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 O nosso futuro

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MensagemAssunto: O nosso futuro   O nosso futuro Icon_minitimeDom Jan 31, 2010 10:45 pm

O que acham do rumo da nossa evolução? Qual/quando é que acham que será o fim do nosso caminho?
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MensagemAssunto: Re: O nosso futuro   O nosso futuro Icon_minitimeDom Jan 31, 2010 11:28 pm

Hum, não podias especificar um bocado mais na tua pergunta?
"Nós" significa espécie humana em geral, civilização ocidental, população portuguesa, a nossa geração, ou estás-te a referir á evolução pessoal de cada um?
É que de qualquer uma das maneiras é tema com muito pano para mangas.

De qualquer maneira, bom tópico, cá voltarei .
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MensagemAssunto: Re: O nosso futuro   O nosso futuro Icon_minitimeSeg Fev 01, 2010 1:17 am

Signatus, no fundo, está tudo interligado.

Bem, o futuro da sociedade ocidental é o seguimento do caminho que foi traçado para ela. Desumanização da mesma, ditadura da tecnologia supérflua, consumo de massas cada vez maior, e portanto, mais destrutivo do ambiente. O que também origina um decréscimo na qualidade dos produtos. Superpopulação, capitalismo selvagem, imigração/emigração em massa, erosão de culturas, também não são propriamente ingredientes de uma sopa social saudável.

Menos saúde física, menos saúde mental, equivalem a um decréscimo da qualidade de vida, e de uma destruição dos valores congregadores de qualquer sociedade.

Acho que estamos a passar por uma nova idade das trevas. Mas acredito que dos escombros do terramoto que se avizinha (não, não estou a falar de 2012!), a Humanidade se recomporá, e retomará o caminho que abandonou há demasiado tempo. O do conhecimento, valores antigos, religião pagá, e coexistência pacífica e enriquecedora com a Natureza.
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MensagemAssunto: Re: O nosso futuro   O nosso futuro Icon_minitimeSeg Fev 01, 2010 3:00 am

Parece que o 'Caos' filosófico voltou. Very Happy
Pergunta pertinente, à qual irás obter imensas respostas um tanto vagas e subjectivas.
O ser humano está em evolução, isso é inegavel e o rumo da mesma, será sempre no sentido do aperfeiçoamento. Já disse num outro tópico que, é notorio que o ser humano esta-se a redescobrir como um ser inserido numa sociedade, no mundo, na Natureza e no Universo. Os séculos XIX, XX e XXI sem dúvida ficarão marcados pela alteração da percepção que o ser humano tem de si. Que vai haver uma altura caótica isso é certo. O ser humano é dotado de algum muito singular que é a sua relação dialética da contrariedade: Caos/Ordem. Relação esta que encontramos muito na Natureza. Toda a Ordem provém do Caos e vice versa e o ser humano, pode ser tido numa concepção 'Nietzscheana' de disputa entre as forças de Eros e Diónisos. Isto nesta perspectiva, pode-se sempre arranjar outra. Desta forma respondo-te à primeira questão.
Relativamente à tua segunda questão, amartya, posso dizer-te que depende isto porque se cai na mesma subjectividade que podes obter da resposta de cada um.
Creio que ficarias mais elucidada, se procurasses em obras científicas, teológicas ou ocultistas.
O ocultismo, diz que o ser humano evoluiu e ainda irá evoluir em mais 'raças' e que o surgimento de uma demarca o declinio de outra. O fim do caminho será quando o ciclo estiver completo. Wink

Bem haja.
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MensagemAssunto: Re: O nosso futuro   O nosso futuro Icon_minitimeTer Fev 02, 2010 12:45 am

Eu acho que divagamos numa sociedade bipolar que aos poucos irá tirar-nos a lucidez.
E acredito que (infelizmente) ainda vamos andar muitos anos assim.
Olho à minha volta e não vejo evolução do ser humano, parece antes que estamos a regredir.
A maior parte das pessoas move-se de forma interesseira, praticamente não existe ajuda ao próximo. Vejamos uma vertente da degradação da sociedade, os idosos no nosso país têm uma vida e um fim miserável, grande parte deles são abandonados pelas familias.
É um fim triste e agonizante, afinal, enquanto foram pessoas activas na sociedade lutaram para que nada faltasse à familia para depois serem abandonados que nem fardos?! (e com isto estou a considerar excepções). As grandes cidades não estão adaptadas para velhos, é verdade que a população portuguesa está envelhecida, mas não podemos ignorar que essas pessoas existem e que um dia quando eram mais novas fizeram de tudo para que nada faltasse aos seus filhos.

A continuar assim esta falta de civismo e desprezo pelo próximo, o nosso fim estará para breve.
Vamos perecer com uma doença mental.

