Folk Lusitânia
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 Porque gostamos mais do estrangeiro do que do nacional?

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MensagemAssunto: Re: Porque gostamos mais do estrangeiro do que do nacional?   Porque gostamos mais do estrangeiro do que do nacional? - Página 2 Icon_minitimeSex Jul 16, 2010 3:50 pm

Averróis escreveu:

[...] Sócrates (o grego), que disse: "Não sou nem ateniense, nem grego, mas sim um cidadão do mundo."

Aqui está exactamente o que penso sobre este assunto. Grande Sócrates Laughing
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MensagemAssunto: Re: Porque gostamos mais do estrangeiro do que do nacional?   Porque gostamos mais do estrangeiro do que do nacional? - Página 2 Icon_minitimeSex Jul 16, 2010 3:58 pm

Ceinwyn escreveu:
Averróis escreveu:

[...] Sócrates (o grego), que disse: "Não sou nem ateniense, nem grego, mas sim um cidadão do mundo."

Aqui está exactamente o que penso sobre este assunto. Grande Sócrates Laughing

Não diria do mundo, mas sou bastante a favor do "cidadão da Europa". Mas como naquela altura só se conhecia a Europa e pouco mais, acho que não faz diferença rabbit
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MensagemAssunto: Re: Porque gostamos mais do estrangeiro do que do nacional?   Porque gostamos mais do estrangeiro do que do nacional? - Página 2 Icon_minitimeSex Jul 16, 2010 10:00 pm

Averróis escreveu:
Acho estranho não te lembrares primeiro de Sócrates (o grego), que disse: "Não sou nem ateniense, nem grego, mas sim um cidadão do mundo."
O Cosmopolitismo é um conceito antigo, com mais de 2 mil anos. Se o Marxismo (já para nem falar no Trotskismo) não tem mais de 200 anos de existência, então o Bloco de Esquerda... scratch
Provavelmente porque o Sócrates não afixou nenhum panfeleto num local por onde passava regularmente quando pus aqui aquele post. A propaganda tem este efeito: faz-nos lembrar do seu propósito quando estamos a pensar noutras coisas. Smile

Averróis escreveu:
(...) ainda existe a tal mentalidade isolacionista da sociedade que exalta o seu pedaço de Terra e que portanto, automaticamente, estará a desconsiderar as restantes.
É uma proposição lógica: Se exaltamos o nosso pedaço de terra então é falso que valorizamos todas de igual forma, logo desprezamos as restantes até certo ponto.
Uma coisa que não entendo é a associação que fazes entre a valorização daquilo que é teu e a aparente consequência inevitável de menosprezo do que é dos outros. Não acho que uma coisa seja consequência da outra e faz-me uma certa confusão como é que tanta gente considera isto um dado adquirido.

Isto na minha cabeça não tem lógica nenhuma. Por colocar aquilo que é "meu" à frente do que não é, estou necessariamente a menosprezar o que é dos outros? Por achar que primeiro devo defender aquilo que herdei, e que todos os povos o devem fazer de igual forma, isso implica que desprezo alguma cultura!? Porquê!? Sinceramente, tenho dificuldade em entender isto.
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Averróis
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MensagemAssunto: Re: Porque gostamos mais do estrangeiro do que do nacional?   Porque gostamos mais do estrangeiro do que do nacional? - Página 2 Icon_minitimeSáb Jul 17, 2010 3:50 am

Kraft durch Freude escreveu:
Averróis escreveu:
Acho estranho não te lembrares primeiro de Sócrates (o grego), que disse: "Não sou nem ateniense, nem grego, mas sim um cidadão do mundo."
O Cosmopolitismo é um conceito antigo, com mais de 2 mil anos. Se o Marxismo (já para nem falar no Trotskismo) não tem mais de 200 anos de existência, então o Bloco de Esquerda... scratch
Provavelmente porque o Sócrates não afixou nenhum panfeleto num local por onde passava regularmente quando pus aqui aquele post. A propaganda tem este efeito: faz-nos lembrar do seu propósito quando estamos a pensar noutras coisas. Smile

Hehe. Na estação de metro da Cidade Universitária está lá essa frase inscrita no painel de azulejos. Smile

Kraft durch Freude escreveu:
Averróis escreveu:
(...) ainda existe a tal mentalidade isolacionista da sociedade que exalta o seu pedaço de Terra e que portanto, automaticamente, estará a desconsiderar as restantes.
É uma proposição lógica: Se exaltamos o nosso pedaço de terra então é falso que valorizamos todas de igual forma, logo desprezamos as restantes até certo ponto.
Uma coisa que não entendo é a associação que fazes entre a valorização daquilo que é teu e a aparente consequência inevitável de menosprezo do que é dos outros. Não acho que uma coisa seja consequência da outra e faz-me uma certa confusão como é que tanta gente considera isto um dado adquirido.

