme bastante fraquinho…

O humor foi a segunda pior coisa do filme, a seguir aos clichés. Essa cena dos trolls existe no livro, mas já o li há muitos anos e não me lembro de como era.

Eu também já li o livro há muitos anos, e continuo a não me lembrar de um troll se assoar ao Bilbo...

Citação :

Abbadon, se não encontraste clichés não deves ter visto o mesmo filme que eu. tongue O que me enerva acima de tudo são aquelas frases completamente desenquadradas como a célebre “That will do it” (quem viu o filme deve saber a que me refiro), ou as cenas ridículas como a dos trolls da floresta. Enfim, eu achei o filme bastante fraquinho…

Supostamente o hobbit foi publicado em 1937 (altura em a literatura fantástica surgiu) e foi concebido como um livro para crianças, como uma obra de "introdução" ao novo genero literario do qual tolkien foi praticamente o pioneiro. Ou seja tudo o que agora se considera cliche em fantasia, era na altura novidade.
É por isso que na minha opinião não se devem considerar "cliches" os elementos nas obras de tolkien e nos filmes, devido a ter sido ele o primeiro a introduzir esses mesmos elementos. E o que verifiquei quando vi o filme no cinema foi o facto da grande maioria das pessoas que não conheciam absolutamente nada de fantasia acharem o filme absolutamente fantastico e até quererem ler os livros, ao passo que os apreciadores do genero fantastico o acharam "fraquinho" tal como o Drone. O que estou a tentar dizer é que tanto o hobbit, o senhor dos aneis, o silmarilion, etc, são obras de introdução a este genero e não devem ser analisados da mesma forma que as obras posteriores. desculpem espero que não esteja muito confuso s:

Beastmaster escreveu:

Supostamente o hobbit foi publicado em 1937 (altura em a literatura fantástica surgiu) e foi concebido como um livro para crianças, como uma obra de "introdução" ao novo genero literario do qual tolkien foi praticamente o pioneiro. Ou seja tudo o que agora se considera cliche em fantasia, era na altura novidade.
É por isso que na minha opinião não se devem considerar "cliches" os elementos nas obras de tolkien e nos filmes, devido a ter sido ele o primeiro a introduzir esses mesmos elementos. E o que verifiquei quando vi o filme no cinema foi o facto da grande maioria das pessoas que não conheciam absolutamente nada de fantasia acharem o filme absolutamente fantastico e até quererem ler os livros, ao passo que os apreciadores do genero fantastico o acharam "fraquinho" tal como o Drone. O que estou a tentar dizer é que tanto o hobbit, o senhor dos aneis, o silmarilion, etc, são obras de introdução a este genero e não devem ser analisados da mesma forma que as obras posteriores. desculpem espero que não esteja muito confuso s:

Eu não percebo nada de fantasia, não conheço praticamente nada além de Tolkien e é um género que me interessa pouco ou nada. O que gosto em Tolkien é mais a forma de escrever e de construir a narrativa do que os elementos de fantasia, por mim o senhor até podia ser neo-realista que eu gostava na mesma.
É verdade que elfos, trolls e companhia podem ser elementos pouco originais para quem está familiarizado com o género, mas acho que nesse campo mesmo quem não leu já viu alguma coisa dos outros filmes e sabe ao que vai.
Os clichés de que eu me queixo não têm nada a ver com fantasia nem com o livro, mas com o filme em si: são aquelas tropes de Hollywood que exemplifiquei no outro post que cansam qualquer pessoa que já tenha visto meia dúzia de filmes ou más escolhas na transposição para o formato de cinema.