E, no fim, o que foi a nossa vida?
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MensagemAssunto: Re: O nosso futuro   O nosso futuro Icon_minitimeTer Fev 02, 2010 1:16 am

Acho que a saúde mental do ser humano pode ser posta em causa não tanto pelo aquilo que disses Vampiria. Discordo um pouco. Apesar de haver muita gente interesseira, má, calculista, entre outras e deiversas peculiaridades de uma personalidade deplorável o ser humano, em termos gerais está a redescobrir-se como parte integrante da Natureza (claro que depois há alguns indivíduos que nem tanto). Cada vez mais é presente este exaltamento pela liberdade psico-fisiologico-espiritual da humanidade.
Claro que há certos 'eventos' que de humano tem pouco, contudo não se deve exacerba-los.
A questão dos idosos é um "pau de dois bicos". É nisto que discordo.
Não vou elaborar mais a minha opinião, o que tinha a dizer está no post acima. Smile

Bem haja.
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MensagemAssunto: Re: O nosso futuro   O nosso futuro Icon_minitimeTer Fev 02, 2010 10:12 pm

Bem peço desculpa pela minha ausencia no meu proprio post (tenho andado atarefada com a faculdade).
Aproveito este tempinho para deixar a minha opinião.

Eu acho que todas as coisas com vida são compostas por fases. As plantas têm fases de vida, os animais têm fases de vida (assim como nós). Obviamente que certos elementos dessas fases se repetem ao longo das nossas vidas. As flores das árvores crescem todos os anos, assim como as suas folhas caem. Assim sendo, tambem as nossas flores crescem e as nossas folhas caem, nas suas devidas fases. Uma vez que tudo o que tem vida evolui nessas fases, o grande "recipiente" de vida terá as suas fases até à sua morte.

Não acredito que esse fim esteja para breve, acredito que passamos apenas uma fase má. Mas como sempre, é preciso todos os castelos cairem para se poderem construir novos. E nesta fase temos de construir uma nova identidade, uma nova forma de ver a vida e o mundo. Acredito na ideia da teoria das eras, em que se diz que estamos na era dos peixes (que começou penso eu com o nascimento de Jesus) e iremos entrar numa era dos aquários onde aprenderemos a viver de uma nova maneiras dadas as circunstancias. No fundo e como já referi, acredito que haverá uma grande mudança nas nossas vidas e terá de haver uma grande mudança nos ideais gerais das pessoas.
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MensagemAssunto: Re: O nosso futuro   O nosso futuro Icon_minitimeQua Fev 03, 2010 5:35 pm

As coisas começam a aquecer por aqui! Very Happy


Já tinha tentado responder a isto com um texto enorme mas por azar perdi tudo portanto vou ter de voltar a escrever Suspect

Como já foi referido aqui as coisas vão mal e o futuro avizinha-se negro... Mas nem tudo é mau e negativo. Contrariamente ao que referiu a Vampiria tem ocorrido bastante progressão* na forma de pensar da humanidade. Embora nunca tenha havido uma população humana tão grande e tão destrutiva e esteja claramente a ocorrer uma crise de valores (como referiu a Vamp com os idosos por exemplo) porque é que tal acontece?

Temos uma população tão grande porque já não existem guerras em tão larga escala nem tão sangrentas, a esperança média de vida é muito maior e uma grande percentagem dos recém nascidos e crianças sobrevive!

Não sabemos o que fazer com os nossos idosos porque as pessoas vivem muito mais tempo e logo obviamente há muito mais idosos!

Temos crise de valores porque não temos ninguem a dizer exactamente o que devemos fazer (governos absolutistas, instituições religiosas extremistas) e porque podemos pensar por nós próprios e exprimi-lo influenciando os outros, inclusive de países distantes! Temos liberdade de expressão, igualdade de direitos e democracia (por mais mal que funcione)!

Temos tantos divórcios porque as pessoas já não precisam de se sujeitar a um relacionamento forçado em que um mandava e o outro obedecia, e porque o casamento é entendido como uma procura da felicidade em conjunto e não como um contracto!

Claro que não vivemos numa utopia, nem tudo são rosas mas pelo menos temos pessoas a pensar nisto e podemos discuti-lo!

Temos politicos a falar sobre questões ambientais e de direitos humanos e, embora muitos o façam para servir os seus próprios interesses, pelo menos falam e ao falarem as pessoas ouvem! Por mais distorcido que seja o que eles transmitirem, há de haver alguem mais atento que vai pesquisar sobre o assunto, perceber como as coisas verdadeiramente são e agir, influenciar outros e mudar o rumo dos acontecimentos!