Isto na minha cabeça não tem lógica nenhuma. Por colocar aquilo que é "meu" à frente do que não é, estou necessariamente a menosprezar o que é dos outros? Por achar que primeiro devo defender aquilo que herdei, e que todos os povos o devem fazer de igual forma, isso implica que desprezo alguma cultura!? Porquê!? Sinceramente, tenho dificuldade em entender isto.

São pontos de vista.
Quanto à questão do menosprezar... Como disse é uma proposição lógica. Algo não pode ser verdadeiro e falso em simultâneo.
Quando se dá destaque a algo o restante acaba (comparativamente) desprezado. São princípios de equilíbrio entre as coisas. É como uma balança. Se não colocares o mesmo peso em ambos os pratos da balança então acabarás por ter um prato mais pesado que o outro. Quanto mais peso colocares num prato, menos peso receberá o outro prato.
Se dizes que não menosprezas, explica-me porque é que, da forma como colocas as coisas, um dos pratos fica mais pesado que o outro? Razz
É assim que vejo.

Para mim a terra não é propriedade nossa nem de ninguém, por muito que haja quem meta na cabeça que a terra lhe pertence. Ela é apenas o local onde aconteceu nascermos ou onde escolhemos morar. Devemos dar valor e respeitar o local onde vivemos (rua/bairro/pátio, freguesia, cidade, conselho, país, continente...) Mas na minha opinião não faz sentido haver distinção entre a forma como tratamos o local onde moramos, e a forma como tratamos - por exemplo - o local onde vamos passar férias no estrangeiro (para quem pode). Para mim o que faz sentido é termos cuidado com o nosso impacto, apreciar a beleza dos diversos pontos geográficos, preservar as suas características, tudo isto independentemente do local onde estivermos.
Há até quem diga que quando estamos no estrangeiro a nossa responsabilidade deve redobrar. Eu acho que não. Acho que a nossa responsabilidade deve ser sempre a mesma: A mais alta possível, perfeitamente incondicional.
Tendo isso em mente, cai por terra a ideia da necessidade que há em agir com maior zelo por cá do que por lá.
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MensagemAssunto: Re: Porque gostamos mais do estrangeiro do que do nacional?   Porque gostamos mais do estrangeiro do que do nacional? - Página 2 Icon_minitimeDom Jul 18, 2010 12:21 pm

"O nacionalismo é, normalmente, isolacionista de mentalidade." diz o Averróis.

Estaline, Coreia do Norte, Cuba, Muro de Berlim... realmente também acaba em "Ismo" mas é "Comunismo", não "Nacionalismo!".

Tu para saíres de um país comunista para passar férias era o cabo dos trabalhos!! Interrogavam-te de cima a baixo com receio que não voltasses, ou fosses espião do Ocidente. E bem, quem tentava atravessar o Muro de Berlim era detido a tiro. Provavelmente o único Muro da História em que se leva um tiro por querer sair, e não por querer invadir!

Historicamente não tenho nada contra o Marxismo e as suas conquistas. Mas revolta-me que os crimes em nome do "socialismo" sejam completamente branqueados e aceites, e por outro lado, não se possa ser nacionalista sem ser apelidado de fascista, nazi, racista, etc, etc. O deputado do PCP, Bernardino Soares, disse há um par de anos que a Coreia do Norte era livre e democrática, e na festa do Avante vendiam-se camisolas do Estaline. Não vi ninguém no Parlamento a chamar a extrema-esquerda de terrorista e totalitária. E ainda bem!


Aliás, se pegarmos na História da II Guerra Mundial, as alianças internacionais mais espontâneas foram precisamente entre os países nacionalistas! Alemanha, Itália, Japão formaram o Pacto de Aço praticamente em cima do joelho, se me é permitida a expressão popular. Já para não falar de tantos outros países pequenos, como a Eslováquia, Hungria, Roménia, etc, que se alinharam com os Alemães. Os regimes liberais, esses sim, desconfiavam muito uns dos outros. E principalmente da URSS. E daí a Alemanha ter tido o sucesso inicial que teve. E só não venceu a guerra graças à megalomania de Hitler.

É muito, muito errado mesmo, dizer que o Nacionalismo é isolacionista em termos de mentalidade. As nações sempre cooperaram entre si. Independentemente dos regimes, e das circunstâncias históricas. Aliás, a verdadeira variedade e o verdadeiro multiculturalismo é precisamente os países distinguirem-se uns dos outros, a todos os níveis.

Se misturarmos um conjunto de bebidas num mesmo copo, estamos a destruir a essência de cada uma delas. E o resultado final, regra geral, é muito mau...

Mais, não está na natureza do Ser Humano ser Cosmopolita. Claro, entre as classes altas, principalmente intelectuais, que vivem em outro mundo, é uma ideia muito querida. Até as coisas começarem a azedar. Em 2007 a líder da Juventude Socialista Sueca, grande paladina e defensora do cosmopolitismo e dos imigrantes, teve que se demitir. Estava completamente bêbeda, na noite de Estocolmo (bela noite, aconselho), e quando o segurança (de origem africana) não a quis deixar entrar numa discoteca por esse efeito, ela começou a disparar, alto e bom som: "vai mas é para a tua terra, preto de m..."