Citação :

Os clichés de que eu me queixo não têm nada a ver com fantasia nem com o livro, mas com o filme em si: são aquelas tropes de Hollywood que exemplifiquei no outro post que cansam qualquer pessoa que já tenha visto meia dúzia de filmes ou más escolhas na transposição para o formato de cinema

As minhas desculpas, tive a ideia que te estavas a referir ao cliches em geral não exclusivamente no filme. Mas nessa parte concordo contigo, por muito potencial que tenha a história, independentemente do género, hollywood arranja sempre forma de estragar tudo. Na verdade o que me levou a gostar do filme foi mais a parte da cg, sendo uma das areas que estou a pensar estudar é sempre bom ver o nivel em que se encontra esta tecnologia, mas acho que se ajustava melhor a videojogos do que a cinema. Deviam ter usado elementos mais realistas nos personagens como no senhor dos aneis. Na minha opinião o grande problema do filme é o contraste demasiado obvio entre o real e o generado a computador. Mas mesmo assim gostei da experiencia a 48fps, da um certo ar epico á coisa, tão épico que me arrepiava constantemente xD
Para mim hobbit será sempre hobbit por isso que venham os outros dois e esperemos que sejam melhores x)

Ceinwyn escreveu:

Abbadon escreveu:

Este argumentista e realizador andam nas pesadas... Fritei tanto com isto.

Vi umas coisas sobre esse filme quando saiu, mas pareceu-me demasiado alucinado para o meu gosto, por isso acabei por não o ver.

Agora que li o livro, estive a rever um dos meus filmes preferidos: Karamazovi. Descobri que ainda é melhor do que eu pensava. Infelizmente não encontro nenhum trailer legendado, portanto deixo antes uma cena.

Um filme que ando para ver há imenso tempo. Já me falaste nisto mil vezes..!

Beastmaster escreveu:

Citação :

Abbadon, se não encontraste clichés não deves ter visto o mesmo filme que eu. tongue O que me enerva acima de tudo são aquelas frases completamente desenquadradas como a célebre “That will do it” (quem viu o filme deve saber a que me refiro), ou as cenas ridículas como a dos trolls da floresta. Enfim, eu achei o filme bastante fraquinho…

Supostamente o hobbit foi publicado em 1937 (altura em a literatura fantástica surgiu) e foi concebido como um livro para crianças, como uma obra de "introdução" ao novo genero literario do qual tolkien foi praticamente o pioneiro. Ou seja tudo o que agora se considera cliche em fantasia, era na altura novidade.
É por isso que na minha opinião não se devem considerar "cliches" os elementos nas obras de tolkien e nos filmes, devido a ter sido ele o primeiro a introduzir esses mesmos elementos. E o que verifiquei quando vi o filme no cinema foi o facto da grande maioria das pessoas que não conheciam absolutamente nada de fantasia acharem o filme absolutamente fantastico e até quererem ler os livros, ao passo que os apreciadores do genero fantastico o acharam "fraquinho" tal como o Drone. O que estou a tentar dizer é que tanto o hobbit, o senhor dos aneis, o silmarilion, etc, são obras de introdução a este genero e não devem ser analisados da mesma forma que as obras posteriores. desculpem espero que não esteja muito confuso s:

Beastmaster, ia responder-te mas pelos vistos a Ceinwyn já se antecipou. Em parte concordo com o que escreveste, mas obviamente estás a confundir aquilo que é a obra de Tolkien com a interpretação que Peter Jackson faz da mesma, e se a primeira é de 1937, a segunda é bem actual. Eu também não sou um entendido em “fantasia” e não sigo o que se faz hoje em dia, mas gosto bastante de Tolkien. O problema do filme é precisamente não fazer justiça ao livro, e os clichés que neste abundam são os típicos clichés hollywoodescos que conseguem cortar o interesse do filme. É normal que quem não conheça a obra vá degustar as suas pipocas e passar uma noite agradável, ficando fascinado com uma panóplia de efeitos especiais e cenários de encher o olho.

Vi o Mary and Max. Pergunto-me que mal vos fiz para me recomendarem este filme, porque isto é a coisa mais cruelmente depressiva que já me passou à frente. É como se o Michael Haneke se tivesse juntado ao Lars von Trier para se dedicarem à animação depois de passarem um ano a ver neo-realismo italiano 24 horas por dia só pelo gozo de maltratar o espectador. Acho que vou ver o Grave of Fireflies para me rir. Vocês são maus

Ceinwyn escreveu:

Vi o Mary and Max. Pergunto-me que mal vos fiz para me recomendarem este filme, porque isto é a coisa mais cruelmente depressiva que já me passou à frente. É como se o Michael Haneke se tivesse juntado ao Lars von Trier para se dedicarem à animação depois de passarem um ano a ver neo-realismo italiano 24 horas por dia só pelo gozo de maltratar o espectador. Acho que vou ver o Grave of Fireflies para me rir. Vocês são maus

Verdade. Mas eu gosto da história e da construção do filme. Mas sim, retrata realidades bastante duras, ás vezes com um bocado de humor negro. E o final... Pena que não o tenhas apreciado, mas compreendo a crítica. Pensei que fosses gostar.