Eu não sou um optimista, estou desconfiado que ainda não chegamos ao fundo e que as coisas ainda vão piorar e não sei se alguma vez a população humana encontrará o utópico equilibrio e se não daremos cabo de nós próprios antes disso mas pelo menos faço o que posso para lutar contra o meu conformismo deixar este mundo um bocado melhor do que se eu não fizesse nada. Se algum dia uma parte significativa pensar da população humana dessa forma talvez consiga fazer a diferença. Está nas nossas próprias mãos determinar se caminhamos para a nossa própria destruição (e a deste mundo único e insubstituivel) ou se os nossos filhos e netos (e os filhos e netos deles) terão um lugar relativamente belo para viver.

Isto claro, se a dança dos interesses politicos não se tornar demasiado acesa e se não acontecerem reviravoltas grandes o suficiente para fazer as populações esquecerem estes idealismos (como um grande conflito internacional poderia fazer Rolling Eyes).






* Disse progressão e não evolução pois esta não significa que seja para melhor apenas para melhor adaptado ás condições actuais.
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MensagemAssunto: Re: O nosso futuro   O nosso futuro Icon_minitimeQua Fev 03, 2010 6:22 pm

Nietzsche dizia que evoluçao nao e sinónimo de elevaçao. Eu concordo Smile

Conseguem imaginar se por obra dos deuses ou de uma máquina do tempo, um punhado de guerreiros, druídas, camponeses, ou quaisquer homens ou mulheres do mundo antigo viessem dar um passeio a um dos nossos shoppings?

Provavelmente partiam-se a rir, ou pensavam que estava toda a gente doente e defeituosa. Pachorrentos, em má forma física, mal vestidos, com maus cortes de cabelo, completamente apáticos e apagados. O produto dos novos tempos!
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MensagemAssunto: Re: O nosso futuro   O nosso futuro Icon_minitimeQua Fev 03, 2010 7:17 pm

amartya disse:
Citação :
Acredito na ideia da teoria das eras, em que se diz que estamos na era dos peixes (que começou penso eu com o nascimento de Jesus) e iremos entrar numa era dos aquários onde aprenderemos a viver de uma nova maneiras dadas as circunstancias.

O teu post vai muito de encontro ao que disse, mas num conceito mais simples. Só não percebo em que se baseia a Teoria das Eras e aonde retiraste essa informação. Agradecia que me explicasses melhor. Smile


Signatus disse:
Citação :
Temos politicos a falar sobre questões ambientais e de direitos humanos e, embora muitos o façam para servir os seus próprios interesses, pelo menos falam e ao falarem as pessoas ouvem! ... Eu não sou um optimista, estou desconfiado que ainda não chegamos ao fundo e que as coisas ainda vão piorar e não sei se alguma vez a população humana encontrará o utópico equilibrio...

Exactamente, o mal da política é esse. Conheço um (ex)político, colega de turma e grande amigo meu que é uma excelente pessoa em todos os niveis, dizia verdades e denunciava muita porcaria em publico pelo que tanto recebia cartas de louvor do partido e de deputados do parlamento como também recebia ameaças. Teve que se afastar, contudo por mais que se diga de tudo sobre a política ela é um mal/bem/whatever necessário.


Aelle disse:
Citação :
Provavelmente partiam-se a rir, ou pensavam que estava toda a gente doente e defeituosa. Pachorrentos, em má forma física, mal vestidos, com maus cortes de cabelo, completamente apáticos e apagados. O produto dos novos tempos!

Não sei o que diriam de nós ou dos nossos costumes. Nesse sentido deixo este video, é o mais proximo disso que se consegue conceber:

https://www.youtube.com/watch?v=Q0kyGFWmHPI



Bem haja.
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MensagemAssunto: Re: O nosso futuro   O nosso futuro Icon_minitimeQui Fev 04, 2010 9:35 pm

Signatus escreveu:
Eu não sou um optimista, estou desconfiado que ainda não chegamos ao fundo e que as coisas ainda vão piorar e não sei se alguma vez a população humana encontrará o utópico equilibrio e se não daremos cabo de nós próprios antes disso mas pelo menos faço o que posso para lutar contra o meu conformismo deixar este mundo um bocado melhor do que se eu não fizesse nada. Se algum dia uma parte significativa pensar da população humana dessa forma talvez consiga fazer a diferença. Está nas nossas próprias mãos determinar se caminhamos para a nossa própria destruição (e a deste mundo único e insubstituivel) ou se os nossos filhos e netos (e os filhos e netos deles) terão um lugar relativamente belo para viver.

Concordo plenamente com o que dizes! Eu penso que se as pessoas pensassem que realmente existe um equilibrio, talvez as coisas funcionassem melhor. Pelo menos para mim, o equilibrio não é senão mais que as coisas positivas contra-balançrem as negativas. Temos imensas coisas boas e imensas coisas más, é pena que não liguemos àquelas que são realmente boas. Uma delas, para mim, é a ligação que devemos ter com a natureza, no fundo o homem passou para a cidade, mas nunca deixou a natureza continuamos a viver e a depender dela. Só quando soubermos valorizar o que temos de bom, para equilibrar com os aspectos negativos, é que estaremos em equilibrio.