Quando elas mordem, lá se vai o cosmopolitismo, o humanismo, a solidariedade para com os parasitas, o humanismo para com os criminosos, e essas patetices todas que NÃO fazem parte da Natureza Humana.



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MensagemAssunto: Re: Porque gostamos mais do estrangeiro do que do nacional?   Porque gostamos mais do estrangeiro do que do nacional? - Página 2 Icon_minitimeDom Jul 18, 2010 4:46 pm

Aelle escreveu:
"O nacionalismo é, normalmente, isolacionista de mentalidade." diz o Averróis.

Estaline, Coreia do Norte, Cuba, Muro de Berlim... realmente também acaba em "Ismo" mas é "Comunismo", não "Nacionalismo!".

Tu para saíres de um país comunista para passar férias era o cabo dos trabalhos!! Interrogavam-te de cima a baixo com receio que não voltasses, ou fosses espião do Ocidente. E bem, quem tentava atravessar o Muro de Berlim era detido a tiro. Provavelmente o único Muro da História em que se leva um tiro por querer sair, e não por querer invadir!

Estávamos a falar do Nacionalismo, eu não disse que o Nacionalismo era a única corrente ideológica com tendência ao isolacionismo.
O Comunismo totalitário de Estaline é um exemplo de outra forma de governo hegemónica, repressora e prepotente que também se pode tornar isolacionista. Eu vou mais longe: para mim existem, dentro das evidentes diferenças ideológicas entre o Comunismo totalitário e o Nazismo, muitas semelhanças entre a metodologia sanguinária utilizada pelas duas para tentar atingir os seus objectivos.
No fascismo do nosso Salazar ou no de Francisco Franco nossa vizinha Espanha, também não era permitido emigrar. Curiosamente foi nas alturas dos seus regimes que se fizeram sentir as maiores ondas de emigração de que há memória em ambos os países. As pessoas saiam clandestinamente, às vezes com os filhos às costas e com pouco mais que a roupa que tinham no corpo... E foi desde essa altura que tantos Portugueses se fixaram em França.

Ainda assim creio que é importante fazer distinção entre o seguinte: Uma coisa é um isolacionismo resultante de um regime altamente repressor (totalitário ou autoritário) que geralmente até vai contra a vontade de muita da população. Outra coisa é um isolacionismo inerente à própria mentalidade das pessoas, o que é o caso do nacionalismo (não necessariamente totalitário), onde as pessoas abraçam de livre e espontânea vontade essa forma de desconsiderar a maioria das nações deste planeta em benefício da sua própria nação.

Eu tenho uma amiga na Sérvia, mais propriamente Belgrado. E para ela conseguir o visto para penetrar no espaço Schengen também é uma luta dos diabos com o seu governo.


Aelle escreveu:
Historicamente não tenho nada contra o Marxismo e as suas conquistas. Mas revolta-me que os crimes em nome do "socialismo" sejam completamente branqueados e aceites, e por outro lado, não se possa ser nacionalista sem ser apelidado de fascista, nazi, racista, etc, etc. O deputado do PCP, Bernardino Soares, disse há um par de anos que a Coreia do Norte era livre e democrática, e na festa do Avante vendiam-se camisolas do Estaline. Não vi ninguém no Parlamento a chamar a extrema-esquerda de terrorista e totalitária. E ainda bem!

A mim também me revolta, está descansado. Razz
Para mim não devem existir double standards a menos que tal se justifique mesmo. E aceitar certas coisas de alguns comunistas (dependendo das suas correntes, já que o comunismo tem diversas correntes, inclusivamente anti-Estalinistas) enquanto se reprime o neonazismo, parece-me pouco salutar.
Pessoalmente não tenho nada contra o Nacionalismo. Nem faço confusão entre Nazismo e Nacionalismo. Sei que o Nazismo é obrigatoriamente Nacionalista e Fascista, mas um Nacionalista não tem de ser um Neonazi nem apelar ao Fascismo.

De igual forma não confundo o Comunismo Totalitário com outras correntes Socialistas/Comunistas. Por exemplo Salvador Allende foi fruto de um regime socialista realmente democrático. Infelizmente os EUA trataram rapidamente do assunto. Questiono-me o que seria do Chile se não fosse esse golpe de estado criminoso que serviu para colocar no poder um dos maiores tiranos da História da América do Sul: Augusto Pinochet.

Como já ouvi alguém dizer... Por vezes os extremos tocam-se.
Acho que este vídeo, que está muito bem concebido - diga-se de passagem, está excepcional na comparação que faz entre o regime de Estaline e o de Adolf Hitler: