Folk Lusitânia Folk, Neo-clássico, New Age, World Music, Darkwave, Medieval, Música Étnica, Folk Metal, Symphonic Metal, Dark Ambient, Neofolk, Marcial. |
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| Porque gostamos mais do estrangeiro do que do nacional? | |
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+13Ceinwyn Floresta PatStoff Averróis Aelle Signatus Vampiria Anttï Tonnïeekøs Fundador (ex-Váli) Kraft durch Freude Glam Olaf Azmun-Biköh Tulcakelumë 17 participantes | |
Autor | Mensagem |
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Tulcakelumë Cavaleiro/Dama
N. de Mensagens : 159 Idade : 33 Local : Évora Raça : Anão Elemento : Terra/Rocha Deus : Deméter (Terra/Natureza/Estações) Cor : Castanho
| Assunto: Porque gostamos mais do estrangeiro do que do nacional? Sex Jun 25, 2010 3:55 pm | |
| É certo que há um sentimento generalizado de que o que há lá fora nos fascina mais que o que há cá dentro. Desde música, paisagens, cultura, línguas, sempre há um fascínio. Eu pessoalmente também me interesso pelo que há lá fora, afinal há tanta coisa para descobrir. Mas se virmos bem, o noso país também tem muita riqueza cultural e paisagística que é capaz de rivalizar com os nossos destinos de sonho.
Num caso concreto, vou falar das paisagens: a Escandinávia possui uma beleza mágica que me atrai; a Grã-Bretanha e a Irlanda emanam cores fortes e alegres; florestas da Europa Central despertam nostalgia pelo passado.
Mas no fim de contas, esse fascínio foi incutido por produções cinematográficas, documentários e toda uma série de produções que se foca nesses espaços, mistificanto e enaltecendo a sua beleza.
Na minha opinião, embora gostasse de visitar os espaços referidos, o nosso país tem tanta riqueza para oferecer que está ao nível do que estes espaços têm para oferecer. Basta percorrê-lo a nosso gosto, sem seguir caminhos pré-definidos.
Qual a vossa opinião sobre o assunto? O que preferem? Sejam livres de acrescentar temáticas que não referi, cingindo ao tópico.
Sobre a cultura, debaterei mais adiante. | |
| | | Olaf Azmun-Biköh Sacerdote/Sacerdotisa
N. de Mensagens : 257 Idade : 34 Local : Évora Raça : Hobbit Elemento : Terra/Rocha Deus : Cronos (Tempo/Ordem/Lei) Cor : Azul Escuro
| Assunto: Re: Porque gostamos mais do estrangeiro do que do nacional? Sex Jun 25, 2010 4:22 pm | |
| É questão de tacanhice e preconceito em abraçar a nossa cultura e costumes. Hoje em dia os jovens estão-se "cagando" para o que o país foi e o que resta dessa altura. Mas se formos a ver, não acontece só cá; já falei com muitos finlandeses que se riem quando eu digo que as melhores bandas vêm da Finlândia. Acham o folk horrível e piroso (assim como nós rebaixamos a música pimba), e preferem as bandas estrangeiras. É um estigma que existe em todos os países e não só no nosso, e assim vai ser. | |
| | | Glam Deus(a) do Sol (administração)
N. de Mensagens : 902 Idade : 39 Raça : Fada Elemento : Sombra Deus : Hermes (Engenho/Pensamento/Arte) Cor : Azul Escuro
| Assunto: Re: Porque gostamos mais do estrangeiro do que do nacional? Sáb Jun 26, 2010 6:16 pm | |
| Gosto bastante do nosso Portugal... Estou sempre curiosa por conhecer os locais que restam da nossa história (como a muralha de Monsaraz, por exemplo), entre outros exemplos de "passeio" que podia dar. É claro que o estrangeiro também me fascina por isto e por aquilo e referes muito bem a propaganda dos media (sejam filmes, reportagens, etc).
Penso que a forma como valorizamos as coisas (sejam nacionais ou estrangeiras) relaciona-se muito com a informação e cultura que adquirimos, não esquecendo também o tão tradicional ditado "a galinha do vizinho é sempre melhor que a minha".