Urânia escreveu:

Verdade. Mas eu gosto da história e da construção do filme. Mas sim, retrata realidades bastante duras, ás vezes com um bocado de humor negro. E o final... Pena que não o tenhas apreciado, mas compreendo a crítica. Pensei que fosses gostar.

Há histórias muito tristes e muito boas e muitos dos meus filmes preferidos são muito duros. Neste caso, pareceu-me que não há objectivo, que é uma acumulação de desgraças só porque sim e, se tem alguma mensagem, é a de nunca mudar e aceitar a vida tal como é, por mais horrível que seja. E o final... é previsível
Pensando melhor no assunto, acho que o realizador ficou tão desesperado quando percebeu o inferno que é fazer aquele tipo de animação que resolveu torturar toda a gente que visse o filme
Enfim, há alguns momentos de humor que funcionam e gostei da banda sonora e do Phillip Seymour Hoffman como Max.

Para os entusiastas de terror e thriller, ontem fui ver o "mama" ao cinema e devo dizer que foi dos melhores, senão o melhor que o terror americano produziu até agora.
A história contém suficientes twists para se manter imprevivsivel até ao final e o cgi está no seu melhor.
Geralmente vejo terror sobretudo para me rir do cgi barato, defeituoso e basicamente de todas as cenas supostamente "assustadoras" mas neste senti-me arrepiado durante a maioria do filme, principalmente pela forma como as crianças se moviam e pelo som que a "mama" emitia constantemente, o qual deve ter deixado pessoal sem conseguir pregar olho o resto da noite xD
Bem fiquei bastante surpreendido e recomendo que o vejam no cinema, vale a pena por toda a atmosfera que cria, provavelmente se o visse em casa não teria o mesmo efeito.

Vi ontem The tree of life.



Um filme visualmente muito bonito, de compasso (muito) lento, e de poucas falas. Admito que houve coisas que não o compreendi porque era dificil perceber os sussurros. E o filme dá espaço a alguma interpretação pessoal. Tem uma mensagem "espiritual" de entrega e de confiança em Deus. Claro que isto desperta sempre algum "fogo de artificio" nas pessoas mais cépticas.
Não o detestei porque acho que o cinema não se deve limitar àquele standart habitual, deve haver espaço para outras abordagens. No entanto, também não é um filme genial, não transmite nada de espectacular. O filme "Samsara" tocou-me bastante mais.

Urânia escreveu:

No entanto, também não é um filme genial, não transmite nada de espectacular. O filme "Samsara" tocou-me bastante mais.

BLASFÉMIA!!!



Vá, é só praí o meu 3º favorito dele, vou deixar passar

Com isso não percebi se gostaste ou não do the tree of life. Peço desculpa mas não te imagino a gostar desse filme.....

Urânia escreveu:

Com isso não percebi se gostaste ou não do the tree of life. Peço desculpa mas não te imagino a gostar desse filme.....

É um filme parado e quase sem falas, what's not to like? Quando o vi pela primeira vez fiquei sem saber o que pensar, mas na segunda acho que consegui apreciá-lo completamente, mesmo com as coisas que não percebi. É um filme feito de memórias de infância, da vida de uma família com todo o universo como pano de fundo e acho que não desilude na sua ambição. É verdade que tem o seu lado espiritual/religioso e que houve muita gente que não gostou disso, mas não me incomodou nada, tal como não me incomoda ver arte sacra, e, tendo em conta que a maior parte da história se passa no Texas dos anos 50, em que a religião era muito importante na vida das pessoas, acho que faz sentido usá-la no contraste entre a mãe e o pai vistos pelos filhos (no fundo os pais funcionam como uma espécie de deuses para as crianças e Deus é geralmente visto também como um pai).

Ceinwyn escreveu:

Urânia escreveu:

Com isso não percebi se gostaste ou não do the tree of life. Peço desculpa mas não te imagino a gostar desse filme.....

É um filme parado e quase sem falas, what's not to like? Quando o vi pela primeira vez fiquei sem saber o que pensar, mas na segunda acho que consegui apreciá-lo completamente, apesar de haver sempre uns pormenores que nos escapam. É um filme feito de memórias de infância, da vida de uma família com todo o universo como pano de fundo e acho que não desilude na sua ambição. É verdade que tem o seu lado espiritual/religioso e que houve muita gente que não gostou disso, mas não me incomodou nada, tal como não me incomoda ver arte sacra, e, tendo em conta que a maior parte da história se passa no Texas dos anos 50, acho que faz sentido usar a religião no contraste entre a mãe e o pai vistos pelos filhos (no fundo os pais funcionam como uma espécie de deuses para as crianças e Deus é geralmente visto também como um pai).

lololol Tenho ouvido tantos ateus, Pessoas Apreciadoras de Cinema a odiar este filme (não o suportam), não imaginei que pudesses gostar. AInda bem que estava enganada. Eu também gostei do filme, mas não consegui encontrar ali uma mensagem genial... Como digo, hei de o rever outra vez, porque houve coisas que me escaparam.

Ainda não vi "The tree of life" para poder fazer comparações, mas o "Samsara" é sem dúvida maravilhoso!
No entanto, como te lembraste de o comparar, agora fiquei curioso!

Abbadon escreveu:

Ainda não vi "The tree of life" para poder fazer comparações, mas o "Samsara" é sem dúvida maravilhoso!
No entanto, como te lembraste de o comparar, agora fiquei curioso!

Vale a pena sim.

Nos últimos dias não tenho visto filme nenhum, acho que posso agendar esse
"Já estou com saudades de ver um filmezinho"

Spoiler:

Abbadon escreveu:

Nos últimos dias não tenho visto filme nenhum, acho que posso agendar esse
"Já estou com saudades de ver um filmezinho"

Spoiler:

hahahaha! Eles ficam tão giros!.

On topic:

Vi há dois dias: Your Highness

Recomendação: Se um dia destes estiverem à procura de um filme parvo, algo com piadas tolas para rir, algo leve... alguma dúvida é só verem o trailer.

Passei boa parte do fim-de-semana no Hulu a ver alguns dos filmes do Kurosawa que a Criterion disponibilizou gratuitamente

Vi o Sanjuro (bom para fãs de filmes de samurais ou westerns), The Hidden Fortress (bom para fãs de Star Wars) e o High and Low (bom para fãs de policiais), revi o Rashomon (bom para toda a gente ) e acho que o Toshiro Mifune passou definitivamente a ser o meu actor preferido

Esta semana vi o ''A Insustentável Leveza do Ser'' (e já tinha lido o livro) e o ''Comboio Nocturno para Lisboa''. É claro que os livros serão sempre insubstituíveis, no entanto gostei imenso do filme baseado no magnum opus do Milan Kundera. Acerca do ''Comboio Nocturno para Lisboa'', não li o livro, mas gostei bastante do que o filme tinha de thriller, despreciando, um pouco, os momentos mais românticos que envolviam a personagem principal, protagonizado pelo grande Jeremy Irons.
Achei igualmente interessante ver no ''Comboio Nocturno para Lisboa'' uma das actrizes do ''A Insustentável Leveza do Ser'' - a Lena Olin -, passados mais de 20 anos :p

https://www.youtube.com/watch?v=SDQDwoFe6Ko

https://www.youtube.com/watch?v=ko8oMpzRxIo

Estava a dar na rtp2 enquanto jantava, tive de ver até ao fim...
Não recomendo olharem para os trailers, mostram demais e estragam um pouco o filme, bom mesmo é ver sem estar bem a espera do que irá acontecer...
Sweet November