Filmes que viram recentemente...

Ontem a conselho de uma amiga vi isto:

Muito bom, é uma "comédia romântica" (notar bem as aspas) bem interessante. Não é um filme intelectual, mas também não é um filme banal.


Hoje, vi isto:

Grande grande filme, com a banda sonora do Richard Einhorn ficou a ganhar ainda mais!

Mais um western para a minha colecção. Não é O Bom, o Mau e o Vilão, mas é suficientemente épico para o recomendar a qualquer fã de filmes de aventura. Paul Newman e Robert Redford no seu melhor, a fazerem-nos adorar os maus da fita

O filme explora a importância da originalidade na arte e a relação original/cópia, um conceito interessante e bem apresentado, mas se torna para mim um pouco aborrecido pela banalidade do que vem a ser a história principal (um "casamento" problemático). Apesar disso, é muito bem salvo pelos brilhantes planos nas conversas, os constantes pormenores de reflexos a remeter para o tema central e, claro, a Juliette Binoche, sempre awesome

RedHead escreveu:

Também quero! Principalmente por ter lido o conto

Pois, eu também li. ^^
Eu nem sou grande apreciadora de filmes antigos, mas os de terror têm um encanto especial... E se tiverem o Vincent Price então, ainda mais encanto têm.

Nesse género vi há uns tempos O Poço e o Pêndulo, mas, fora o Vincent Price, não presta

Estive a rever o Freaks. Muito bom.

The Fountain - Meh. Muito fogo de vista para pouco conteúdo, vale muito mais a pena ver A Árvore da Vida (isto não é uma comparação, é só o que me fez lembrar).

Troll Hunter - tem alguns momentos um bocado aborrecidos, mas é bastante original dentro do género e parece-me bem construído. A personagem do caçador de trolls é awesome. E fica explicado praticamente tudo o que há a saber sobre trolls. (Nota: não vejam se forem cristãos, pode saltar-vos um troll do ecrã )

Antes do Troll Hunter deu uma curta - Capitão Falcão -, sobre a qual só posso dizer isto:

Ceinwyn escreveu:

The Fountain - Meh. Muito fogo de vista para pouco conteúdo, vale muito mais a pena ver A Árvore da Vida (isto não é uma comparação, é só o que me fez lembrar).

Não concordo. Penso que vale a pena ver o the fountain (embora não tenha visto a árvore da vida). Não é um filme genial, é uma história de amor "imortal". E é bonito. Um filme de domingo à tarde.

Ceinwyn escreveu:

Troll Hunter - tem alguns momentos um bocado aborrecidos, mas é bastante original dentro do género e parece-me bem construído. A personagem do caçador de trolls é awesome. E fica explicado praticamente tudo o que há a saber sobre trolls. (Nota: não vejam se forem cristãos, pode saltar-vos um troll do ecrã )

Quanto ao troll hunter, está engraçado, embora os primeiros 20/30min do filme sejam um bocado aborrecidos. Depois disso, o caçador de trolls é awesome e os efeitos especiais e os trolls estavam bastante bem feitos (para um filme de baixo orçamento). Penso apenas que podia não estar feito sob a forma de documentário.

Urânia escreveu:

Ceinwyn escreveu:

The Fountain - Meh. Muito fogo de vista para pouco conteúdo, vale muito mais a pena ver A Árvore da Vida (isto não é uma comparação, é só o que me fez lembrar).

Não concordo. Penso que vale a pena ver o the fountain (embora não tenha visto a árvore da vida). Não é um filme genial, é uma história de amor "imortal". E é bonito. Um filme de domingo à tarde.

Ou seja, concordas

Ceinwyn escreveu:

Urânia escreveu:

Ceinwyn escreveu:

The Fountain - Meh. Muito fogo de vista para pouco conteúdo, vale muito mais a pena ver A Árvore da Vida (isto não é uma comparação, é só o que me fez lembrar).

Não concordo. Penso que vale a pena ver o the fountain (embora não tenha visto a árvore da vida). Não é um filme genial, é uma história de amor "imortal". E é bonito. Um filme de domingo à tarde.

Ou seja, concordas

LOOOOOOL
Tiveste bem... Não!

Mais uns filmes do MOTELx

Who Are You - Gostei deste filme tailandês (o apoio da embaixada da Tailândia deu direito a uma espécie de chá regional muito interessante antes do filme), que, pelos vistos, é tão underground que nem aparece no IMDB (por isto, fica o trailer em baixo). Resumindo, é um rapaz que vive com a mãe e que sofre duma doença que consiste em nunca sair do quarto (e não deixar ninguém entrar), no caso dele durante 5 anos e, ao longo do filme, instala-se a dúvida sobre se será realmente ele o que está no quarto. Apesar de ser bastante parado inicialmente, a parte final compensa e o desfecho não é bonito de se ver O conceito pareceu-me original e interessante - sem spoilar, é tudo explicado pelo poder da mente.