Antes de conhecer melhor a música portuguesa, eu tinha uma ideia mesmo muito negativa desta. Actualmente, acho que estamos melhor que os Espanhóis em vários géneros... mas não passa de uma opinião que se baseia demasiado naquilo que sei do nosso país e do país vizinho, bem como os meus gostos musicais, tendo a subjectividade que lhe é inerente. | |
| | | Olaf Azmun-Biköh Sacerdote/Sacerdotisa
N. de Mensagens : 257 Idade : 34 Local : Évora Raça : Hobbit Elemento : Terra/Rocha Deus : Cronos (Tempo/Ordem/Lei) Cor : Azul Escuro
| Assunto: Re: Porque gostamos mais do estrangeiro do que do nacional? Sáb Jun 26, 2010 6:25 pm | |
| - Glam escreveu:
Antes de conhecer melhor a música portuguesa, eu tinha uma ideia mesmo muito negativa desta. Actualmente, acho que estamos melhor que os Espanhóis em vários géneros... mas não passa de uma opinião que se baseia demasiado naquilo que sei do nosso país e do país vizinho, bem como os meus gostos musicais, tendo a subjectividade que lhe é inerente. Partilho essa opinião contigo... temos cá muita coisa com qualidade que nem sabemos que existe. | |
| | | Kraft durch Freude Herói/Heroína mitológic@
N. de Mensagens : 2054 Raça : Ent/Povo das Árvores Deus : Ares (Guerra/Heroísmo/Conquista)
| Assunto: Re: Porque gostamos mais do estrangeiro do que do nacional? Dom Jun 27, 2010 2:27 am | |
| Eu não gosto mais do que é estrangeiro do que o nacional. E custa-me entender essa visão que muita gente tem, de que o que é feito cá não tem valor. Gosto do que me faz sentir bem, venha de onde vier. Vem muita coisa de fora de que gosto. E tal como muitos de vocês, tenho descoberto imensas coisas de cá de que gosto. Para além do meu gosto pessoal, sinto que é meu dever apoiar o que é "nosso", tal como acho que toda a gente deve apoiar aquilo que é seu e dos seus. Lembrei-me de um documentário que vi há tempos, penso que era sobre o Nepal. Os miúdos mais novos estão-se a desinteressar de forma radical da sua cultura. Os mais velhos culpam a televisão: foi introduzida muito recentemente e trouxe uma data de coisas novas a que aquele povo nunca tinha tido acesso. Têm de lidar agora com problemas até há pouco desconhecidos por eles: drogas, delinquência, desrespeito pelos superiores e pelas tradições... Nada (ou muito pouco) do que caracteriza aquele povo há milénios interessa à (maioria da) nova geração. Soa-vos familiar? Ao mesmo tempo, a região tem um potencial fora de série para o turismo. O equilíbrio com que têm vivido com a Natureza e a conservação milenar das tradições são os argumentos que podiam puxar milhares de turistas... Supõe-se que, se não houver mudanças significativas nas mentalidades dos mais novos, dentro de poucas gerações também isto se perderá. Glam: a muralha de Monsaraz é de quando? Fez-me lembrar a fortaleza de Montségur (França), do século XVII: | |
| | | Fundador (ex-Váli) Deus(a) do Sol (administração)
N. de Mensagens : 2041 Idade : 35 Local : Lisboa Raça : Ent/Povo das Árvores Elemento : Madeira Deus : Poseidon (Mar/Ideologia/Sonho) Cor : Verde
| Assunto: Re: Porque gostamos mais do estrangeiro do que do nacional? Dom Jun 27, 2010 11:00 am | |
| Um dos motivos pelo qual o povo português não tem mais dinheiro e exactamente o seu carácter consumista estrangeirista. Se tivéssemos mais dinheiro nas mãos (o que não e difícil basta alterar alguns impostos sobre a gasolina e o IVA e os preços das coisas baixava quase para metade) os portugueses gastariam de imediato o dinheiro em mobília sueca, telemóveis finlandeses, carros alemães, roupa francesa, iriam de ferias para todo lado excepto para a madeira e os açores, electrodomésticos japoneses etc. Já recebemos por exemplo ajudas da união europeia para a agricultura e em vez de investirmos gastamos em futilidades. Assim e preferível fazer o que o nosso governo esta a fazer que e tirar dinheiro do contribuinte para o estado e investir obras publicas, pelo menos o dinheiro fica em circulação cá. Outro pormenor e que sempre que entramos numa loa chinesa estamos fora de Portugal, assim como quando entramos num modelo ou Lidl.
Obviamente que o Primeiro-ministro não pode incentivar ao consumo nacional porque se o resto da Europa fizesse o mesmo nos ficaríamos sem turismo por exemplo, hihi mas podemos nos aumentar o nosso produto interno bruto basta termos cuidado onde vamos e passar a mensagem.
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| | | Olaf Azmun-Biköh Sacerdote/Sacerdotisa
N. de Mensagens : 257 Idade : 34 Local : Évora Raça : Hobbit Elemento : Terra/Rocha Deus : Cronos (Tempo/Ordem/Lei) Cor : Azul Escuro
| Assunto: Re: Porque gostamos mais do estrangeiro do que do nacional? Dom Jun 27, 2010 11:06 am | |
| É triste de facto o que o Váli referiu. Li não sei onde que se cada pessoa consumisse um mínimo de x euros (não me lembro o valor, mas era muito pouco) de produtos nacionais por ano a nossa situação melhorava imenso... mas não, "se é português deve ser uma porcaria tipo marca branca, compremos mas é o espanhol." | |
| | | Fundador (ex-Váli) Deus(a) do Sol (administração)
N. de Mensagens : 2041 Idade : 35 Local : Lisboa Raça : Ent/Povo das Árvores Elemento : Madeira Deus : Poseidon (Mar/Ideologia/Sonho) Cor : Verde
| Assunto: Re: Porque gostamos mais do estrangeiro do que do nacional? Dom Jun 27, 2010 11:12 am | |
| E se fizéssemos uma circular pelo menseger. Eu vou fazer depois coloco aqui para vocês passarem tb | |
| | | Anttï Tonnïeekøs Discípulo/Discípula
N. de Mensagens : 16 Local : Raik Tapartah Raça : Hobbit Elemento : Terra/Rocha Deus : Cronos (Tempo/Ordem/Lei) Cor : Azul Escuro
| Assunto: Re: Porque gostamos mais do estrangeiro do que do nacional? Dom Jun 27, 2010 11:34 am | |
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| | | Fundador (ex-Váli) Deus(a) do Sol (administração)
N. de Mensagens : 2041 Idade : 35 Local : Lisboa Raça : Ent/Povo das Árvores Elemento : Madeira Deus : Poseidon (Mar/Ideologia/Sonho) Cor : Verde
| Assunto: Re: Porque gostamos mais do estrangeiro do que do nacional? Dom Jun 27, 2010 11:43 am | |
| eheh ja fiz ficou assim: - Citação :
Aumenta o produto interno bruto português,
compra o que e nacional.