Spectrum escreveu:
O teu post vai muito de encontro ao que disse, mas num conceito mais simples. Só não percebo em que se baseia a Teoria das Eras e aonde retiraste essa informação. Agradecia que me explicasses melhor.

Já nem me lembro bem, mas penso que foi um professor de filosofia que me falou nisto. Basicamente consiste numa relação entre o sol e as várias constelações, daqui a uns anos o Sol vai nascer à frente da constelação de aquários (actualmente estamos na de peixes). E existem várias teorias que dizem que a era de peixes começou com o nascimento da religião cristã (que, como sabem, causou inumeros problemas) e daqui a uns largos anos entraremos na era de aquários que marcará uma mudança no nosso pensamento e forma de viver. Obviamente que é só mais uma teoria. Mas achei curioso e tentei pesquisar mais sobre isto mas não encontrei assim nada de muito credivel.
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MensagemAssunto: Re: O nosso futuro   O nosso futuro Icon_minitimeSex Fev 05, 2010 6:26 pm

amartya escreveu:


Concordo plenamente com o que dizes! Eu penso que se as pessoas pensassem que realmente existe um equilibrio, talvez as coisas funcionassem melhor. Pelo menos para mim, o equilibrio não é senão mais que as coisas positivas contra-balançrem as negativas. Temos imensas coisas boas e imensas coisas más, é pena que não liguemos àquelas que são realmente boas. Uma delas, para mim, é a ligação que devemos ter com a natureza, no fundo o homem passou para a cidade, mas nunca deixou a natureza continuamos a viver e a depender dela. Só quando soubermos valorizar o que temos de bom, para equilibrar com os aspectos negativos, é que estaremos em equilibrio.

Não é só valorizar a natureza é percebermos que somos tão parte dela como qualquer outra creatura viva! Geralmente as pessoas que se acham mais distintas da natureza até acabam por ter comportamentos mais primitivos, de tanto se quererem achar superiores aos outros seres vivos e não compreenderem o que realmente são acabam por se comportar como bactérias.
Uma das razões pelas quais respeito mais as religiões pagãs, panteistas, xamanismos ou budismo do que as judaico-cristãs ou o islamismo é exactamente a diferença como se encara o lugar do ser humano no universo - como parte integrante no primeiro caso ou como senhor e explorador no segundo.
Mas a questão é muito anterior, houve alguem que escreveu que o maior erro da humanidade foi a invensão da agricultura e o sedentarismo, por exemplo na National Geographic deste mês saiu um artigo sobre um dos ultimos povos totalmente caçadores-recolectores e eles não têm lideres, estratificação social leis, conceito de propriedade para além do mais básico, guerras, e na linguagem deles não existem numeros maiores que 3 nem sequer têm palavras para definir horas, dias, ou meses (e obviamente nada que se pareça com stress). E certamente que, mesmo vivendo num ambiente hostil são muito mais felizes que o mediano ocidental afogado nos seus bens materiais e entretenimentos.....
Por termos tanto controlo sobre a natureza acabamos por nos esquecer que somos parte dela. Por acharmos a natureza assustadora e nos querermos proteger dela acabamos por criar um ambiente muitos mais hostil á nossa volta.
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MensagemAssunto: Re: O nosso futuro   O nosso futuro Icon_minitimeSex Fev 05, 2010 7:16 pm

Citação :

Não é só valorizar a natureza é percebermos que somos tão parte dela como qualquer outra creatura viva! Geralmente as pessoas que se acham mais distintas da natureza até acabam por ter comportamentos mais primitivos, de tanto se quererem achar superiores aos outros seres vivos e não compreenderem o que realmente são acabam por se comportar como bactérias.
Uma das razões pelas quais respeito mais as religiões pagãs, panteistas, xamanismos ou budismo do que as judaico-cristãs ou o islamismo é exactamente a diferença como se encara o lugar do ser humano no universo - como parte integrante no primeiro caso ou como senhor e explorador no segundo.
Mas a questão é muito anterior, houve alguem que escreveu que o maior erro da humanidade foi a invensão da agricultura e o sedentarismo, por exemplo na National Geographic deste mês saiu um artigo sobre um dos ultimos povos totalmente caçadores-recolectores e eles não têm lideres, estratificação social leis, conceito de propriedade para além do mais básico, guerras, e na linguagem deles não existem numeros maiores que 3 nem sequer têm palavras para definir horas, dias, ou meses (e obviamente nada que se pareça com stress). E certamente que, mesmo vivendo num ambiente hostil são muito mais felizes que o mediano ocidental afogado nos seus bens materiais e entretenimentos.....
Por termos tanto controlo sobre a natureza acabamos por nos esquecer que somos parte dela. Por acharmos a natureza assustadora e nos querermos proteger dela acabamos por criar um ambiente muitos mais hostil á nossa volta.