Cartas de Amor de uma Freira Portuguesa - Não vejam isto nem sob tortura. OK, tem a denúncia dos comportamentos da Igreja e isso tudo, mas de resto é absolutamente ridículo. Tem falhas por todo o lado, desde os cenários (por exemplo, o Castelo dos Mouros em Sintra é apresentado por fora como a residência do Inquisidor, mas, quando se vê por dentro, estamos nos claustros dum mosteiro) ao próprio título, que, quem não saiba à partida que o filme é uma suposta adaptação muito, muito livre das cartas de Mariana Alcoforado, não vai perceber de onde vem. E o sangue é obviamente tinta vermelha, portanto duvido que mesmo os fãs de nunsploitation gostem muito disto. Safam-se as representações, que até são boas e têm interesse acrescido para o público português (quem não quer ver o Herman José como príncipe Manuel ou a Ana Zanatti como madre superiora dum convento satânico? ).

Cannibal - Filme belga, mais artístico que aterrorizante, sobre uma relação amorosa fora do comum entre um agorafóbico e uma canibal. O passo é lento e o foco principal é na relação e não propriamente no canibalismo, porque isto não é um filme de terror típico. A fotografia é o melhor do filme, em especial a utilização das cores para contrastar os espaços, mas também promete mais do que dá e não salva o filme de se tornar aborrecido.

Ceinwyn escreveu:

Mais uns filmes do MOTELx

Who Are You - Gostei deste filme tailandês (o apoio da embaixada da Tailândia deu direito a uma espécie de chá regional muito interessante antes do filme), que, pelos vistos, é tão underground que nem aparece no IMDB (por isto, fica o trailer em baixo). Resumindo, é um rapaz que vive com a mãe e que sofre duma doença que consiste em nunca sair do quarto (e não deixar ninguém entrar), no caso dele durante 5 anos e, ao longo do filme, instala-se a dúvida sobre se será realmente ele o que está no quarto. Apesar de ser bastante parado inicialmente, a parte final compensa e o desfecho não é bonito de se ver O conceito pareceu-me original e interessante - sem spoilar, é tudo explicado pelo poder da mente.



Cartas de Amor de uma Freira Portuguesa - Não vejam isto nem sob tortura. OK, tem a denúncia dos comportamentos da Igreja e isso tudo, mas de resto é absolutamente ridículo. Tem falhas por todo o lado, desde os cenários (por exemplo, o Castelo dos Mouros em Sintra é apresentado por fora como a residência do Inquisidor, mas, quando se vê por dentro, estamos nos claustros dum mosteiro) ao próprio título, que, quem não saiba à partida que o filme é uma suposta adaptação muito, muito livre das cartas de Mariana Alcoforado, não vai perceber de onde vem. E o sangue é obviamente tinta vermelha, portanto duvido que mesmo os fãs de nunsploitation gostem muito disto. Safam-se as representações, que até são boas e têm interesse acrescido para o público português (quem não quer ver o Herman José como príncipe Manuel ou a Ana Zanatti como madre superiora dum convento satânico? ).

Cannibal - Filme belga, mais artístico que aterrorizante, sobre uma relação amorosa fora do comum entre um agorafóbico e uma canibal. O passo é lento e o foco principal é na relação e não propriamente no canibalismo, porque isto não é um filme de terror típico. A fotografia é o melhor do filme, em especial a utilização das cores para contrastar os espaços, mas também promete mais do que dá e não salva o filme de se tornar aborrecido.

Boas reviews.

Obrigada, Urânia

Hoje vi O Barão. Logo nos primeiros minutos pensei que devia ter papel e caneta para tomar notas, de tanta coisa boa que há para dizer.
Primeiro, os cenários (tudo feito em estúdio, segundo o realizador), que parecem saídos de filmes dos anos 30 e 40, dão uma atmosfera incrível. Depois a fotografia e montagem: aquele preto e branco, o jogo de luz e sombra, os grandes planos, as imagens desfocadas e as sobreposições. Também as representações, fortíssimas e sempre com um ar muito teatral, e a curiosa banda sonora das Vozes da Rádio são pontos positivos. Pequena nota para as legendas em inglês, incluídas no filme com um cuidado estético muito especial.
Não acontece grande coisa no filme (e ainda bem, porque é a atmosfera e as personagens que contam): um inspector do Ministério chega a uma aldeia na Serra do Barroso para avaliar uma professora e conhece o Barão lá da terrinha. Este Barão, uma espécie de Nosferatu português bebe (vinho, não sangue) mas nunca come e, para quem não entenda só de olhar para ele, não se cansa de repetir que "quem manda aqui sou eu!". Parece ser alguém que enlouqueceu ali no meio do nada no Portugal do Estado Novo, onde nada acontece e imagino que havia, e ainda haverá, muita gente daquela por essas terras fora. Pelo meio há uma criada que parece até ter mais poder que o próprio Barão e aparece uma espécie de tuna - ele critica, mas parece ter saudades dos seus tempos em Coimbra -, que proporciona uma das melhores cenas do filme, pelo menos para nós que gostamos de música tradicional.
Muito bom filme, altamente recomendado! A quem quiser ver: não saiam/desliguem durante a ficha técnica, porque o final é impagável.