Podes ajudar a aumentar o produto interno bruto português e reduzir o défice do estado, basta que para isso optes por produtos nacionais em vez de estrangeiros e evites ir de férias para fora. Assim ficara mais dinheiro em circulação em Portugal aumentando o PIB per capita, ou seja, o dinheiro que cada português possui em média.
Uma pequena quantidade e suficiente para ter impactos imensos na nossa economia.
O nosso primeiro-ministro não pode fazer nada porque se os outros países fizerem o mesmo ficamos sem turismo, mas nos podemos passar a mensagem entre nos. | |
| | | Tulcakelumë Cavaleiro/Dama
N. de Mensagens : 159 Idade : 33 Local : Évora Raça : Anão Elemento : Terra/Rocha Deus : Deméter (Terra/Natureza/Estações) Cor : Castanho
| Assunto: Re: Porque gostamos mais do estrangeiro do que do nacional? Dom Jun 27, 2010 2:36 pm | |
| - Olaf Azmun-Biköh escreveu:
- É triste de facto o que o Váli referiu. Li não sei onde que se cada pessoa consumisse um mínimo de x euros (não me lembro o valor, mas era muito pouco) de produtos nacionais por ano a nossa situação melhorava imenso... mas não, "se é português deve ser uma porcaria tipo marca branca, compremos mas é o espanhol."
Já tinha ouvido falar nisso há tempos e quis mesmo seguir esse ideal, mas acontece que não tenho sustento próprio ( ) e infelizmente o nacional é caro, devido, está claro, às importações de produtos que se vendem mais barato. E o ciclo não pára de crescer. | |
| | | Glam Deus(a) do Sol (administração)
N. de Mensagens : 902 Idade : 39 Raça : Fada Elemento : Sombra Deus : Hermes (Engenho/Pensamento/Arte) Cor : Azul Escuro
| Assunto: Re: Porque gostamos mais do estrangeiro do que do nacional? Dom Jun 27, 2010 3:52 pm | |
| - Kraft durch Freude escreveu:
Glam: a muralha de Monsaraz é de quando? Fez-me lembrar a fortaleza de Montségur (França), do século XVII:
Excelente observação! Respondendo à tua pergunta: - Citação :
- Durante as Guerras de Restauração, devido à proximidade de Monsaraz com o Guadiana e a fronteira espanhola, a Coroa mandou edificar uma nova fortaleza em redor da vila, utilizando o sistema franco-holandês, ou de Vauban.
Retirado daqui. | |
| | | Kraft durch Freude Herói/Heroína mitológic@
N. de Mensagens : 2054 Raça : Ent/Povo das Árvores Deus : Ares (Guerra/Heroísmo/Conquista)
| Assunto: Re: Porque gostamos mais do estrangeiro do que do nacional? Dom Jun 27, 2010 4:14 pm | |
| Portanto, 1600 e qualquer coisa. Estou surpreendido comigo mesmo. A Wikipédia parece confirmar: - Citação :
- No contexto da Guerra da Restauração da independência portuguesa, devido à proximidade com o rio Guadiana e a fronteira da Espanha, o Conselho de Guerra de D. João IV (1640-1656) determinou a modernização das suas defesas, envolvendo a vila com muralhas adaptados aos tiros da artilharia da época, recebendo traços abaluartados ao estilo Vauban, com projeto de Nicolau de Langres e Jean Gillot: o Forte de São Bento de Monsaraz.
A propósito do offtopic: a fortaleza de Montségur (ou o castelo que naquele local havia antes dela), é um dos (imensos) locais onde se diz que pode estar o Santo Gral. | |
| | | Vampiria Rei/Rainha
N. de Mensagens : 1234 Local : Ilha dos Sonhos Raça : Druida/Feiticeiro Elemento : Terra/Rocha Deus : Deméter (Terra/Natureza/Estações) Cor : Roxo
| Assunto: Re: Porque gostamos mais do estrangeiro do que do nacional? Seg Jun 28, 2010 3:11 pm | |
| Eu acho que não é uma questão de gostarmos mais do que é estrangeiro, mas antes porque muitos dos produtos vindos lá de fora são mais baratos e, em tempo de crise, as pessoas têm que fazer contas à vida.
Quanto ao país, devemos sem dúvida conhecer o que é nosso, mas as pessoas também têm curiosidade em conhecer outros locais, faz parte do ser humano, e se formos a ver bem uma vida não nos chega para conhecermos o mundo. Por isso, as pessoas optam e acabam por fazer férias no estrangeiro.