Valorizar a natureza é, para mim, exactamente isso que referiste
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MensagemAssunto: Re: O nosso futuro   O nosso futuro Icon_minitimeDom Fev 07, 2010 5:16 am

Curioso: uns dias antes de este tópico ter sido colocado, tinha estado a pensar em propor aqui uma discussão semelhante. A minha ideia ia mais no sentido de "Como seria a para ti a sociedade perfeita?", mas aqui também é capaz de se encaixar. Se não encaixar, façam o favor de me bater que eu passo isto para um novo tópico.

Eu não acho que estejamos a caminhar para a desgraça e aniquilação total. Acho que a Natureza a seu tempo fará o que tiver a fazer. E o que fizer será sempre o melhor. Confio nela. Smile
Há por aqui certamente quem saiba muito mais de biologia do que eu, e que provavelmente poderá confirmar que, quando uma espécie se torna dominante e não tem predadores num dado ambiente, multiplica-se enquanto os recursos de que necessita forem suficientes. A partir daí, esses recursos deixam de ter capacidade de reposição ou esgotam-se e a espécie dominante entra em recessão e acaba por degenerar. Acabará por ficar reduzida a um número de elementos muito inferior ao que havia inicialmente e/ou por se extinguir.

Ora, a continuarmos ao ritmo a que vamos agora, ainda é capaz de demorar mais uns valentes anos, durante os quais ainda talvez tenhamos tempo para aprender alguma coisa, mas em caso contrário, não perdemos pela demora.



Penso que todos concordamos que a sociedade baseada no modelo ocidental actual não é sustentável. Sedentarismo, vida de casa-trabalho-casa-consumismo-casa-trabalho-..., perda de identidade e de pertença a algo, individualismo, desrespeito pelo equilíbrio com a Natureza são alguns dos factores que causam essa insustentabilidade.

Pessoalmente, não tenho muita vontade em permitir que a espécie se fine só porque sim. E ultimamente tenho pensado com alguma regularidade em como seria uma sociedade "perfeita", uma sociedade em que eu gostasse realmente de viver. Em que mundo é que eu gostava de deixar a minha descendência, ou a descendência de quem nesse mundo vivesse, para que pudessem pensar: "Sim senhor, gosto disto!"? Qual a melhor das utopias?


Tenho algumas ideias, mas tenho a sensação de que ainda estão muito desarrumadas. Basicamente, a ideia seria pegar no melhor que o mundo moderno tem para nos oferecer, juntar-lhe o que de melhor o mundo antigo nos deixou e construir a partir daí uma "sociedade tradicional moderna".

- Imagino um regresso à construção "em extensão" em vez de em altura: tenho para mim que os prédios fazem mal às pessoas. Com habitações estilo uma casa/vivenda por família/agregado, o contacto pessoal entre todos seria privilegiado, em vez do individualismo do fecho entre as quatro paredes de um prédio.

- Recurso a tecnologias "sustentáveis": painéis solares, aproveitamento das força das correntes dos rios, do vento, etc., para produção de energia, ou para aproveitamentos mais directos, como, p.ex., moagem de trigo para fazer pão! Very Happy

- Dependência e comunhão com a Natureza: basicamente, seria uma sociedade muito mais rural. Os danos causados à Natureza deveriam ser compensados. Isto seria uma consequência do facto de dependermos muito mais da Natureza para obtermos os nossos recursos. Não haveria qualquer vantagem em destruir sem compensar essa destruição porque precisaríamos da Natureza para sobreviver.

- Não haveria perda da noção de propriedade privada. O moleiro venderia o seu pão, o agricultor venderia o trigo, o técnico de electrónica venderia e instalaria painéis solares e o jornalista ganharia com os anúncios que colocaria no seu canal de televisão transmitido em broadcast pela Internet. Mas ninguém morreria à fome por não saber fazer nada ou não ter o suficiente. No caso de haver alguem em dificuldades, os vizinhos poderiam "adoptá-lo". Caso não pudessem ou não quisessem, haveria uma "casa comum", onde se juntariam as pessoas que precisassem de ajuda. Não seriam olhados com desconfiança pelos demais, e haveria banquestes com todos, de tempos a tempos à lá aldeia do Astérix (sim, é daí que vem grande parte da inspiração para isto tudo Razz).

- Não se abandonariam os transportes públicos nem privados. Os carros "ecológicos" seriam uma boa solução para isto. As bicicletas seriam uma excelente opção para deslocamento rápido dentro da "aldeia". Os animais de carga também voltariam a ter a sua utilidade para transporte de materiais pesados daqui para ali (?).