La Passion de Jeanne d'Arc e Cashback, ambos imperdíveis, de formas muito diferentes.

Aproveitei o fim-de-semana para ver alguns filmes daqueles que é suposto toda a gente ter visto.

The Big Lebowski - sem ser genial, é bastante épico. Vale a pena

Das Leben der Anderen - Muita bom! Ainda há Oscars merecidos.

The Yes Men Fix the World - divertido e com ideias originais. Não sei se o que fazem tem grande impacto, mas ao menos estão a fazer alguma coisa.

Eternal Sunshine of the Spotless Mind - este é daqueles que nunca entenderei porque são tão bem vistos, até me apeteceu parar o filme a meio e ir ver o Inception (Urânia )

Ceinwyn escreveu:

Aproveitei o fim-de-semana para ver alguns filmes daqueles que é suposto toda a gente ter visto.

The Big Lebowski - sem ser genial, é bastante épico. Vale a pena

Até existe a religião do http://dudeism.com/ loool

Ceinwyn escreveu:

Eternal Sunshine of the Spotless Mind - este é daqueles que nunca entenderei porque são tão bem vistos, até me apeteceu parar o filme a meio e ir ver o Inception (Urânia )

hahahahaha!!

Ceinwyn escreveu:

Aproveitei o fim-de-semana para ver alguns filmes daqueles que é suposto toda a gente ter visto.

The Big Lebowski - sem ser genial, é bastante épico. Vale a pena

Das Leben der Anderen - Muita bom! Ainda há Oscars merecidos.

The Yes Men Fix the World - divertido e com ideias originais. Não sei se o que fazem tem grande impacto, mas ao menos estão a fazer alguma coisa.

Eternal Sunshine of the Spotless Mind - este é daqueles que nunca entenderei porque são tão bem vistos, até me apeteceu parar o filme a meio e ir ver o Inception (Urânia )

Vi o 2º e o 4º, adorei ambos. Portanto, estou indecisa, não sei se tens bom ou mau gosto.

Eu esclareço: tenho mau gosto

Ontem vi mais um: Spring, Summer, Autumn, Winter... and Spring. Averróis já podes dizer "I told you so".

Ceinwyn escreveu:

Obrigada, Urânia

Hoje vi O Barão. Logo nos primeiros minutos pensei que devia ter papel e caneta para tomar notas, de tanta coisa boa que há para dizer.
Primeiro, os cenários (tudo feito em estúdio, segundo o realizador), que parecem saídos de filmes dos anos 30 e 40, dão uma atmosfera incrível. Depois a fotografia e montagem: aquele preto e branco, o jogo de luz e sombra, os grandes planos, as imagens desfocadas e as sobreposições. Também as representações, fortíssimas e sempre com um ar muito teatral, e a curiosa banda sonora das Vozes da Rádio são pontos positivos. Pequena nota para as legendas em inglês, incluídas no filme com um cuidado estético muito especial.
Não acontece grande coisa no filme (e ainda bem, porque é a atmosfera e as personagens que contam): um inspector do Ministério chega a uma aldeia na Serra do Barroso para avaliar uma professora e conhece o Barão lá da terrinha. Este Barão, uma espécie de Nosferatu português bebe (vinho, não sangue) mas nunca come e, para quem não entenda só de olhar para ele, não se cansa de repetir que "quem manda aqui sou eu!". Parece ser alguém que enlouqueceu ali no meio do nada no Portugal do Estado Novo, onde nada acontece e imagino que havia, e ainda haverá, muita gente daquela por essas terras fora. Pelo meio há uma criada que parece até ter mais poder que o próprio Barão e aparece uma espécie de tuna - ele critica, mas parece ter saudades dos seus tempos em Coimbra -, que proporciona uma das melhores cenas do filme, pelo menos para nós que gostamos de música tradicional.
Muito bom filme, altamente recomendado! A quem quiser ver: não saiam/desliguem durante a ficha técnica, porque o final é impagável.

Espera lá... isso não foi projectado no Entremuralhas?

Ártemis escreveu:

Ontem vi mais um: Spring, Summer, Autumn, Winter... and Spring. Averróis já podes dizer "I told you so".

Nice!
Tenho de o rever um dia destes.

Que eu saiba, os filmes projectados no Entremuralhas foram o Metropolis, Nosferatu, Dr. Caligari e o doc sobre o William S. Burroughs. Para quem quiser ver O Barão, vai para os cinemas no dia 20 de Outubro.

E fizeste muito bem em seguir o conselho do Averróis em relação ao Primavera...

Ontem vi o Léon, que é um bocadinho sobrestimado, mas é giro.