Só se fossemos muito ricos é que conseguiríamos conhecer o nosso país e resto do mundo. | |
| | | Signatus Deus(a) da Lua (moderação)
N. de Mensagens : 2724 Idade : 36 Local : Ofiussa Raça : Lobitroll Elemento : Terra/Rocha Deus : Deméter (Terra/Natureza/Estações) Cor : Verde
| Assunto: Re: Porque gostamos mais do estrangeiro do que do nacional? Seg Jun 28, 2010 5:36 pm | |
| Já dizia a sabedoria popular: "A galinha da minha vizinha é sempre melhor que a minha". Eu cá, acho que em vez de refilar devemos fazer algo por aquilo que acreditamos por isso tento sempre que possa comprar produtos nacionais e de preferência (quando posso escolher) de produção justa e amiga do ambiente. Claro que vou muito rapidamente á falência á pala disso | |
| | | Aelle Mestre
N. de Mensagens : 748 Idade : 41 Raça : Hobbit Elemento : Terra/Rocha Deus : Cronos (Tempo/Ordem/Lei) Cor : Azul Escuro
| Assunto: Re: Porque gostamos mais do estrangeiro do que do nacional? Seg Jun 28, 2010 7:56 pm | |
| Ora bem, esta pergunta é muito vaga!
Será que o português médio que tem hoje entre 50 e 60 anos tem alguma coisa a ver com a nossa geração? dos 20 aos 30 anos? Muito pouco.
E estamos a referir-nos a quê? Ao modus vivendi de um povo? À sua cultura? Ao seu clima? Nunca mais saía daqui.
Em todo o caso, o Português comum é bastante inculto, inseguro, e influenciável. O problema nem é preferir o que é estrangeiro. O problema é que prefere os maus estrangeiros! A malta que vai passar férias "ao estrangeiro", a que estrangeiro nos estamos a referir? Acham que vão à Escandinávia? Ou à Áustria? Ou à Rússia? Os poucos que querem conhecer a Europa, portugueses de classe média alta, ficam-se por alguns clichés, como Roma, Paris, Londres e Berlim! O pessoal quer é praia! Brasil, Cuba, Caraíbas, etc. O que é irónico, porque país quente, e de praia já somos nós. É tão imbecil como um russo ir passar férias ao Canadá para ver neve!
Quanto aos consumo, que também se falou. A origem dos produtos. Penso que aí, funciona o preço. Eu por acaso, faço questão de comprar o que é português. Até porque confio mais; são de muito maior qualidade que os espanhóis, e outros.
Mais grave que isso é a enorme falta de patriotismo, e de personalidade que tem a maioria dos Portugueses actualmente. Não se compreende Portugal como a nossa nação, a nossa família, a nossa casa. Mas sim como uma loja, um estabelecimento comercial gigantesco. E como não estamos satisfeitos com os serviços da loja, já toda a gente diz nas sondagens que quer ser espanhol, ou quer o federalismo europeu, etc.
Isso justifica-se, porque o regime "democrático" é podre na sua essência (não passa de uma oligarquia partidária corrupta.), e a nossa sociedade civil pós Estado-Novo, bem como a nossa Economia Privada, é muito frágil. E igualmente corrupta!
No entanto, a apatia da generalidade do nosso povo, principalmente os jovens, não tem justificação. Aprendamos com os alemães, que tiveram um século XX mais que esquizofrénico, e no entanto, nunca quiseram deixar de ser alemães, e de lutar pela sua pátria. Ou pátrias, quando eram duas Alemanhas! É caso para citar Kennedy:
"Don't ask what your country can do for you, ask what you can do for your country." | |
| | | Averróis Deus(a) da Lua (moderação)
N. de Mensagens : 3508 Idade : 825 Local : Córdoba
| Assunto: Re: Porque gostamos mais do estrangeiro do que do nacional? Qua Jun 30, 2010 4:14 am | |
| Acho que é fácil responder a essa pergunta. Mais difícil é engolir as evidências, porque há um choque de ideias: Custa-nos a admitir que as fronteiras não passam de meras linhas invisíveis que não existem em mais lado nenhum senão na nossa cabeça e, por vezes, estamos tão convencidos do contrário que nos esquecemos que o mundo em que vivemos é só um, indivisível, mesmo com tantos rios e oceanos, tudo o que existe é coerente no seu conjunto, como uma peça de um puzzle.
É normal parecer que gostamos mais do estrangeiro que do nacional. Afinal estamos a comparar um minúsculo pedaço de terra com a restante (abismal) massa do planeta... Isto é tão verídico por cá, como é para os russos, mesmo sabendo que eles vivem no país mais extenso do mundo, ou para os Mongóis do tempo do grande Império Mongol (o maior Império de sempre em termos de extensão geográfica).
O nosso mundo é tão diversificado e tem tantas atracções tão diferentes entre si que só pode ser incauto e ingénuo achar que Portugal pode rivalizar com tudo o resto em simultâneo... Cada ponto geográfico é especial à sua maneira. É assim que vejo as coisas.
Pessoalmente acho compatível admitir isso com o carinho que sentimos pela nação onde nascemos. Não é sinal de desprezarmos a nossa nação: É sinal de valorizarmos o nosso planeta como um todo. É mostrar um pouco a pessoa cosmopolita que vive dentro de nós. | |
| | | PatStoff Guerreiro/Guerreira
N. de Mensagens : 29 Idade : 31 Local : Lisboa Raça : Hobbit Elemento : Terra/Rocha Deus : Cronos (Tempo/Ordem/Lei) Cor : Azul Escuro
| Assunto: Re: Porque gostamos mais do estrangeiro do que do nacional? Ter Jul 06, 2010 6:51 pm | |
| Em relação a musica Não é bem assim temos bandas nacionais que são muito boas Em relação a outras coisas paralelas a musica eu confesso que para mim muitas vezes o que é nacional é mau porque os portugueses são muito fechados no que toca a expandir horizonte e reflecte-te actualmente como isto anda | |
| | | Floresta Herói/Heroína mitológic@
N. de Mensagens : 2477 Idade : 35 Local : Lisboa Raça : Ent/Povo das Árvores Elemento : Terra/Rocha Deus : Cronos (Tempo/Ordem/Lei) Cor : Preto
| Assunto: Re: Porque gostamos mais do estrangeiro do que do nacional? Ter Jul 06, 2010 7:49 pm | |
| Pode soar bastante estúpido, mas considero isto tudo como um "truque de ilusão" (yep, soa estúpido). A explicar: nós sabemos o "truque" e como ele funciona, logo, parece-nos mais desinteressante. Não sabemos o "truque" dos outros "magos"(a.k.a. países), logo, ficamos mais maravilhados. Isto não quer dizer, contudo, que o nosso "truque" seja inferior/superior. É apenas um "truque" diferente. Afinal, ainda temos bastantes estrangeiros a vir cá. Por alguma coisa será. | |
| | | Averróis Deus(a) da Lua (moderação)
N. de Mensagens : 3508 Idade : 825 Local : Córdoba
| Assunto: Re: Porque gostamos mais do estrangeiro do que do nacional? Ter Jul 06, 2010 8:25 pm | |
| - Odal escreveu:
- Pode soar bastante estúpido, mas considero isto tudo como um "truque de ilusão" (yep, soa estúpido). A explicar: nós sabemos o "truque" e como ele funciona, logo, parece-nos mais desinteressante. Não sabemos o "truque" dos outros "magos"(a.k.a. países), logo, ficamos mais maravilhados. Isto não quer dizer, contudo, que o nosso "truque" seja inferior/superior. É apenas um "truque" diferente. Afinal, ainda temos bastantes estrangeiros a vir cá. Por alguma coisa será.
A chave está no equilíbrio: Reconhecer que cá temos algumas coisas muito interessantes, mas também temos coisas menos aliciantes do que aquelas que se calhar existem lá fora. Basta pensar da seguinte forma: O nosso mundo é enorme. Não é credível acreditarmos que reunido neste pequeno pedaço de terra a que chamamos de Portugal está reunido o melhor de tudo o que existe no mundo... Não é verosímil. Temos de ser realistas. O mundo tem muito para oferecer, e temos muito a ganhar por esse mundo fora. Países? Os países são linhas invisíveis, imaginárias. Desfrutemos então do mundo com apenas uma preocupação: Não o destruir ainda mais. É assim que vejo. | |
| | | Kraft durch Freude Herói/Heroína mitológic@
N. de Mensagens : 2054 Raça : Ent/Povo das Árvores Deus : Ares (Guerra/Heroísmo/Conquista)
| Assunto: Re: Porque gostamos mais do estrangeiro do que do nacional? Ter Jul 06, 2010 10:24 pm | |
| - Averróis escreveu:
- Acho que é fácil responder a essa pergunta. Mais difícil é engolir as evidências, porque há um choque de ideias:
Custa-nos a admitir que as fronteiras não passam de meras linhas invisíveis que não existem em mais lado nenhum senão na nossa cabeça e, por vezes, estamos tão convencidos do contrário que nos esquecemos que o mundo em que vivemos é só um, indivisível, mesmo com tantos rios e oceanos, tudo o que existe é coerente no seu conjunto, como uma peça de um puzzle. Olha, propaganda do Bloco de Esquerda aqui? Não concordo com a visão globalizante de que somos todos iguais e as fronteiras são apenas imaginárias. Há diferenças, e basta atravessares a fronteira ou visitares povos com culturas diferentes da tua para te aperceberes disso mesmo. As pessoas não são todas iguais. Há quem diga que as diferenças entre os diferentes povos se devem maioritariamente à genética. Há quem diga que essas diferenças se devem maioritariamente à cultura. Seja como for, o facto é que as diferenças *existem* e não somos, de facto, iguais aos tuaregues, aos mongóis nem aos índios da América do Sul. Por mais vezes que essa teoria da igualdade seja repetida, as fronteiras entre os povos e culturas são mais do que imaginárias. Não vejo o Mundo como a única peça de um puzzle. Vejo as regiões, os países, os continentes como peças do puzzle que é o Mundo. Todas parte do mesmo puzzle, mas todas diferentes e nenhuma mais importante do que outra. - Averróis escreveu:
- O nosso mundo é tão diversificado e tem tantas atracções tão diferentes entre si que só pode ser incauto e ingénuo achar que Portugal pode rivalizar com tudo o resto em simultâneo... Cada ponto geográfico é especial à sua maneira. É assim que vejo as coisas.