Há muitos problemas e imperfeições nesta concepção da sociedade.
- Todos queremos sempre mais e queremos sentir-nos realizados com conquistas que vamos fazendo. Numa concepção "fixa", isto torna-se difícil de encaixar.

- Por outro lado, seria muito difícil tornar uma sociedade destas completamente independente da sociedade actual. Houve já várias tentativas, notoriamente com o movimento "hippie" a partir dos anos 60. No entanto, parece-me que os adeptos deste movimento foram mais na onda do "deixa andar" do que propriamente de querer desenvolver algo realmente sustentável e com futuro.

- Eu quero, e de certeza que muito mais gente quer, conhecer mais coisas "lá fora". Tanto a nível nacional como internacional. Para isto, é preciso haver dinheiro, e é preciso haver poder de compra para o fazer. Como gerar dinheiro sem ser de forma hipócrita, com grande dependência no sistema actual?




O que vos parece? Gostava de saber mais opiniões e ideias sobre isto, até porque esta ideia ainda está uma grande salganhada na minha cabeça (como se deve notar pelo maravilhoso post). scratch lol!
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MensagemAssunto: Re: O nosso futuro   O nosso futuro Icon_minitimeDom Fev 07, 2010 12:03 pm

Na minha opinião não podemos de todo voltar atrás no tempo, isso seria impossível. Não devemos adoptar costumes antigos tal e qual como são mas sim adaptar à sociedade de hoje em dia. Se reparares bem e fores a um hipermercado tens zonas e basicamente é o produtor que te vende esses produtos. Já te imaginaste a percorrer uma cidade inteira para comprares a tua lista de compras para a semana? Para mim não seria nada prático. Muito menos agora, que não vivemos maioritariamente em vilas com campos agrícolas.

Mas sim, eu acho que deveríamos pegar em costumes tradicionais e adaptá-los à nossa ciência e tecnologia. Falo um pouco do campo da arquitectura que estou um pouco mais familiarizada. Neste momento os arquitectos ditos sustentáveis, ou seja, que fazem a eco-arquitectura estudam os sistemas construtivos tradicionais para adaptar às tecnologias construtivas de hoje em dia.

O facto de termos uma vida casa-trabalho-casa-consumismo-trabalho-casa não significa que não possamos admirar e respeitar a natureza. Convem até que sejamos consumistas, mas não em excesso! E convem que comecemos a olhar para nós próprios e em vez de consumirmos algo que foi/é prejudicial para a natureza passemos a consumir algo que será benéfico para a natureza.

Eu penso que a nossa sociedade, apesar de tudo, caminha para um maior equilíbrio. Não acho que a sociedade esteja horrível, veja-se que cada vez mais pessoas têm costumes mais ambientalistas (como o exemplo mais básico, reciclar).

Concordo contigo naquilo que dizes sobre a espécie predominante. Mas imaginemos que seriamos como as sociedades antigas (não consumíamos em excesso aquilo a natureza nos dá e é incapaz de recompor) muito provavelmente haveria mais e mais guerras, porque os diferentes povos iriam querer os territórios mais férteis. Não acho que este cenário seja melhor que o de hoje em dia, caso não mudássemos a nossa forma de viver iríamos estar sempre em guerras até à nossa extinção. Por isso é que na nossa evolução mudámos e universalizamos as coisas. Acho muito mais interessante poder ter produtos do oriente comercializáveis em todo o lado sem ter de ir de espada à cinta para ocupar os territórios deles.

A única coisa que a nossa sociedade tem de mudar, urgentemente, é começar a pensar mais na natureza. Eu costumo dizer que a natureza é a nossa primeira casa, porque estamos sempre sempre sempre em contacto com ela (mesmo na cidade) e a casa onde habitamos é a nossa segunda, porque é onde passamos mais tempo a seguir à natureza. Por isso temos de pensar em preservar a nossa primeira casa como preservamos a nossa. Se a nossa segunda casa ruir temos sempre algum sitio na natureza…mas se for a primeira casa a ruir...cai tudo o resto. E é nisto que a sociedade tem de pensar, em vez de pensar que está tudo bem e nada vai acontecer. Temos de saber preservar os nossos bens.