Não precisamos de rivalizar com tudo o resto em simultâneo. Aparentemente era essa a visão que o Estado Novo tinha de Portugal. Actualmente o que me apercebo é que se verifica o ridículo precisamente oposto: muita gente (a maior parte?) considera que Portugal não está à altura de praticamente nada do que vem de fora. Passámos de um extremo para o outro. A meu ver, este é dos aspectos mais negativos e nefastos que o 25 de Abril nos trouxe. Na minha opinião, no "meio" é que está a virtude. Mas estamos actualmente muito longe desse "meio". - PatStoff escreveu:
- Em relação a outras coisas paralelas a musica eu confesso que para mim muitas vezes o que é nacional é mau porque os portugueses são muito fechados no que toca a expandir horizonte e reflecte-te actualmente como isto anda
É a isto que me refiro. Se bem entendi a ideia da "ilusão" de que o Odal falou, é precisamente aqui que ela está. Apenas conhecemos a nossa face medíocre. O que temos de melhor é normalmente falado em rodapé, se tanto. E acredita, temos cá muita coisa boa. Quanto mais procuro, mais me tenho surpreendido pela positiva. "Isto anda" como nós, todos, fazemos com que ande. | |
| | | Floresta Herói/Heroína mitológic@
N. de Mensagens : 2477 Idade : 35 Local : Lisboa Raça : Ent/Povo das Árvores Elemento : Terra/Rocha Deus : Cronos (Tempo/Ordem/Lei) Cor : Preto
| Assunto: Re: Porque gostamos mais do estrangeiro do que do nacional? Ter Jul 06, 2010 10:35 pm | |
| - Kraft durch Freude escreveu:
- PatStoff escreveu:
- Em relação a outras coisas paralelas a musica eu confesso que para mim muitas vezes o que é nacional é mau porque os portugueses são muito fechados no que toca a expandir horizonte e reflecte-te actualmente como isto anda
É a isto que me refiro. Se bem entendi a ideia da "ilusão" de que o Odal falou, é precisamente aqui que ela está. Apenas conhecemos a nossa face medíocre. O que temos de melhor é normalmente falado em rodapé, se tanto. E acredita, temos cá muita coisa boa. Quanto mais procuro, mais me tenho surpreendido pela positiva.
"Isto anda" como nós, todos, fazemos com que ande.
Percebeste mal. O que eu chamei de "ilusão" foi a ideia exterior de um país que leva a que as pessoas se sintam atraídas. Um exemplo fácil é a Roménia, que toda a gente venera e baba por ser a "terra do Drácula e de florestas mágicas e nhanhanha", mas na verdade é um país com dificuldades económicas e em que toda a gente desconfia do próximo. O mesmo com, por exemplo Oslo, que é a capital da Noruega e se falam de maravilhas. A verdade é que se formos à Noruega e falarmos com alguém, a primeira coisa que nos dizem é "Oslo, car!". E por aí fora. Nós também temos uma ilusão, que se estende ao exterior. Mas nós sabemos o truque para a ilusão, e caímos na ilusão dos outros. Não que com isto sejamos piores ou melhores. Somos como o homem branco do homem negro, do homem e da mulher - DIFERENTES! | |
| | | Averróis Deus(a) da Lua (moderação)
N. de Mensagens : 3508 Idade : 825 Local : Córdoba
| Assunto: Re: Porque gostamos mais do estrangeiro do que do nacional? Qua Jul 07, 2010 12:52 am | |
| - Kraft durch Freude escreveu:
- Olha, propaganda do Bloco de Esquerda aqui?
Não concordo com a visão globalizante de que somos todos iguais e as fronteiras são apenas imaginárias. Há diferenças, e basta atravessares a fronteira ou visitares povos com culturas diferentes da tua para te aperceberes disso mesmo. As pessoas não são todas iguais. Há quem diga que as diferenças entre os diferentes povos se devem maioritariamente à genética. Há quem diga que essas diferenças se devem maioritariamente à cultura. Seja como for, o facto é que as diferenças *existem* e não somos, de facto, iguais aos tuaregues, aos mongóis nem aos índios da América do Sul. Agora o Cosmopolitismo é propriedade do Bloco de Esquerda? Acho que interpretaste mal as minhas palavras. Eu não disse que éramos todos iguais. Disse que as fronteiras são linhas imaginárias, e referia-me essencialmente aos tesouros naturais: às paisagens, à geografia, aos climas, etc... Para mim isso é algo que é tão diverso e tão rico, que considero que não há nenhum país que se possa gabar de oferecer todo o tipo de ambientes. Eu respeito o planeta como um todo em tudo o que é natural. Obviamente que em termos de culturas e das povos existem diferenças, nem sou a favor da dissolução indiscriminada dessas características culturais. E eu sou um admirador de diversas culturas pela sua História e legado. Não desprezo as outras culturas nem alimento guerrinhas nem competições/comparações que considere sectárias. - Kraft durch Freude escreveu:
- Por mais vezes que essa teoria da igualdade seja repetida, as fronteiras entre os povos e culturas são mais do que imaginárias.
Não vejo o Mundo como a única peça de um puzzle. Vejo as regiões, os países, os continentes como peças do puzzle que é o Mundo. Todas parte do mesmo puzzle, mas todas diferentes e nenhuma mais importante do que outra. Basicamente foi isso que eu disse, que cada pedaço de terra é uma peça de um puzzle e nenhuma é mais importante que a outra. Essa é uma ideia que se contrapõe ao isolacionismo nacionalista, que exalta o seu pedaço de terra em detrimento das restantes... Quase que esquecendo que o TODO não existe sem as restantes zonas do planeta. E todas elas devem ser respeitadas como se de uma só unidade composta se tratasse, porque é essa a lei do ecossistema global replicada pela natureza fora. E nós domamos tudo, menos a Mãe Natureza. - Kraft durch Freude escreveu:
- Averróis escreveu:
- O nosso mundo é tão diversificado e tem tantas atracções tão diferentes entre si que só pode ser incauto e ingénuo achar que Portugal pode rivalizar com tudo o resto em simultâneo... Cada ponto geográfico é especial à sua maneira. É assim que vejo as coisas.
Não precisamos de rivalizar com tudo o resto em simultâneo. Aparentemente era essa a visão que o Estado Novo tinha de Portugal. Actualmente o que me apercebo é que se verifica o ridículo precisamente oposto: muita gente (a maior parte?) considera que Portugal não está à altura de praticamente nada do que vem de fora. Passámos de um extremo para o outro. A meu ver, este é dos aspectos mais negativos e nefastos que o 25 de Abril nos trouxe. Certamente que essa não é uma característica minha. Eu valorizo Portugal pelos seus pontos positivos e pelas suas riquezas naturais. De igual forma valorizo outros pontos geográficos. Não faço distinções parciais. Não sou nacionalista, regionalista, bairrista nem nada que se pareça. - Kraft durch Freude escreveu:
- Na minha opinião, no "meio" é que está a virtude. Mas estamos actualmente muito longe desse "meio".
Tal como deixei claro, a minha posição assenta exactamente no equilíbrio. É disso que trata o Cosmopolitismo. Não fazer distinções bacocas e injustificadas em relação aos diversos países, ver as diferenças como algo que é inerente à cultura de cada país, mas desprezar a ideia egoísta de que uma cultura deve ser mais valorizada que as outras. Não valorizar nenhuma em especial, porque se valoriza todas de igual forma. | |
| | | Kraft durch Freude Herói/Heroína mitológic@
N. de Mensagens : 2054 Raça : Ent/Povo das Árvores Deus : Ares (Guerra/Heroísmo/Conquista)
| Assunto: Re: Porque gostamos mais do estrangeiro do que do nacional? Qui Jul 15, 2010 10:12 pm | |
| - Averróis escreveu:
- Kraft durch Freude escreveu:
- Olha, propaganda do Bloco de Esquerda aqui?
(...) Agora o Cosmopolitismo é propriedade do Bloco de Esquerda? Lembrei-me de um panfleto do BE que se me atravessava à frente praticamente todos os dias há tempos que diz: "No mundo ninguém é estrangeiro". O teu post pareceu-me em tudo semelhante. - Averróis escreveu:
- Acho que interpretaste mal as minhas palavras. Eu não disse que éramos todos iguais. Disse que as fronteiras são linhas imaginárias, e referia-me essencialmente aos tesouros naturais: às paisagens, à geografia, aos climas, etc... Para mim isso é algo que é tão diverso e tão rico, que considero que não há nenhum país que se possa gabar de oferecer todo o tipo de ambientes. Eu respeito o planeta como um todo em tudo o que é natural.
De facto não interpretei o teu post como uma referência às paisagens e aspectos naturais dos territórios de cada povo... - Averróis escreveu:
- Basicamente foi isso que eu disse, que cada pedaço de terra é uma peça de um puzzle e nenhuma é mais importante que a outra. Essa é uma ideia que se contrapõe ao isolacionismo nacionalista, que exalta o seu pedaço de terra em detrimento das restantes... Quase que esquecendo que o TODO não existe sem as restantes zonas do planeta. E todas elas devem ser respeitadas como se de uma só unidade composta se tratasse, porque é essa a lei do ecossistema global replicada pela natureza fora. E nós domamos tudo, menos a Mãe Natureza.
Atenção que eu não disse que discordava de tudo o que disseste. De qualquer das formas, o nacionalismo não é necessariamente isolacionista. A exaltação do seu pedaço de terra não implica necessariamente o detrimento das restantes. Aliás, actualmente, a nível europeu nota-se que os partidos nacionalistas são menos isolacionistas do que no passado - bem, pelo menos em relação aos restantes países europeus... - Averróis escreveu:
- Certamente que essa não é uma característica minha. Eu valorizo Portugal pelos seus pontos positivos e pelas suas riquezas naturais. De igual forma valorizo outros pontos geográficos. Não faço distinções parciais. Não sou nacionalista, regionalista, bairrista nem nada que se pareça.
Yep, não discordei de tudo o que disseste. - Averróis escreveu:
- Kraft durch Freude escreveu:
- Na minha opinião, no "meio" é que está a virtude. Mas estamos actualmente muito longe desse "meio".
Tal como deixei claro, a minha posição assenta exactamente no equilíbrio. É disso que trata o Cosmopolitismo. Não fazer distinções bacocas e injustificadas em relação aos diversos países, ver as diferenças como algo que é inerente à cultura de cada país, mas desprezar a ideia egoísta de que uma cultura deve ser mais valorizada que as outras. Não valorizar nenhuma em especial, porque se valoriza todas de igual forma. I beg to differ! A tua cultura deve ser sempre mais valorizada que as outras. É o que eu acho. | |
| | | Averróis Deus(a) da Lua (moderação)
N. de Mensagens : 3508 Idade : 825 Local : Córdoba
| Assunto: Re: Porque gostamos mais do estrangeiro do que do nacional? Sex Jul 16, 2010 4:17 am | |
| - Kraft durch Freude escreveu:
- Averróis escreveu:
- Kraft durch Freude escreveu:
- Olha, propaganda do Bloco de Esquerda aqui?