Tudo o resto é inerente ao animal que é o homem e isso não se controla, faz parte do que a nossa espécie foi e é hoje em dia.
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MensagemAssunto: Re: O nosso futuro   O nosso futuro Icon_minitimeDom Fev 07, 2010 5:06 pm

amartya escreveu:
Na minha opinião não podemos de todo voltar atrás no tempo, isso seria impossível. Não devemos adoptar costumes antigos tal e qual como são mas sim adaptar à sociedade de hoje em dia. Se reparares bem e fores a um hipermercado tens zonas e basicamente é o produtor que te vende esses produtos. Já te imaginaste a percorrer uma cidade inteira para comprares a tua lista de compras para a semana? Para mim não seria nada prático. Muito menos agora, que não vivemos maioritariamente em vilas com campos agrícolas.
Nem eu acho que seja viável nem sequer racional regredir no tempo. Nem sequer me passou pela cabeça acabar com o conceito de mercado nem sequer de super-mercado. A minha ideia seria uma adaptação do melhor dos dois mundos: moderno e antigo, e não uma encenação de um nem de outro.


amartya escreveu:

Mas sim, eu acho que deveríamos pegar em costumes tradicionais e adaptá-los à nossa ciência e tecnologia. Falo um pouco do campo da arquitectura que estou um pouco mais familiarizada. Neste momento os arquitectos ditos sustentáveis, ou seja, que fazem a eco-arquitectura estudam os sistemas construtivos tradicionais para adaptar às tecnologias construtivas de hoje em dia.
A minha ideia seria precisamente adaptar esta noção a todos ou tantos campos da nossa vivência quantos fosse possível.

amartya escreveu:
(...) Eu penso que a nossa sociedade, apesar de tudo, caminha para um maior equilíbrio. Não acho que a sociedade esteja horrível, veja-se que cada vez mais pessoas têm costumes mais ambientalistas (como o exemplo mais básico, reciclar).
Eu não acho que estejamos a caminhar para um equilíbrio. Provavelmente (ainda) não te vês nessa situação, e pessoalmente, eu também não o sinto muito na pele, mas custa-me mesmo muito falar com amigos e conhecidos, com cursos superiores ou não e vê-los a ter que lutar todos os dias para tentar conseguir dinheiro suficiente para sequer compensar as suas despesas mensais. E depois de conseguirem amealhar algum, ser ridiculamente pouco e não ser suficiente sequer para pensarem em constituir algo seu. E isto não acontece só com os meus amigos e conhecidos. Aparentemente, mais de 1 em cada 10 portugueses actualmente estão desempregados. Com uma população envelhecida e um país onde nem sequer os imigrantes querem viver, não me parece uma situação de todo "a caminho do equilíbrio".

Eu não acho que o problema principal da sociedade ocidental actual tenha como causa única a falta de ambientalismo. Tal como indiquei antes, o sedentarismo, a perda de identidade, o individualismo, e a própria falta de ambientalismo são algumas das causas e simultaneamente consequências da forma como encaramos a vida e os objectivos a que nos propomos. Atacar apenas uma delas não me parece ser suficiente.

O que "propus" não teria apenas o objectivo de formar uma sociedade amiga da natureza. A ideia seria a formação de uma sociedade unida, com uma identidade e objectivos bem definidos, onde todos fossem fortes e felizes. O equilíbrio com a Natureza seria "apenas" uma das consequências e simultaneamente um dos pilares fundamentais para essa civilização.

amartya escreveu:

(...) os diferentes povos iriam querer os territórios mais férteis. Não acho que este cenário seja melhor que o de hoje em dia, caso não mudássemos a nossa forma de viver iríamos estar sempre em guerras até à nossa extinção
O problema da competitividade (de onde surgiriam as guerras por locais melhores para habitar) é um dos que acho que não se encontra totalmente coberto pela aproximação que imagino. Não consigo conceber que sem competitividade consigamos atingir a felicidade plena, mas não consigo conceber como pode ser possível limitar essa competitividade para que não choque com a felicidade dos outros.

amartya escreveu:

Por isso é que na nossa evolução mudámos e universalizamos as coisas. Acho muito mais interessante poder ter produtos do oriente comercializáveis em todo o lado sem ter de ir de espada à cinta para ocupar os territórios deles.
Nada impediria que isso acontecesse nem nada justificaria termos de andar à marretada aos orientais para obtermos esses produtos. Seria "apenas" necessário que houvesse uma rede de transportes sustentável para o providenciar.



Entretanto lembrei-me de outro exemplo: as comunidades Amish nos EUA. Estudar estas comunidades parece ver um filme sobre a América dos anos 1800. Assisti há tempos a um documentário sobre uma delas: não se importavam com o facto de se vestirem quase todos de igual nem de praticamente não terem contacto com o mundo exterior. Aliás, sentiam que o tinham na dose suficiente e não sentiam falta de maior contacto do que o que tinham. Não sei até que ponto se interessam pelo seu equilíbrio com a Natureza nem onde vão buscar tudo o que necessitam para se manterem sustentáveis relativamente ao mundo exterior (alguns tinham carros, telemóveis, televisões, ...). Por outro lado, sustentam-se em autoridades religiosas, responsáveis por manter a sua sociedade em "ordem" (a "sua" ordem). Toda a gente que ali falou me parecia feliz demais. Sê-lo-iam mesmo ou haveria muita coisa escondida por detrás daquela fachada? Tudo aquilo me pareceu-me um bocado surreal...
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MensagemAssunto: Re: O nosso futuro   O nosso futuro Icon_minitimeSeg Fev 08, 2010 2:54 am

Futuro... Sociedade... Humanidade... Três lindos conceitos, que não deixam de ser uma dor de cabeça filosófica para muitos filósofos e 'pseudo-filósofos'.
O que esperar de uma sociedade no futuro? Hmmm... Acho que temos de primeiro, perguntarmo-nos em que estado se encontra a sociedade actual o que, não é muito complicado presumir algo visto que acho, que a opinião geral é um tanto... depreciativa digamos.
O meu maior descontentamento, é o ser humano em si. O que não falta, são pessoas dotadas de umas moralidades relativamente peculiares demasiado egossintónicas para, fomentar óptimos relacionamentos interpessoais.
Estamos aqui a discutir o futuro utópico da humanidade idealisando normas, condutas, ambientes e até mesmo 'politicas' contudo pouco se falou no essencial: o ser humano em si, que tem pulsões, pensa e age. Não será mais produitivo reflectirmos nele? Só mesmo por uns instantes.
Na minha opinião para termos perspectivas para o futuro, temos de estar conscientes do presente e em vez de começarmos a condenar os 'grandes actos' nocivos deste 'humilde' ser deveremos, reflectir primeiro nos 'pequenos actos'. Quais? Podemos começar pela escabrosa atitude que temos uns com os outros: mente-se, engana-se, goza-se, desconfia-se entre outras particularidades banais. Há quem diga que isso é algo natural, que faz parte. Pessoalmente não considero que isso tenha de ser o "pão nosso de cada dia" ou que tenha de fazer parte da vida de qualquer um. Não há necessidade para coisas como hipócrisias, as pessoas só o são porque o querem. A verdade é muito mais recompensadora, "a verdade liberta".

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MensagemAssunto: Re: O nosso futuro   O nosso futuro Icon_minitimeSeg Fev 08, 2010 5:46 am

A hipocrisia é algo inerente ao ser humano, pois ninguém gosta de ser mal visto ou posto de parte devido a divergências.
As pessoas pensam no futuro com algum optimismo, decidindo ir melhorando as coisas, mas o tempo passa e o futuro já foi. O passado serve para rewcordar e nos lembrar do que fizemos, para que melhoremos. O futuro é uma página em branco e deve-se escrever nela sem borrões. A geração do futuro quer proteger mais o ambiente e implementam-se ideias ecologistas nas crianças; contudo, o mal já está feito e, por mais melhoras que hajam, o ser humano descobrirá novas formas de destruição e não poderá impedir o que já provocou.
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MensagemAssunto: Re: O nosso futuro   O nosso futuro Icon_minitimeSex Fev 26, 2010 8:14 pm

(Peço desculpa, novamente, pelo meu desaparecimento)

Citação :
Eu não acho que o problema principal da sociedade ocidental actual tenha como causa única a falta de ambientalismo. Tal como indiquei antes, o sedentarismo, a perda de identidade, o individualismo, e a própria falta de ambientalismo são algumas das causas e simultaneamente consequências da forma como encaramos a vida e os objectivos a que nos propomos. Atacar apenas uma delas não me parece ser suficiente.

O que "propus" não teria apenas o objectivo de formar uma sociedade amiga da natureza. A ideia seria a formação de uma sociedade unida, com uma identidade e objectivos bem definidos, onde todos fossem fortes e felizes. O equilíbrio com a Natureza seria "apenas" uma das consequências e simultaneamente um dos pilares fundamentais para essa civilização.

Era precisamente o que queria dizer mas na minha opinião a falta de ambientalismo não é só nao reciclarmos, gastarmos demasiada água, continuarmos a poluir e por aí fora mas sim esquecermos de onde viemos!! E aí temos um encontro de opiniões como o individualismo, que cada vez se perde mais; com a perda de identidade, o sedentarismo, tudo isto, na minha opinião advém da falta de ambientalismo (vulgo esquecimento das nossas origens)

Citação :
Podemos começar pela escabrosa atitude que temos uns com os outros: mente-se, engana-se, goza-se, desconfia-se entre outras particularidades banais. Há quem diga que isso é algo natural, que faz parte. Pessoalmente não considero que isso tenha de ser o "pão nosso de cada dia" ou que tenha de fazer parte da vida de qualquer um. Não há necessidade para coisas como hipócrisias, as pessoas só o são porque o querem. A verdade é muito mais recompensadora, "a verdade liberta".

Por um lado é uma coisa natural, uma vez que somos humanos e muitas das vezes esses actos de traições, mentiras, gozoz são inconscientes. Obviamente que é de lamentar que tal aconteça, uma vez que somos seres racionais deveriamos ter uma maior capacidade para controlar os nossos instintos. Sou da mesma opinião que tu, a verdade liberta
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