(...) Agora o Cosmopolitismo é propriedade do Bloco de Esquerda? Lembrei-me de um panfleto do BE que se me atravessava à frente praticamente todos os dias há tempos que diz: "No mundo ninguém é estrangeiro". O teu post pareceu-me em tudo semelhante. Acho estranho não te lembrares primeiro de Sócrates (o grego), que disse: "Não sou nem ateniense, nem grego, mas sim um cidadão do mundo." O Cosmopolitismo é um conceito antigo, com mais de 2 mil anos. Se o Marxismo (já para nem falar no Trotskismo) não tem mais de 200 anos de existência, então o Bloco de Esquerda... - Kraft durch Freude escreveu:
- Averróis escreveu:
- Acho que interpretaste mal as minhas palavras. Eu não disse que éramos todos iguais. Disse que as fronteiras são linhas imaginárias, e referia-me essencialmente aos tesouros naturais: às paisagens, à geografia, aos climas, etc... Para mim isso é algo que é tão diverso e tão rico, que considero que não há nenhum país que se possa gabar de oferecer todo o tipo de ambientes. Eu respeito o planeta como um todo em tudo o que é natural.
De facto não interpretei o teu post como uma referência às paisagens e aspectos naturais dos territórios de cada povo... Acho que devemos respeitar o planeta como um todo. Não faz sentido protegermos a Serra da Arrábida com o pretexto da defesa do ambiente e depois irmos para uma serra Espanhola abrir uma cimenteira... - Kraft durch Freude escreveu:
- Averróis escreveu:
- Basicamente foi isso que eu disse, que cada pedaço de terra é uma peça de um puzzle e nenhuma é mais importante que a outra. Essa é uma ideia que se contrapõe ao isolacionismo nacionalista, que exalta o seu pedaço de terra em detrimento das restantes... Quase que esquecendo que o TODO não existe sem as restantes zonas do planeta. E todas elas devem ser respeitadas como se de uma só unidade composta se tratasse, porque é essa a lei do ecossistema global replicada pela natureza fora. E nós domamos tudo, menos a Mãe Natureza.
Atenção que eu não disse que discordava de tudo o que disseste. De qualquer das formas, o nacionalismo não é necessariamente isolacionista. A exaltação do seu pedaço de terra não implica necessariamente o detrimento das restantes.
Aliás, actualmente, a nível europeu nota-se que os partidos nacionalistas são menos isolacionistas do que no passado - bem, pelo menos em relação aos restantes países europeus... O nacionalismo é, normalmente, isolacionista de mentalidade. Agora depende do prisma em que estivermos a ver as coisas: Existe isolacionismo em diversas frentes: o diplomático e económico, que são diferentes entre si, e depois ainda existe a tal mentalidade isolacionista da sociedade que exalta o seu pedaço de Terra e que portanto, automaticamente, estará a desconsiderar as restantes. É uma proposição lógica: Se exaltamos o nosso pedaço de terra então é falso que valorizamos todas de igual forma, logo desprezamos as restantes até certo ponto. E sim, em termos diplomáticos já não somos o que éramos durante o Estado Novo. O isolacionismo a que me estava a referir era exactamente esse da mentalidade (nem tanto o diplomático e o económico). - Kraft durch Freude escreveu:
- Averróis escreveu:
- Certamente que essa não é uma característica minha. Eu valorizo Portugal pelos seus pontos positivos e pelas suas riquezas naturais. De igual forma valorizo outros pontos geográficos. Não faço distinções parciais. Não sou nacionalista, regionalista, bairrista nem nada que se pareça.
Yep, não discordei de tudo o que disseste.
- Averróis escreveu:
- Kraft durch Freude escreveu:
- Na minha opinião, no "meio" é que está a virtude. Mas estamos actualmente muito longe desse "meio".
Tal como deixei claro, a minha posição assenta exactamente no equilíbrio. É disso que trata o Cosmopolitismo. Não fazer distinções bacocas e injustificadas em relação aos diversos países, ver as diferenças como algo que é inerente à cultura de cada país, mas desprezar a ideia egoísta de que uma cultura deve ser mais valorizada que as outras. Não valorizar nenhuma em especial, porque se valoriza todas de igual forma. I beg to differ! A tua cultura deve ser sempre mais valorizada que as outras. É o que eu acho. Não acho. Uma das críticas que é feita aos americanos é exactamente essa: De serem geograficamente analfabetos, absorvidos em si mesmos, não verem mais nada no mapa para além dos EUA. E desprezar as restantes culturas (como efeito secundário de se sobrevalorizar a nossa) pode ter diversos efeitos secundários, inclusivamente facilitar uma guerra. Se os americanos não estivessem "tão a leste" (no sentido figurativo), provavelmente não deixariam que certas coisas acontecessem na forma como são conduzidas as políticas internacionais americanas... | |
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